FW: [resistencia-democratica] Fw: VERGONHA NA IMPRENSA CEARENSE

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011



To: resistencia-democratica@yahoogrupos.com.br
From: silsaboia@terra.com.br
Date: Fri, 21 Jan 2011 14:51:09 -0300
Subject: [resistencia-democratica] Fw: VERGONHA NA IMPRENSA CEARENSE



 
----- Original Message -----
To: !ooo
Sent: Friday, January 21, 2011 2:40 PM
Subject: VERGONHA NA IMPRENSA CEARENSE


 
Najla Beatriz 

Cloves Machado Polte

Conselheiro

INSTITUTO NORDESTE CIDADANIA

Fone: (85) 3209-9201 / 9114-9067 / 9659-6597

clovespolte@bnb.gov.br / cloves.polte@inec.org.br

ACESSE O SITE: www.inec.org.br 


UM ESCÁRNIO!

No último dia 25/11/10, a Polícia Federal desencadeou a "Operação Podium", onde cumpriu mandados de busca e apreensão, além de prisão no Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro. A ação se deu em virtude de investigações realizadas entre 2005 e 2008 sobre lavagem de dinheiro, fraude, evasão de divisas, crime contra o sistema financeiro, corrupção ativa, passiva e sonegação fiscal. Segundo as investigações da PF o esquema funcionava na Federação Cearense de Automobilismo e movimentou cerca de R$ 50 milhões, dos quais R$ 15 teriam sido enviados ilegalmente para o exterior. Nove pessoas foram presas, diversos computadores apreendidos.

A notícia foi destaque, claro, na imprensa cearense nas edições do dia 26/11/10.  Nos dias seguintes nenhuma linha mais sobre o caso, em todos os jornais.

As matérias veiculadas pelos telejornais locais também traziam as mesmas, digamos, informações: a prisão de envolvidos, apreensão de computadores, como o esquema agia, etc., mas em nenhum dos casos – na Imprensa escrita e imprensa televisiva - nada foi dito sobre os presos, empresas envolvidas, etc. Mais um triste episódio da maneira omissa, hipócrita, covarde, desidiosa, irresponsável, descompromissada e não profissional como a imprensa cearense se porta.

Na coletiva convocada pela PF não foi citado pela Instituição nenhum nome de preso ou de empresa, e a mídia, convenientemente, resolveu apegar-se apenas às informações oficiais para pautar seu trabalho.

Não é a mesma forma, entretanto, que agem quando envolvem bandidos "pés de chinelo", sendo amplamente divulgados nomes e imagens.

Foi necessário que a imprensa de fora do Estado fizesse o trabalho que deveria ser feito, primordialmente ou também, pela imprensa cearense. E ficaram evidentes os motivos pelos quais ocorreu essa "omissão": dentre os envlvidos estão cinco políticos cearenses e as empresas Newland e a Marquise.

A Newland, cujo proprietário é Luiz Teixeira de Carvalho, é uma concessionária Toyota, sediada em Fortaleza com duas lojas, com filiais em Juazeiro do Norte, Teresina e Brasília. A empresa é a mesma que foi, digamos, "aquinhoada" com o fornecimento das Hilux para as patamos do Ronda do Quarteirão, sem licitação, pelo Governo do Estado. Foi agraciada com isso com mais de R$ 170 milhões do contribuinte, sem fazer esforço.

Outra das empresas envolvidas é o Grupo Marquise, conglomerado cearense presente em dezessete estados, que atua no ramo da construção civil – construtora Marquise –, hotelaria – Gran Marquise Hotel –, recolhimento de lixo – Fortaleza (Ecofor), Aquiraz, Caucaia, São Paulo e Porto Velho/RO –, financeira – Múltipla Financeira no Ceará e em São Paulo – e comunicação – TV Tambaú, retransmissora do SBT na Paraíba e Rádio Tambaú FM, naquele Estado. O conglomerado é controlado por José Carlos Ponte (presidente) e Erivaldo Arrais (presidente). Ambos são habitués de colunas sociais, também são grandes anunciantes da mídia local e doadores de recursos para campanhas políticas.

