From: antonio_morales@uol.com.br
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Subject: RES: [Brasil-Política] Ainda sobre o desastre Amorim.
Date: Mon, 8 Aug 2011 20:27:33 -0300
Não basta demitir; é fundamental investigar e processar
por Alipio Freire, especial para o Viomundo
Temos novo ministro da Defesa: o ex-ministro de Relações Internacionais, o diplomata Celso Amorim.
Acertada (muito acertada) a decisão de demitir o doutor Nelson Jobim, assumida pela presidenta Dilma Rousseff.
Acertada (muito acertada, também) a escolha do embaixador e ex-ministro de Relações Internacionais do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim.
Desta vez o doutor Nelson Jobim, ministro da Defesa desde o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (que o alçou a essa condição em 2007, e garantiu sua permanência no atual Governo) pediu demissão do cargo que jamais deveria ter ocupado. Talvez (e é bem provável), esteja de olho na Prefeitura de alguma Capital nas próximas eleições. Se for isto (ou qualquer outro plano sinistro), para o bem dos trabalhadores e do povo brasileiro, meus votos de absoluto insucesso.
Aliás, meu voto de insucesso em qualquer plano que tenha para sua carreira política e de homem de negócios (sempre escusos).
Explico: um elemento que fraudou o texto da nossa Constituição (um falsário), introduzindo adulterações (emendas não votadas) para beneficiar banqueiros credores da nossa dívida externa; que, na Presidência do STF, ficou famoso pelo engavetamento de processos, como aquele que definiria se os bancos deveriam ser julgados pelo Código de Defesa do Consumidor; e que, para se tornar ministro – juntamente com os seus parceiros, nas sombras – forjou um agravamento da crise nos aeroportos (o tal "caos aéreo") até provocar a queda de uma aeronave, matando (na verdade um assassinato em massa) cerca de 200 pessoas em São Paulo, jamais deveria ocupar qualquer cargo numa República: esses episódios (entre tantos outros que poderíamos elencar) são suficientes para se perceber um caráter cínico, sem escrúpulos, sem limites.
Mais que isto, esses episódios são suficientes para que fosse processado, preso e cumprisse pena. Impensável uma pessoa com esse currículo acabar exatamente dirigindo as nossas Forças Armadas – responsáveis ela garantia da Constituição, da legalidade e das nossas fronteiras. Impensável um elemento com esse histórico ser candidato a qualquer cargo eletivo, sobretudo se a estratégia for acumular "cacife" para uma possível candidatura à Presidência em 2014.
Não é à toa que o PSDB já pretende que ele se filie às hostes tucanas. Não é à toa que o beletrista, ex-presidente e atualmente senador José Sarney saiu em sua defesa durante o ataque de misoginia que o doutor Jobim desferiu contra ministras do Governo da presidenta Dilma Rousseff que, ao tentar desqualificar a condição de mulheres, visava à própria presidenta. Desrespeitar e desafiar publicamente aqueles aos quais deve lealdade – trair – tem sido a regra na carreira desse senhor. Trair sempre a serviço da "oligarquia financeira transnacional" que pretende mandar de modo absoluto no mundo, mesmo agora que a grande crise nos EUA e países da Europa deixa mais que evidentes os resultados desse des/mando.
Provavelmente o poder de chantagem – hoje edulcorado sob o nome mais sofisticado e palatável de "dossiês" – combinado com o poder de compra de "almas" financiado pela banca internacional, explique os sucessos e impunidades que vêm sendo conquistados pelo doutor Nelson Jobim. Mas isto, somente um profundo inquérito e investigação poderão nos dizer exatamente.
Seria necessário um trabalho de pesquisa com a seriedade e envergadura daquele desenvolvido pelos professores Adriano Benayon e Pedro Dourado Rezende procederam com relação à fraude no texto da Constituição (http://paginas.terra.com.br/educacao/adrianobenayon/fraudeac.html).
