GASOLINA ARGENTINA

sábado, 7 de maio de 2011
REPASSANDO
 
Buenas… Para  os leitores aproveitarem bem antes de abastecerem seus veículos, vou mandar alguns números da nossa vizinha Argentina. Como atualmente há uma preocupação muito grande com o preços  dos combustíveis, por lá os números  são os seguintes:
Gasolina  comum (igual a nossa, mas sem álcool) – 1,99 pesos = R$ 1,00 
Gasolina  Super – 2,30  pesos = R$ 1,15
Gasolina Fangio de  alta octanagem – 2,89 pesos = R$ 1,45 
Como sabemos, nossa gloriosa Petrobras exporta para a Argentina gasolina a R$ 0,65 o litro. Assim, podemos ver como estamos sendo roubados pelo governo, enquanto o contrabando vai aumentando. Aliás, o  contrabando de gasolina  na fronteira com o Rio Grande do Sul foi motivo de uma  reportagem na RBS TV, Rede Globo. 
Acho que a matéria foi encomendada. Nela um professor universitário de Porto Alegre decidiu alertar alertar  para os "perigos" de se abastecer os carros com a gasolina da Argentina. Segundo ele, o motor pifa "pra já". 
Só ficou  faltando a explicação sobre os carros produzidos em larga escala aqui e exportados  para lá.  Serão um modelo especial?  Para mim, o que  pode acontecer é nossos carros engasgarem ao entrar em contato  com gasolina de verdade,  pois estão acostumados com essas 'garapas mixurucas' que nos vendem a R$ 2,89.  E os milhares de carros de turistas brasileiros que cruzam a fronteira e circulam à vontade por lá, sem qualquer problema?
 No  setor veículos não  é diferente. Vamos conferir a tabela dos carros  zero quilômetro:
Gol  3 portas Power – 27.600 pesos (R$ 14.800,00)

Ford F250
– 108.500 pesos (R$ 54.300,00)

Vectra CD
– 82.600 pesos (R$ 41.300,00 ) 
Ford Eco Export DIESEL 4X4  – R$ 35.000,00

Nissan Frontier
4×4 – 22.000 dólares, ou  menos de R$ 44.000,00
em uma agência em Oberá.  

E  por aí vão as  diferenças, ressaltando  que praticamente todos os carros, de qualquer marca, têm a  opção de virem com motor diesel. 
Eu estava esquecendo… As estradas pedagiadas, com terceira trouxa (terceira pista), mantidas em muito boas condições, custam para cada 300 quilômetros 3,40 pesos ou R$ 1,70.  Para  nós gaúchos, percorrermos  a mesma distância, o preço é de R$  28,00.  
Existe  uma explicação lógica para uma diferença  tão brutal? Claro que existe. Os argentinos não são explorados pelos governantes e pelos políticos, e lá os impostos não são massacrantes como no Brasil. Certamente porque somos uns trouxas, covardes, pusilânimes, pois num povo com dignidade, isso já teria mudado há muito tempo.
***
Em adendo  ao gaúcho revoltado, podemos lembrar que, com uma das cargas tributárias mais pesadas do mundo, a gasolina brasileira está entre as mais caras do planeta. Levantamento da consultoria norte-americana Airinc mostra que o galão de 3,8 litros (medida adotada nos Estados Unidos) custa, em média, US$ 7,74 no país (cerca de R$ 12,54). Nos Estados Unidos, o mesmo galão custaria US$ 3,59 (R$ 5,8). A diferença é de 115%. No Brasil, os impostos representam 43% do preço final dos combustíveis.
Entre os países produtores de petróleo, o preço do Brasil é o maior. Na Venezuela, por exemplo, o galão custa apenas US$ 0,06. Na Arábia Saudita, o valor é de US$ 0,45 e no Kuwait, US$ 0,81.

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