Stédile X DiLLma: Blá blá blá para Trouxas!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Não gosto de enviar nada sobre política sem que tenha o meu comentário, pois política sem debate ou opinião firmada pelos interlocutores é igual sexo obrigatório, é apenas mecânico, diverte um pouco, relaxa tensões, o que para alguns "funcionários" do prazer basta, atestando que a mediocridade vai tomando conta da humanidade, desde os tempos remotos. O chato é que a cada tempo,  alguns passam a defender o conservadorismo, mas travestidos de revolucionários. No campo da "sexologia" temos os Gikovates e Reginas navarros como expoentes deste embuste, e na política , além dos que se dizem bolcheviques de plantão,  não posso deixar de citar o Stédile e a presidente DiLLma, ou o Vagabundo e a Vendida, se acharem melhor, como eu acho.

Senão vejamos:

Primeiro a escolha do palco, para o  "enfrentamento". Nenhum seria melhor  do que este FMS (e os Fóruns Temáticos) em Porto Alegre que, a partir do terceiro realizado,  foi totalmente hegemonizado pelas "forças militantes" do PT, notadamente aqueles que se dizem bolcheviques, leninistas e trotskistas, que sempre são chamados para organizar espetáculos para reafirmarem a fachada de esquerda desta agremiação de merda, que é o PT (aliás como TODAS as experiências partidárias estão fadadas a serem, mais cedo ou mais tarde).

Depois o llocal "sui  generis" para o encontro de  Romeu e  Julieta, digo  Catupiry e Goiabada, ooops, digo, StédiLLe e DiLLma. Uma reunião fechada, com convidados especiais das cúpulas partidárias, ONGs amigas e demais aliados, todos imbuídos que a aliança vai resistir ás diferenças de opinião, pois é o Poder quer está em jogo. E o Poder, como sabemos, é a principal meta deles, desde que eles sejam os dirigentes. A mídia amiga,  tipo esta Verena Glass, figurinha fácil do PIL (Partido da Imprensa Lullista) toda preparada para divulgarem "o nível de democracia  de nosso Brasil, il, il, il). A presidenta  DiLLma en "confronto" direto com o Rei, digo, sec. geral do MST, StédilLLe.

Agora os fatos: Dias antes deste "confronto"  o  dirigente do MST Joaquim Pinheiro deu entrevista expondo o que venho  denunciando aqui há vários anos. Literalmente disse que o MST está  no chão, sem capacidade de monbilização, que atribui ao crescente nível de  emprego  no país, ao  Bolsa Família e a inatividade do governo federal com a paralização da REFORMA AGRÁRIA.

Primeira Pergunta: Porque um governo avançaria em um programa como a reforma agrária,  se a demanda (= pressão popular é quase nula?). Ora! É porque um "governo popular tem esta obrigação, a  de  democratizar o acesso e uso da terra. Conclusão  aristotélica: Este governo do PT não é de cunho e ideologia Popular.

Segunda pergunta: Porque então o MST  apóia politicamente este governo, fingindo não ver que ser derrotado sem luta, aliás apoiando quem nos castra, é pior, pois não deixa sementes nem histórias para, quem sabe um dia, novas forças recomeçarem a luta,  com outras perspectivas (a não ser que os "esquerdistas" de agora, persistam  nos tempos vindouros, o que serria um desastre).

Com este substrato Stédile dirige-se respeitosamente para aquela que veio  terminar o  serviço  iniciado por Lulla, isto é, acabar com o MST, só que "democraticamente", sem uma borrachada, como faziam os outros presidentes. Já alguma coisa, diriam alguns. E  muitos, além de  acharem isso,  se locupletaram com cargos públicos por nomeação (o MST sempre teve gente deles nomeada no INCRA, MDA e outros ministérios) além de falcatruas como o PRONERA em MG, junto com a Universidade Metodista (segundo denúncia inequívoca do companheiro Julio Castro, aliás ameaçado de morte  por um dirigente do MST mineiro, um marginal que atende pelo nome de  Critistiano). Na sua preleção retoma, de forma monótona e quase cifrada toda a agenda abandonada perlo governo (pasmem, até o governo FHC superou os números  do PT, na reforma agrária), na mesma lenga lenga anódina que estamos acostumados a ouvir, como se estivesse a dizer para a presidente DiLLma "se preocupa não, pois tapa de amor não dói", reafirmando que as críticas não significam nenhuma possibilidade  de rompimento.

