Procuradoria pede a cassação da senadora Grazziotin
Fábio Pozzebom/ABr
Aportou no TSE um pedido de cassação do diploma da recém-empossada senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
A ação contra Grazziotin é movida pelo Ministério Público Eleitoral. Acusa-a de malfeitos variados: abuso de poder econômico, compra de votos e caixa dois.
Além de Gazziotin, a Procuradoria Eleitoral pede que sejam cassados os dois suplentes e o marido dela, Eron Braga Bezerra, eleito deputado estadual.
No miolo da representação, menciona-se a utilização eleitoral de um programa do governo amazonense.
Chama-se Programa Zona Franca Verde. Distribui sementes e implementos agrícolas –motores e kits de ferramentas, por exemplo— a agricultores de baixa renda.
O programa é gerido pelo Idam (Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas).
Esse instituto pende do organograma da Secretaria de Produção Rural. Uma repartição comandanda, até março de 2010, por Eron.
Segundo a Procuradoria, o programa do governo do amazonas foi usado "para beneficiar claramente as candidaturas" de Grazziotin e de Eron.
Há nos autos depoimentos e documentos recolhidos numa batida realizada pela Polícia Federal.
Além dos indícios de uso eleitoral de programa estatal, recolheram-se o que a Procuradoria chama de "provas" de uso de verbas não declaradas –caixa dois.
O dinheiro clandestino foi usado, segundo o Ministério Público, na remuneração de cabos eleitorais e compra de votos.
Ex-deputada federal, Grazziotin obteve 672,9 mil votos. Na corrida ao Senado, prevaleceu sobre o rival Arthur Virgílio (PSDB) por diferença miúda.
A dianteira de Grazziotin sobre Virgílio foi de 28,58 mil votos –0,98% dos votos válidos.
O ex-líder tucano atua no processo como assistente da Procuradoria. Ele reivindica a vaga de senador.
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