Não é difícil imaginar o motivo pelo qual o nome das duas empresas foi omitido das matérias jornalísticas veiculadas. O interesse corporativo se sobrepôs ao mister jornalístico.

Mais fácil e cômodo dizer que por "segredo de Justiça" os nomes dos políticos, dos empresários e das empresas envolvidas não foram divulgados.

Dentre os presos estão o presidente da Federação Cearense de Automobilismo, Haroldo Scipião Borges; o piloto Hybernon Cysne e Armando Campos, cunhado do ministro do Superior Tribunal de Justiça, César Asfor Rocha, que está em campanha por uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Asfor, que presidiu o STJ até setembro do corrente ano, é figurinha também carimbada nas colunas – sociais ou não –, onde puxadores de saco o incensam. Foi o primeiro cearense a presidir o STJ. Também não é difícil entender o motivo pelo qual a mídia omitiu o nome do cunhado do ministro.


 

Foi necessário que a imprensa de outros estados divulgasse nome de empresas e presos, porque a cearense preferiu omitir-se, calar-se covardemente.  


 

A valentia da imprensa cearense vai somente até a posição social de envolvidos em ilícitos. Quando o caso envolve gente simples, sem instrução ou com condição social baixa logo há a divulgação do nome, imagem, escárnio. Entretanto, quando se trata de gente bem posicionada e que possui dinheiro para influir – a ponto de ser incluído em relação de cearenses mais influentes – fica todo mundo pianinho, mudo, surdo e cego.

O processo está correndo na 11ª Vara Federal. Evidentemente com o batalhão de advogados que possuem – dentre eles ex-presidentes da OAB – os acusados logo estarão em liberdade. Receberão solidariedade dos habitués borra-botas, posarão de vítimas e continuarão figurinhas fáceis nas colunas e eventos sociais.

Hipócrita, omissa e provinciana é o high society e a imprensa cearense.


 

Existe um axioma segundo o qual "por trás de uma grande fortuna há sempre um grande crime". Infelizmente no Brasil as grandes fortunas, os grandes negócios encobrem ações ilícitas que desaguaram na acumulação do dinheiro. Tudo com uma fonte em comum: a corrupção de agentes públicos. Afinal, nosso País é capitalista quanto à acumulação de dinheiro, mas socialista na divisão dos prejuízos.

A relação permissiva e omissa do aparelho policial com a mídia também é contribuinte para esse ciclo vicioso. Apresentadores, repórteres e policiais fazem um escambo: trocam a promoção pessoal, de um lado para galgar patentes e postos melhores, do outro trampolim para obtenção de vantagens pessoais, como mandatos eletivos e outros "privilégios" menores. São abutres que militam nos programas policiais de TV, rádio, jornais que não estão preocupados em cumprir o mister jornalístico ou na discussão dos problemas e das soluções dos problemas de segurança, mas na manutenção do caos. Afinal, se a Polícia fosse eficiente e a criminalidade diminuída a níveis mínimos, o que esse bando iria fazer?

A imprensa também se omite no questionamento dos que defendem a descriminalização da maconha e a defesa dos direitos humanos.

A forma como o crime não se sustenta sem a omissão da imprensa e dos agentes públicos foi bem descrita pelo relator da CPI dos grupos de extermínio, ex-deputado Paulo Duarte, quando afirmou não saber se containeres discriminados como contendo camarão e/ou lagosta foram exportados sem que fossem fiscalizados pela Cia. Docas por força de liminar. A imprensa em geral nada disse a respeito da liminar. Os containeres tanto podiam conter mariscos quanto drogas e armas.Um pequeno micro do macrocosmo que dá sustentação ao crime: bandidagem, advogados que servem ao crime, magistrados que prestam igual serviço, Estado que não recorre das decisões, tudo regado a corrupção.

E se a  imprensa cearense não investiga, não denuncia, e se omite, não é isenta.


 

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"Ponha-se na presidência qualquer medíocre, louco ou semi-analfabeto, e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo.

Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista.

E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso."


General Olimpio Mourão Filho em A Verdade de um Revolucionário de 1978





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