Ainda a este respeito (num país que insiste em não ter memória, e de não julgar seus criminosos de alto coturno – como acontece na discussão da Comissão da Verdade que deveria apurar os crimes contra os Direitos Humanos, julgar seus executores e mandantes e puni-los nos termos da lei), vale a pena lembrar (e reler) a grande catilinária do ex-governador e então presidente Nacional do PDT Leonel Brizolla, publicada pelos jornais O Globo, Correio Braziliense, Folha de S. Paulo, Zero Hora e Extra, em suas edições de 9 de outubro de 2003.
O "caos aéreo": um cálculo frio
Quanto ao "caos aéreo" (2006-2007) que o ungiu ministro da Defesa, embora houvesse naquele momento problemas de mesma origem em todo o mundo – sempre resultantes do modo de operar das empresas privadas de aviação – no Brasil, ele foi elevado aos píncaros, numa campanha onde se misturavam orquestradamente a grita "democrática" e "moralizante" da grande mídia comercial e sabotagens (denunciadas, mas não investigadas naquele momento) no setor de operação e controle de vôos. Uma clara conspiração entre empresários do setor, políticos da aliança Dem-Tucanos, todos os interessados na privatização dos nossos aeroportos/Embraer, acobertada pela sensação de pânico potencializada por recursos midiáticos, capaz de 'naturalizar' qualquer medida de força que se tomasse sobre o assunto: algo na mesma linha dos noticiários atuais sobre crimes e catástrofes que têm como perspectiva final a militarização do Estado e de mega repressão contra os mais pobres que vivem nas periferias das grandes cidades.
O que aquelas forças pretendiam de fato – como programa mínimo imediato – era a deposição do ministro Waldir Pires e nomeação de um outro, capaz de defender e levar a cabo (sem qualquer escrúpulo) seus objetivos: doutor Nelson Jobim.
O jogo perverso encontrará seu momento mais dramático quando, no dia 17 de julho de 2007, o AirBus da TAM, vôo 3054, que decolara de Porto Alegre rumo a São Paulo, ao aterrisar, deslizou na pista molhada do aeroporto de Congonhas e, sem controle, atravessou a Avenida Washington Luís, chocando-se em seguida com um prédio, incendiando-se. Das 199 pessoas a bordo, todas tiveram morte imediata.
Nove dias depois, em 26 de julho de 2009, toma posse no Ministério da Defesa, doutor Nelson Jobim, "O Probo" – como pretendem seus colegas de ramo, com a mídia pacificada, e um "caos aéreo" já arrefecido. Empossado, já na sua primeira manhã na condição de ministro (27 de julho), às 8h30, desembarca em São Paulo em trajes típicos de bombeiro, visita o Aeroporto de Congonhas, inspeciona a pista e os destroços do Airbus da TAM. Passo seguinte, visita (não protocolar) ao governador José Serra no Palácio dos Bandeirantes…
No Ministério da Defesa
Ao longo do Governo do presidente Luiz Inácio, seu perfil de provocador se manifestou permanentemente, e sempre que ele quis. Como já descrevemos acima, já começou seu mandato e assim prosseguiu, afrontando a nossa Constituição, travestindo-se com uniformes militares – um ministro da Defesa civil foi uma importante conquista da nossa Constituição. No momento em que o ocupante desse cargo assume e se adorna com os símbolos da velha ordem (no caso, da ditadura), está mais que dito a que veio: já aí o presidente Luiz Inácio, que jamais deveria tê-lo nomeado, teve a chance e deveria tê-lo demitido. Não o fez.
Prosseguindo cinicamente em suas provocações e desrespeito àqueles a quem devia lealdade, chegou ao ápice do desrespeito a todo o Governo do presidente Luiz Inácio, ao tentar – às vésperas do 31 de dezembro de 2009, quando as instâncias do poder e as organizações da sociedade civil brasileira estavam desmobilizadas – um golpe contra o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH). O ministro Vannuchi lançara, poucos dias antes do Natal daquele ano, o Terceiro Programa Nacional dos Direitos Humanos (3ºPNDH), aprovado e assinado pela maioria esmagadora dos ministros. O ministro Vannuchi não caiu, mas o presidente Luiz Inácio concedeu que o 3ºPNDH – elaborado e aprovado a partir da participação de representantes da sociedade civil de todo o país – fosse mutilado ao belprazer do doutor Nelson Jobim que, na ocasião, ameaçou se demitir, com uma carta supostamente assinada pelos comandantes das três armas. Quando afirmo supostamente, refiro-me sobretudo ao comandante da Marinha, cuja assinatura – à época – foi desmentida publicamente, questão que jamais foi esclarecida a contento. Ainda que, com menos ênfase, e sem qualquer declaração oficial, comentários do mesmo tipo tenham rondado a veracidade da assinatura do comandante da nossa Força Aérea. Além de ter como alvo o próprio 3ºPNDH, o golpe do impune doutor Jobim visava a disputa eleitoral de 2010 na qual, não por acaso, a campanha do candidato derrotado à Presidência, acabou elegendo como um dos seus eixos, a questão do aborto.