DiLLma respondeu, simplesmente DEMOLINDO  a prosopopéia "frapé" do Stédille, reafirmando como verdades todas as mentiras que estávamos acostumados a ouvir do....FHC (e do Collor). E tudo ficou por isso mesmo, todos satisfeitos com o grau de "democracia" deste Brasil, il, il, il.

Em seguida, a presidente DiLLma foi fazer bonito em Cuba (onde ficou um só dia - menos que na Bulgária, terra natal de seu pai, e sem nenhuma importância para nosotros).  Lá fez bonito, questionada sobre os direitos humanos, mencionou Guantánamo "colocando uma saia justa nos EUA", como ouvi um basbaque falar. Ao sair, deixou uma moedinhas para cuba que, país pobre que é, e sujeito ao Bloqueio Econômico, não pode rejeitar, e até agradeceu. Ato contínuo, a presidente do Brasil, país que nos últimos dois anos recebeu de braços abertos e com visto de trabalho, cerca de 80 mil  estrangeiros, quase todos brancos e europeus, que vieram para o Brasil, como a redescoberta do Novo Mundo quinhentista, para dizer que o Brasil recebeu de braços abertos 4 mil haitianos, e vai receber mais mil....POR ANO, isto é, 40 vezes menos do que recebe de europeus, sem reclamar. Temo uuma guerra civil no Haiti, na fila de vistos diplomáticos para o Brasil....

Assim, DiLLma deu um cala a boca nesta Ex Esquerda Corporation W.C. de StédiLLes e Companhia, que a acompanha nesta aventura governamental, dizendo que "não corremos o risco de voltar ao neoliberalismo" (é lógico, pois dele não saímos...), com esta resposta tão contundente quanto mentirosa ao StédilLLe, em um Forum Internacional, como é o FSM, e a viagem de "marketing"  pessoal, como uma Rainha de  Sabá a distribuir esmolas aos seus primos pobres  do Caribe e, de quebra, alguma movimentação tímida, sem graça, eficácia e tardia, sobre o massacre de Pinheirinhos, talvez para encobrir a paralisia das forças petistas que dizem antagonizar o PSDB, e com o rabo preso por ação de igual teor, com violenta desocupação de área, feita pelo governo petista do Distrito Federal, outro dia, mas não noticiado  (vide http://emicles.blogspot.com/2012/01/fiscalizacao-derruba-500-edificacoes.html). Com uma fachada desta, qual o "esquerdista" que vai contestar o que vai por  aqui?

O chato é esperar o  que VIRÁ por aqui...

Assim, fica a possibilidade de um "enfrentamento" mixuruca, sem resultado algum, senão mais uma derrota do que seria a reinvindicação de um projeto social consistente para o país, cuja política de habitação não dependesse dos "humores e rentabilidade"  para os empresários, uma Reforma Agrária que signifique a mudança de rumos e de modelo econômico (mais do que neo liberal, a meu ver) e tudo aquilo que todos estão cansados de saber, mas que apenas uma minoria tem a coragem de denunciar, sem que esteja pór rás, apenas a luta política para o retorno do outro time de Ali Babás, para nos governarem.

Assim, StédiLLe conseguiu a visibilidade que necessita para fingir que "continua na luta", e DiLlma ampliou a sua área de manobra, engolindo o Stédile e jogando para a platéia da Ex Esquerda Corporation W.C., para tudo "continuar como  d'antes no quartel do Abrantes", inclusive em Guantánamo, pois DiLLma e o Brasil NADA, ABSOLUTAMENTE nada representam politicamente na geopolítica mundial, sendo somente o país onde  o  capitalismo poderá se reorganizar na sua nova etapa de exploração, e ai dos governantes que tentarem algo  diferente disso.

Qualquer interpretação diferente desta que faço, do "embate" entre StédiLLe e  DiLLma terá de  vir acompanhado de fatos, e não apneas conjecturas pessoais.

ABS

Raymundo





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