BBC Brasil
Atualizado em 29 de setembro, 2010 - 09:26 (Brasília) 12:26 GMT
Lula é 'candidato' no Brasil, diz jornal espanhol
Uma reportagem da edição desta quarta-feira do jornal espanhol El Mundo afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é "tão candidato quanto os demais" políticos que concorrem nas eleições brasileiras.
O texto é assinado pelo enviado especial do jornal ao Brasil, Luis Tejero, que acompanhou um comício da candidata apoiada por Lula, Dilma Rousseff, em São Paulo.
O jornal compara os candidatos nas eleições brasileiras a ciclistas, já que ambos costumam "carregar nas suas costas" os seus números de inscrição.
Segundo o jornalista, o único que não carrega nenhum número nas suas costas é Lula.
"A exceção que confirma a regra é Luiz Inácio Lula da Silva; não leva nas costas nenhum número, mas é mais candidato do que ninguém nestas eleições", escreve o jornal. "Pelo visto na campanha, parece que Lula se apresenta no lugar de Dilma."
O El Mundo destaca que foi o presidente, e não a ex-ministra, quem encerrou o último grande ato da esquerda antes do primeiro turno.
O jornal afirma que Lula é "o único capaz de inflamar os militantes após décadas de batalhas nas urnas".
O enviado especial do jornal assina também uma entrevista feita com o candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB), Índio da Costa.
O candidato diz ao jornal que se inspira na democracia espanhola, enquanto o modelo de gestão seguido por Dilma seria o mesmo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
'New York Times'
As eleições brasileiras também foram tema de reportagem desta quarta-feira do jornal americano New York Times.
Em um texto intitulado "Uma Mulher Surge no Brasil" – assinado de Nova York – a jornalista Luisita Lopez Torregrosa diz que uma eventual vitória de Dilma seria "histórica".
"Subestimada no mundo majoritariamente masculino da política eleitoral brasileira, Rousseff decolou no ano passado", afirma o jornal.
"Uma vitória colocaria Rousseff em uma galeria de mulheres líderes na América Latina."
O jornal traça um perfil de outras políticas sul-americanas, como a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, e a filha do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, que vem se destacando no país.
O jornal fala sobre a trajetória de Dilma – desde os tempos de guerrilheira até sua luta contra um linfoma – e cita o escândalo recente envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra.
'Berliner Zeitung'
O jornal alemão Berliner Zeitung traz uma reportagem nesta quarta-feira sobre o crescimento econômico do Nordeste.
O repórter Wolfgang Kunath viajou para Quixadá, no Ceará, para visitar famílias cujos padrões de vida melhoraram ao longo dos últimos anos.
O jornalista destaca que o Nordeste não foi muito visitado por candidatos à Presidência na atual eleição, devido à alta popularidade de Lula na região.
"Na disputa eleitoral para a sucessão de Lula acontece algo que parece paradoxal à primeira vista: há várias semanas nenhum candidato é visto por aqui", diz o Berliner Zeitung.
"O candidato conservador José Serra não vem porque já perdeu o [voto do] Nordeste há muito tempo. E a candidata de Lula, Dilma Rousseff, continua longe, porque ela já ganhou no Nordeste há muito tempo."
De: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/09/100929_lula_elmundo_dg.shtml
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Sucessor de Lula 'terá trabalho' para que Brasil deixe de ser país do futuro, diz 'FT'
Publicada em 29/09/2010 às 05h59m
BBC
Uma reportagem da edição desta quarta-feira do jornal britânico "Financial Times" afirma que o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva "terá muito trabalho pela frente para fazer com que o Brasil deixe de ser o perene país do futuro" e finalmente atinja seu potencial.
Na reportagem intitulada "Grandes Esperanças", que ocupa uma página inteira no jornal, os repórteres John Paul Rathbone e Jonathan Wheatley escrevem que os eleitores brasileiros passam por um momento de otimismo no país, devido aos avanços econômicos e políticos dos últimos anos.
" O Brasil, aparentemente, nunca esteve tão bem. A pergunta agora é se desta vez será diferente "
"O Brasil, aparentemente, nunca esteve tão bem", afirma a reportagem. "[...] No plano das relações exteriores, um ator pequeno de longa data é agora um sério candidato a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU."
"Como sede da próxima Copa do Mundo e, em 2016, dos Jogos Olímpicos, o Brasil chegou de forma confiante ao cenário global."
O jornal faz uma ressalva de que, "como muitos dos seus vizinhos latino-americanos, o Brasil sempre teve muitas promessas - ou decepções".
"A pergunta agora é se desta vez será diferente", afirma o Financial Times.
Segundo o jornal, entre os desafios que o país terá pela frente está o de melhorar a qualidade dos serviços públicos.
" A complacência é o calcanhar de Aquiles da economia brasileira "
"A complacência é o calcanhar de Aquiles da economia brasileira. O país aspira ser uma potência global, mas para atingir um patamar superior, dizem os analistas, ele precisa passar para um grau de desempenho econômico, focado na oferta de melhores - e não apenas mais - serviços públicos, especialmente na educação", afirma a reportagem.
O Financial Times também defende que o Estado brasileiro - "conhecido por sua ineficiência e burocracia" - seja reduzido, para aumentar a poupança nacional e livrar o país da dependência do capital externo.
Para o jornal, os otimistas estão em vantagem no Brasil. O Financial Times destaca o sucesso da oferta pública de ações da Petrobras, que acabou se tornando a maior da história em todo o mundo, e afirma que a candidata Dilma Rousseff, que lidera as pesquisas de opinião, promete manter as mesmas políticas de Lula.
De: http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/09/29/sucessor-de-lula-tera-trabalho-para-que-brasil-deixe-de-ser-pais-do-futuro-diz-ft-922655172.asp
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