Amigo pessoal e correligionário político-pessoal do candidato derrotado, nitidamente apoiador da sua campanha, sequer foi afastado do cargo durante aquele ano eleitoral (2010). Apenas, por orientação do presidente Luiz Inácio, retirou-se para um exílio dourado em Miami, onde certamente não se dedicou a esportes de verão, de primavera ou de inverno. Não perdeu tempo: além de muito provavelmente ter prosseguido em conspirações com aqueles contra os quais deveria defender nossas fronteiras, às vésperas do segundo turno, declarou publicamente que, não importava o candidato que fosse eleito, ele poderia ser o ministro da Defesa. Aliás, precisaríamos saber ao certo quais e como foram pagas suas despesas no balneário de luxo dos EUA, e da constiutucionalidade dessas despesas e pagamentos.
Mestre nesse tipo provocações, falcatruas e outros crimes (como a cumplicidade na morte dos passageiros do AirBus da TAM resultante do pânico que construiu e promoveu com seus comparsas a partir do "caos aéreo"), recentemente, em suas entrevistas, passou a fazer sucessivas investidas e provocações contra a presidenta Dilma Rousseff.
Caiu.
Talvez tenha querido exatamente isto.
Muito provavelmente tratará de sua candidatura para o próximo ano.
Ainda assim, sugiro que continuemos atentos para outros possíveis movimentos: o doutor Jobim é um provocador e é capaz de tudo.
De todo modo, e de imediato, Porto Alegre que se cuide.
Mas, exatamente por tudo isto, temos muito a comemorar.
Parabéns, presidenta Dilma Rousseff.
Bem-vindo, ministro Celso Amorim.
Alipio Freire é jornalista, escritor e artista plástico. Integra o Conselho Curador do Memorial da Anistia (em Belo Horizonte) e a diretoria do Núcleo de Preservação da Memória Política.
De: brasil-politica@googlegroups.com [mailto:brasil-politica@googlegroups.com] Em nome de Gerhard Erich Boehme
Enviada em: segunda-feira, 8 de agosto de 2011 19:37
Para: maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br
Assunto: [Brasil-Política] Ainda sobre o desastre Amorim.
Caro Bortoloto,
Caros do Grupo,
"E a monarquia constitucional teria evoluído para o Império federalizado, como desejava o Partido Liberal. Mas, partimos para a ruptura do bipartidarismo não obrigatório (Conservadores e Liberais) e para a República, elegendo logo dois militares que se transformaram em descumpridores da única constituição liberal que tivemos (a Provisória e a clonada de 1891)". (Jorge Geisel - jorgegeisel@hotmail.com)
"D'us poderia ter distribuído porções iguais de Seu mundo a todos os habitantes. Mas então o mundo não teria sido mais que uma exibição dos poderes criativos de D'us, previsível como um jogo de computador e estático como uma prateleira de museu." (Menachem Mendel Schneersohn - ,שניאורסון מנדל מנח ם Менахем Мендель Шнеерсон] )
o Sr. Celso Amorim é incompetente. O tempo mostrará evidencias do que afirmo. A ele devemos os desastres em relação à América Latina, onde o Foro San Pablo se faz presente e que tem o narcontráfico como uma de suas principais formas de financiamento. Vejo o que ocorre hoje na Bolívia? Veja o que ocorre hoje no Brasil? De onde vem tanta droga? Para onde vão os recursos?
