O VESTIBULAR PRECISA ACABAR
O desgoverno petista não tem interesse em quebrar o ciclo da miséria educacional e cultural, pois isso seria o fim do assistencialismo do fascismo petista e da degeneração moral das relações público-privadas, formalizada com o projeto de poder perpétuo do triunvirato dos políticos mais sórdidos da história do país.
Mais um escândalo na prova do Enem provocado com a ajuda da conhecida e comprovada incompetência do MEC nessa questão.
Que ninguém tenha a esperança que a justiça cumpra o seu papel, pois já sabemos que o Poder Judiciário é apenas um lacaio do Poder Executivo fingindo discordâncias para inglês ver.
Que ninguém também espere dos reitores das universidades públicas alguma contestação do ENEM já que todos são obedientes "empregados" do Poder Executivo.
O Vestibular Enem, essa excrescência do assistencialismo comprador de votos, longe de medir competências educacionais, distribui a ignorância a ser diplomada pelas universidades públicas e particulares. Em breve teremos uma academia público-privada, não somente uma das mais corporativistas da história do país, mas uma das mais incompetentes já formadas.
O que deve eleger um aluno para o ingresso em uma Universidade/curso superior de sua preferência é seu desempenho histórico no ensino fundamental e médio, complementado por testes vocacionais gratuitos fornecidos pelo Estado, pelo bem do país.
É urgentíssima a valorização de cursos técnicos pelos empresários para que remunerações condizentes deixem o caminho da Universidade para carreiras que, efetivamente, no seu início, necessitem de um curso superior.
Fazer um estudante sentir-me obrigado a fazer uma faculdade para inserir-se em um mercado inicial de trabalho, em que um curso técnico ou de especialização é suficiente, é uma estupidez que deforma o ensino universitário do país e continua empurrando o Brasil para a rabeira da incompetência educacional.
O Brasil já tem na sua pirâmide social uma classe cada vez maior de analfabetos funcionais carregando um canudo debaixo do braço.
O desgoverno petista perdeu oito anos de sua gestão aprofundando a miséria educacional e cultural e continua transmitindo a toda a sociedade o sentimento da impunidade para o comportamento ilícito em todas as classes sociais e em todas as idades como comprovante autenticado da miséria educacional e cultural. Adolescente honesto, digno e honrado já começa a ser uma piada nos points da vagabundagem estudantil.
O espelho do poder público tem feito milagres na reprodução material de praticantes do ilícito em todos os segmentos da sociedade.
Precisamos começar uma verdadeira revolução educacional inversa dessa idiotice do petismo de comprar votos facilitando de todas as maneiras o ingresso de qualquer um na Universidade por meio de opções de escolhas que não premiam as vocações, mas apenas a oportunidade ou oportunismo de ter um diploma - seja qual for - de nível superior.
Os milhares de excelentes professores de cursinhos pré-vestibulares devem ser motivados a ingressarem nas escolas formais com salários dignos para contribuírem na revolução educacional necessária.
Na situação atual as exceções dos talentosos por natureza ou por dedicação aos estudos fazem a festa fortalecendo o elitismo acadêmico para aqueles que realmente estudam ou, então, têm condições financeiras de se preparem exatamente para o que querem e nos melhores colégios particulares do país.
Assisti recentemente em uma aula de uma Universidade Pública muitos alunos declararem que somente estavam fazendo aquele curso por falta de opção – para aproveitar a vaga – e que já estavam se preparando para fazer novo vestibular (do Enem). Assim caminha a educação no país que não consegue mais nos tirar da rabeira da incompetência educacional no fundamental e no ensino médio.
A revolução precisa começar por baixo em um novo cenário exige que se tratem os professores como mão-de-obra estratégica e não como atualmente: desqualificada, remunerada com vergonhosos salários que obriga a quase todos terem dois ou mais empregos e ficarem sem tempo nem oportunidades para seu aperfeiçoamento profissional, sem falar na desmotivação cada vez maior de enfrentar em sala de aula o saldo da destruição da família e as resultantes das relações sociais construídas nos guetos da pobreza e da criminalidade.
O modelo precisa ser outro e não temos mais tempo.
O aluno precisa em uma primeira etapa ter validado através de processos avaliativos seu ingresso no fundamental, 5ª série, no final, 8ª série, e no final do ensino médio.
Combater a evasão com a absurda deterioração da qualidade do ensino é simplesmente um crime de lesa-pátria. Aprovação automática é simplesmente uma irresponsabilidade e uma covardia com o futuro do país.
As escolas que não souberem de maneira responsável preparar seus alunos serão fechadas pelo Estado ou por falta de alunos.
Quando o aluno estiver no 2º ano do ensino médio poderá solicitar seu ingresso nas universidades públicas e particulares com base no seu histórico escolar e nos resultados dos testes avaliativos anteriores feitos na própria escola com a fiscalização e o acompanhamento do poder público no final de cada ciclo anterior, ficando pendente a avaliação do ensino médio realizado nos mesmos moldes para validar seu pedido de ingressa em um curso universitário.
O estado garantirá bolsas de estudo para a manutenção dos que, por mérito escolar, escolherem universidades privadas por opção, ou na falta de vagas nas universidades públicas de seu estado de origem. Se o ensino universitário público voltar a ser de qualidade isso será um caminho de exceção e não uma regra na busca da melhor formação.
As bolsas não devem ficar vinculadas a condições sociais, mas sim ao mérito obtido em um sistema de ensino que prepara o aluno para um desempenho escolar cada vez melhor, e não para ser lacaio de prostitutos da política que utilizam a pobreza como instrumento assistencialista-manipulador de ignorantes e analfabetos funcionais a serviço de um covil de bandidos.
As universidades privadas serão obrigadas a oferecer 20 % de suas vagas por curso para bolsistas por mérito escolar, sendo reembolsadas pelo Estado.
Não adianta combater a evasão escolar construindo uma base de pirâmide de ignorantes ou analfabetos funcionais. Isso não passa de um hediondo crime contra o país que, na prática, está fazendo com que mais de 60% de sua população seja massa de manobra dos canalhas da prostituição da política.
Somente com uma revolução qualitativa e moral é que poderemos ter no prazo de 10 a 20 anos o ensino público e privado do país atingindo níveis de competência que ajudarão o Brasil a se tornar uma das maiores potências do mundo em educação. O resto será consequência.
A pergunta que fica é se um Estado covil de bandidos tem algum interesse em fazer alguma coisa séria pela educação do país.
No dia em que o exercício da política no país deixar de ser sórdido, iremos nos livrar do petismo e a educação vai ser tratada com responsabilidade e não ser mais apenas um instrumento do assistencialismo comprador de votos. É bom esperarmos sentados...
Em uma empresa privada um executivo pode cometer um erro mais ou menos grave. No segundo tem que ter explicações convincentes senão vai ser demitido. No terceiro é posto no olho da rua sem conversa. Por que não fazem isso com o Ministro da Educação? – Por que quem paga seu salário e suas mordomias são os idiotas e imbecis dos contribuintes. É assim que funciona o poder público covil de bandidos da política prostituída.
Geraldo Almendra
09/11/2010
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