Re: [sbis_l] Re: Atuação do médico no campo de Informática em Saúde

terça-feira, 29 de março de 2011
José Henrique,

É necessário haver um "ponto de encontro" entre os 2 profissionais, onde possam conversar de forma compreensivel.

Hoje a modelagem de sistemas, através do UML, permite criar um ambiente de "tradução" do conhecimento médico, para que o médico participe na construção dos processos, do interfaciamento, da usabilidade e integração, como você bem disse.

A representação do conhecimento médico, por sua própria natureza (empírica e ambígua), é bastante complexa, dificultando sua tradução para o rígido formalismo dos códigos binários.

O médico informata pode contribuir, de forma positiva, traduzindo para os diversos "modelos de caso de uso" o conhecimento médico, em uma forma que o profissional de TI entenda.

Infelizmente, há um certo açodamento por parte de alguns profissionais de TI que "bypassam" a etapa de modelagem no processo de especificação de um sistema de informação médica e com isso dificulta a tradução do conhecimento médico.

Caso contrário, teremos uma situação semelhante a um clássico da literatura teatral, em "Dois perdidos em códigos binários sujos".

Marivan

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Dr. Marivan Santiago Abrahão
e-mail : marivan@mac.com



On 29/03/2011, at 07:28, Jose Henriques Junior wrote:

Caros colegas,
Eu, como profissional de TI lidando na área de saúde, acredito que
bons médicos que tenham noções de TI, principalmente como usuários e
analistas de processos só colabora com o desenvolvimento de produtos,
serviços e soluções em sistemas de saúde.
Na minha realidade, a maioria dos médicos tem boas idéias, mas não
sabem direcionar as idéias, ficando "perdidos" quando é apresentado
aquilo que eles solicitam, mas "não" daquela forma ou jeito que eles
gostariam.
Acredito que o "core" do médico não é o código, mas processos,
interfaceamento, usabilidade, integração. Se ele tem estes elementos,
ele consegue dizer à equipe de desenvolvimento, e ela tem que usar a
tecnologia disponível para traduzir isto para a realidade.
Abraços,
--
José Henriques Júnior
Analista de Sistemas



Em 28 de março de 2011 22:41, Gabriel Guimarães
<gabrielmng@yahoo.com.br> escreveu:
Olá colegas da SBIS,

A discussão é muito interessante mas parece focada em ansiedade por
competição em mercado de trabalho.
O que está acontecendo não pode ser o que acontece no sentido inverso em
relação à medicina com as áreas afins?
Antes eram funções e conhecimento exclusivo do médico aquilo que as outras
especialidades em saúde fazem hoje.

Assim também parece natural que comecem a aparecer profissionais da saúde
que desenvolvem conhecimento no sentido da TI.
Não foi da mesma forma que os profissionais de TI apareceram no meio de
atividades de saúde, administração, logística, estatística, etc?

Quanto à gerência, ela me parece mais ligada à administração, não na TI.
Acho mais difícil um profissional de TI por exemplo entender a rotina de um
profissional da saúde mais que um outro profissional da saúde e a TI, como
sempre foi, se mantém secundária à especialidade primaria.

Da mesma forma um profissional da saúde que resolveu aprender a programar
para resolver os próprios dilemas que ninguém da TI resolveu nunca terá
diversas das habilidades que um profissional da TI tem.

Aprofundando mais o assunto: o que é mais sustentável (não confundir com
mais barato apenas) - formar profissionais que cursaram uma faculdade de TI
e uma da saúde ou formar semi-especialistas em ambas? Sinceramente eu não
sei.

Abraços,
Gabriel

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