Concordo contigo que a história contém muitas estórias, mas temos também evidências. Quanto a desigualdade ela é da natureza humana.
Vivemos, crescemos e existimos num mundo em que regem as leis humanas. Muitas dessas leis são leis injustas, leis que favorecem poucos e marginalizam a muitos. Leis que penalizam os mais fracos e são "boazinhas" com os poderosos. Mas, graças a Deus, também convivemos com as leis e desígnios do Senhor, e dessas leis ninguém pode fugir. Elas são justas e desejam que vivamos numa sociedade mais humana e justa.
A Palavra de Deus nos diz em Gálatas 6.7: "Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá". Somos, assim, chamados a semear a paz, o bem, a vida, o amor, o perdão e a lutar contra as injustiças, a marginalidade, o desamor. Não podemos só ficar reclamando da vida, dos seus resultados negativos, das injustiças, das desigualdades... Devemos tomar a decisão de mudar, transformar, semear, mesmo em terra espinhosa e árida. Assim, quando pararmos de só reclamar, teremos mais tempo para ensaiar alguma solução, pensar em saídas, procurar encontrar a luz no fim do túnel. Permanecer nos murmúrios e lamentações é uma saída muito cômoda. Nesta atitude acabamos não reconhecendo que muitas vezes deixamos de fazer o que é a vontade de Deus. Esquecemos de semear mesmo em terreno difícil de semear. Só lamentando, desagradamos a Deus, não fazendo aquilo que é sua vontade. Agindo assim, acabamos por entristecer as pessoas que estão a nossa volta.
Deus nos dá sempre a oportunidade de voltar a plantar, de mudar. Ele nos dá a oportunidade de construir um mundo melhor, uma família mais feliz, uma Igreja, um Sínodo que segue e procura fazer a Sua vontade. "Os caminhos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos", nos lembra uma antiga canção. Por isso, toda a situação em que nos encontramos e o mundo em que vivemos, onde reina a injustiça, não pode nos levar a nos acomodar. É preciso orar a Deus pedindo orientação, pedindo força e colocando-se ao lado da irmã e do irmão para mudar tudo aquilo que está ao nosso alcance.
O semeador que semeia um pensamento colhe uma ação. Semeia uma ação, colhe um hábito. Semeia um hábito, colhe um caráter. Semeia um caráter, colhe um mundo melhor.
Nessa nova semana que Deus permita que também nós lancemos sementes, cuidemos da sua criação, respeitemos sua vontade e façamos o que for necessário para que ali onde Deus nos colocar Ele faça a sua vontade. Que assim seja!
Infelizmente o Brasil nunca foi um país capitalista, quando muito o foi durante o Império, qundo teve seu desenvolvimento, quando teve também entre suas princiapis lideraças pessosas, brasileiros que hoje são chamados de afrodescendentes.
Devido as drogas e a leniência com o trato público temos a violência crescente. E é bom que se diga que a escalada da violência não tem como causa a pobreza ou as diferenças de classes como querem nos fazer acreditar, os ideologicamente estressados em especial, pois assim dito justifica tão somente a desresponsabilização por parte do poder público, ou melhor, de toda a sociedade e passa a atribuir aos mais pobres a perda de valores, o que é obviamente falso. Assim nos afastamos das causas que levam a violência, a discriminação espacial principalmente.
Esta argumentação acima seguramente não invalida a questão de que os mais pobres ficam mais vulneráveis frente à violência, principalmente devido à discriminação espacial, o que é uma verdade. Neste ponto é importante a leitura dos textos em anexo e os citados, em especial para entendermos a questão da discriminação espacial, esta sim que se faz presente em nossa sociedade e necessita ser combatida.
Tivemos um presidente que foi irresponsável dividindo a sociedade segundo o sabor das etnias da qual descendemos, o fez buscando apoio político, mas deixou um triste legado, um legado que desconsidera o Barão de Cotegipe, ele que foi um dos nossos Primeiro Ministros – similar o que é hoje o Presidente da República nas funções de chefe de governo, e o Engenheiro André Pinto Rebouças, ele que foi um dos mais dignos brasileiros, hoje seriam apenas considerados afrodescendentes e merecedores de privilégios que tanto abominavam.http://www.boehme.com.br/andrereboucas.pdf
Quanto ao capitalismo, não o tivemos, o Brasil continua ser uma sociedade patrimonialista, uma sociedade de privilegiados. E estamos muito afastados de uma sociedade capitalista, que privilegie a leiberdade, em especial a econômica. Recomendo que acessem e depois leiam o anexo: http://www.heritage.org/Index/country/singapore
No mais valem as palavras de Karol Józef Wojtyła - Johannes Paulus II e procure entender a importância do princípio da subsidiariedade, o qual não é observado no Brasil:
Princípio da subsidiariedade – O princípio de subsidiariedade é um princípio fundamental da filosofia social, segundo o qual toda a atividade deve ter por objetivo ajudar a favorecer a autonomia e realização responsável dos indivíduos. Este princípio que se baseia em privilegiar a individualidade e a responsabilidade do cidadão, é o princípio que observa o que pode ser feito pelos indivíduos não deve ser feito pelo Estado, e as atribuições do governo devem ser dadas à menor instância possível. Isto é, só é tarefa do governo federal aquilo que os estados não podem fazer. E só é tarefa dos estados aquilo que os municípios não puderem desempenhar. Aos municípios cabe somente o que a comunidade não possa realizar e estas o que as famílias não possam realizar. E por fim à família o que o cidadão não possa realizar. A adoção do princípio da subsidiariedade garante o máximo de descentralização administrativa. Os municípios se transformam na principal instância dos gastos estatais. E o eleitor ganha a possibilidade de votar também com o pé, ou seja, mudando-se do município que não oferecer serviços de qualidade compatível com sua carga tributária.
Em termos econômicos a adoção do princípio da subsidiariedade implicaria limitar ao máximo as transferências orçamentárias entre o governo federal, os estados e os municípios. A exceção ficaria por conta das transferências do governo federal necessárias para equalizar as possibilidades das instâncias menores de governo nas áreas de educação, saúde e justiça.
Não seriam feitas transferências para financiar projetos de políticos locais. As transferências do governo federal ficariam limitadas a programas que potencialmente pudessem beneficiar qualquer cidadão, impedindo o governo federal de transferir renda para grupos de interesse específicos. Acabariam os subsídios e as renúncias fiscais que beneficiam setores que não precisam delas e retiram recursos das áreas essenciais. Por exemplo, as renúncias fiscais de IPI e de imposto de importação representam hoje somas vultuosas.
Só o fim dessas renúncias teria representado cerca de um terço do programa de ajuste fiscal, que foi todo realizado em cima do aumento de impostos.
A questão é que quando entendemos e respeitamos este princípio, passamos a entender que antes de tudo é fundamental não aceitar a injustiça, como quando alguém ou um grupo de pessoas tem por objetivo subtrair do indivíduo o que ele pode realizar a partir de sua própria iniciativa e capacidade, para o confiar a uma outra pessoa ou a um grupo. Começa na família quando os pais impedem que seus filhos tenham a autonomia com responsabilidade, ou criam situações para limitar o seu desenvolvimento e sua independência.
Assim também é injusto conferir a autoridade e responsabilidade para a municipalidade, quando uma comunidade ou freguesia pode realizar e decidir por si.
O mesmo vale quando passamos para uma província o que poderia ser realizado e decidido com autonomia pelos burgos ou pela municipalidade. Ou quando transferimos o poder a um reino ou país quando seus desígnios são próprios das províncias ou estados.
É uma injustiça, um grave dano e perturbação da boa ordem social.
O fim natural da sociedade e da sua ação é subsidiar os seus membros, não destruí-los nem absorvê-los através de políticas demagógicas e paternalistas ou atribuindo ao Estado deveres e direitos que cabem ao indivíduo e à sociedade de forma livre empreender. E muito menos subjugá-los como o fazem os regimes submetidos às ideologias de esquerda, direita e os totalitários. E muito menos dar ao cidadão total liberdade como pregam os anarquistas, que não se submetem ao poder da lei, do Estado de Direito, aos princípios democráticos e até mesmo a responsabilidade individual.
A ordem social será tanto mais sólida, quanto mais tiver em conta este fato e não contrapuser o interesse pessoal ao da sociedade no seu todo, mas procurar modos para a sua coordenação, de forma que seja eficaz e produtiva.
Se observarmos atentamente a história da humanidade, sempre onde o interesse individual é violentamente suprimido, acaba substituído por um pesado sistema de controle burocrático, que esteriliza as fontes da iniciativa e criatividade. Assim foi com as monarquias absolutistas, assim foi com os países que se submeteram ao socialismo, seja ele o internacional-socialismo ou o nacional-socialismo, ao comunismo, ou mesmo a regimes totalitários, muitas vezes denominados erroneamente de direita.
Se olharmos estes dois grupos, os quais possuem sobreposições, vemos como fundamental primeiro acreditar em si, desenvolver o seu potencial. É a forma inteligente de mudar o mundo, começando ao que está ao nosso alcance e não transferindo poder a políticos ou líderes demagogos, paternalistas, populistas ou clientelistas, este caracterizados pelo seu capitalismo de comparsas ou socialismo de privilegiados.
Estes preocupados em formar uma base para a oclocracia e não para a democracia, que inclui a alternância do poder. Já o disse o Dr. Martin Luther, no início da Reforma, e o mesmo foi dito por Karol Józef Wojtyła - Johannes Paulus II, que foi por nós conhecido como Papa João Paulo II. Luther mencionou que o exemplo do cristão deve começar por ele mesmo, colocando os assuntos terrenos em primeiro plano sob sua responsabilidade, depois da família e viver em comunidade. Lançou o desafio que hoje é próprio dos luteranos: Cada cristão deve viver sua comunidade, em cada comunidade edificar uma igreja e ao lado desta uma escola.
Já Wojtyła nos alertou, quando empenhado em por fim aos regimes opressores, que a exemplo do que ocorreu em seu país, com seu povo, que passou pelo jugo e divisão imposta pelos nacional-socialistas, perdeu partes de seu território e ganhou outras no final da Segunda Grande Guerra, passando depois da destruição imposta pelos nacional-socialistas, por mais de cinquenta anos sob o jugo dos internacional-socialistas. Wojtyła soube viver seu tempo, deixou seu legado como Papa, mas de minha parte, como luterano, reconhece nele seus valores, soube aproximar as igrejas, e soube ser um grande líder espiritual e moral que trabalhou incansavelmente pela paz e pela justiça social, viajando mundo afora em prol da unidade da igreja e do compromisso da fé.
Como professor, foi docente de Ética na Universidade Jaguelónica e posteriormente na Universidade Católica de Lublin. E merece ser destacada a sua passagem por esta cidade, pelo seu significado na história, Desde a segunda a metade do século XVI, movimentos da Reforma surgiram em Lublin, e uma grande congregação de irmãos poloneses esteve presente na cidade. Uma das mais importantes comunidades judaicas da Polônia também se estabeleceu em Lublin neste período. Ela continuou sendo uma parte vital da vida da cidade até quando deixou de existir durante o holocausto (Shoah) promovido pelos nacional-socialistas (nazistas).
Ele nos deixou o alerta, sobre o qual devemos refletir, principalmente quando lhes trago a reflexão à importância da observação do princípio da subsidiariedade: "Quando os homens julgam possuir o segredo de uma organização social perfeita que torne o mal impossível, consideram também poder usar todos os meios, inclusive a violência e a mentira, para a realizar". Infelizmente isso nos remete para América Latina da atualidade, ao Brasil em especial. A Amorim e sua pandilha em especial.
Abraços,
Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
(41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba - PR
"E a monarquia constitucional teria evoluído para o Império federalizado, como desejava o Partido Liberal. Mas, partimos para a ruptura do bipartidarismo não obrigatório (Conservadores e Liberais) e para a República, elegendo logo dois militares que se transformaram em descumpridores da única constituição liberal que tivemos (a Provisória e a clonada de 1891)". (Jorge Geisel - jorgegeisel@hotmail.com)
----- Original Message -----
From: carlos bortolotto
To: maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, August 07, 2011 11:27 PM
Subject: Re: [maoslimpasbrasil] O desastre Amorim - De 2008 e atual no dia de hoje.
Professor Boehme
Sabemos que a história contém muitas estórias, e os mais avisados sempre costumam ter cuidados especiais em matéria de citações.
Neste escopo gostaria de ponderar que de fato a desigualdade hoje aqui e na maior parte do planeta é criminosa e injustificável.
Sendo um país dito capitalista o que se entende de predestinado, a ele cabe a culpa por este quadro.
Veja q ñ estou falando em dolo, mas em culpa.
Onde os azares de diversos tipos de jogos, como o das bolsas de elites, os estoques irracionais, a perda de enormes produções de alimentos constituem rotinas a olhos vistos, notórios, urge q se pense em alternativas mais racionais a bem da biosfera q a todos afeta.
NADA TEM SIDO ACENADO PELOS Q SE DIZEM CIVILIZADOS NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU PARA UM PARAISO JÁ.
Sempre se insiste na continuidade dos joguinhos irresponsáveis de mauricinhos e patricinhas com muitos caprichos e zero de responsabilidade coletiva, e por ai a ecológica e mesmo humana.
SHALOM
From: Gerhard Erich Boehme <gerhard@boehme.com.br>
To: grupo_emboabas@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, August 6, 2011 1:55 PM
Subject: [maoslimpasbrasil] O desastre Amorim - De 2008 e atual no dia de hoje.
O desastre Amorim
Ipojuca Pontes – 27 de julho de 2008
brandwain@uol.com.br
http://www.midiasemmascara.org/colunistas/ipojuca-pontes.html
A Rodada Doha, em essência, foi inútil. Pois para o Itamaraty Vermelho a pendenga não é de caráter comercial, mas, sim, ideológica. E aí vale tudo, inclusive o uso da mentira revolucionária.
"Considero o ato do seu protegido como de alta traição" (do general Ludwig, ministro da Educação e Cultura, para o chefe da Casa Civil do governo Figueiredo, general Golbery do "Colt" e Silva, antes de demitir Celso Amorim da Embrafilme)
Como escrevi em algum lugar, Celso Amorim, o antigo Celsinho da Embrafilme, é o diplomata de "carrière" que o Brasil teria obrigação de desterrar mas que nenhum país democrático do mundo desejaria receber. Amorim, como se sabe, é um desastre diplomático – por onde passa deixa a marca letal da incompetência, má-fé e arrogância. O seu (dele, lá) mentor intelectual – com o qual se envolveu como assistente de direção nos tempos do Cinema Novo - foi o cineasta comunista Leon Hirszchman, introdutor do leninesco "centralismo democrático" nas relações político-institucionais do cinema brasileiro.
Nomeado ministro das Relações Exteriores pelo aéreo Itamar Franco, Celsinho, digo, Amorim, viu-se às voltas em 1993 com a ação terrorista da FARC, que fez explodir 200 quilos de dinamite (pura) na embaixada do Brasil em Bogotá, num atentado no qual morreram 43 colombianos e saíram feridas cerca de 350 pessoas, entre oito funcionários e diplomatas lotados na nossa representação[*]. Mesmo assim, instado a responder em data recente se considerava a guerrilha colombiana uma organização terrorista, o vosso chanceler tergiversou do seguinte modo: "O Brasil não faz classificação de quais organizações são terroristas e, por isso, não iria discutir se as FARC entram ou não nesta categoria".
A posteriori, durante o primeiro mandato do sindicalista Lula, sempre dando a entender aos Estados Unidos que laborava em favor da criação da Alca, a Área de Livre Comércio das Américas, segundo ele num "formato à la carte", o ministro do Itamaraty Vermelho passou a sabotar as negociações que nos abriria mercado de mais de 800 milhões de pessoas. E para sepultar de vez a perspectiva de uma zona de livre comércio, depois de procrastinar o quanto possível acordo que nos levaria a participar de um PIB (Produto Interno Bruto) continental na ordem de US$ 12 trilhões, o chanceler de Lula, no seu antiamericanismo doentio, deixou que um funcionário do MRE associasse a Alca ao fulgor de uma "odalisca de cabaré barato".
Agora, em Genebra, mais insolente do que nunca, o desastrado diplomata, no afã de sair-se como líder voluntarioso do emergente G-20, procurou detonar no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio) a chamada Rodada Doha, que se arrasta há sete longos anos e que tem por objetivo estabelecer negociações multilaterais entre países ricos e pobres (cujos governos estão ficando mais ricos do que os dos países ricos), a partir da eliminação de subsídios e barreiras que dificultam o livre trânsito das commodities agrícolas, serviços e produtos industrializados.
Ligado o dispositivo totalitário, Amorim de saída acusou os países ricos de adotarem na Rodada uma estratégia nazista na condução das negociações, que incorporaria a máxima de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler, segundo a qual "uma mentira muitas vezes repetida torna-se verdade". A coisa pegou mal, na mesa em que a presença de vítimas do nazismo é bem nítida. Na ordem prática das coisas, no entanto, o chanceler de Lula diz que os países desenvolvidos protelam a redução dos seus subsídios agropecuários – o que impediria as nações emergentes de comercializarem seus produtos agrícolas.
Os países desenvolvidos, por sua vez, ao anunciarem cortes de subsídios na área da agricultura, acusam os países membros do G-20, dos quais Amorim é uma das lideranças, de não promoverem, em reciprocidade, a respectiva abertura nas áreas industriais e de serviços. Mesmo levando em consideração que a Rodada não é apenas sobre agricultura, Amorim atravanca as negociações "fincando o pé" na velha posição de que só cortando mais subsídio na área agrícola poderia aventar alguma coisa no terreno industrial – numa manobra onde o saldo de confiança é zero. Agora me digam: quem diabo topa, numa Rodada de hienas, fazer negócio assim?
Ao citar a máxima de Goebbels sobre a mentira, o ministro do Itamaraty Vermelho esqueceu de mencionar a recomendação do estrategista Lenin, segundo a qual, instalado o quadro de conflito, o comunista deve "acusar o outro do crime que ele mesmo comete ou pensa". Com efeito, para aplicar o golpe sobre o Governo Provisório de Kerensky e dos ex-aliados mencheviques, na Rússia de 1917, o mentor da sangrenta revolução aconselhava aos súditos a adoção sem limites da mentira como arma, imputando aos adversários as tramas criminosas que praticava.
De fato, para chegar à vitória dos seus objetivos, Lenin era capaz de empreender qualquer tipo de trapaça, tais como calúnias, fraudes, delações, atentados, chantagens, aliciamentos e falsificação de documentos. Marxista de carteirinha, ele acreditava, como de resto todo comunista, que em nome do porvir revolucionário o militante pode cometer todos os crimes possíveis, tendo como álibi a mentirosa verdade (utópica) revolucionária.
Para estudiosos isentos da história moderna, não há mais dúvida: a única diferença entre os objetivos do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nazi) e dos diversos partidos comunistas é que o primeiro prega a implantação do socialismo nos limites nacionais e o segundo o quer estabelecido internacionalmente. Para dominar a propriedade privada e o controle dos meios de produção, os nazistas fizeram do judeu (na Alemanha) o bode expiatório, enquanto os comunistas apontam os "burgueses capitalistas" como alvo de suas inculpações. O próprio Hitler, quando entre pares, costumava revelar que aprendera muito, para atingir o poder, lendo Marx e observando Lênin e Mussolini.
Quanto à Rodada Doha, decerto que ela, em essência, foi inútil. Pois para o Itamaraty Vermelho a pendenga não é de caráter comercial, mas, sim, ideológica. E aí vale tudo, inclusive o uso da mentira revolucionária.
Notas:
[*] A Farc, desde outubro de 1986 mantinha negócios com o Cartel de Medellin, de Pablo Escobar, intensificando a guarda do narcotráfico no primeiros anos da década de 1990. Os dados são do National Security Archive, do Pentágono.
Fonte:
http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/7004-o-desastre-amorim.html
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