Diminuir a corrupção na política é moleza, mas ninguém quer
Por Eduardo Guimarães
Mais uma vez, o país assiste a um escândalo de corrupção desalentador porque insinua que em toda parte do espectro político há gente com o rabo preso. Políticos adversários se defendem mutuamente de acusações de corrupção. Corporativismo? Pode ser. Mas por que é tão difícil o Congresso aprovar uma CPI da Privataria ou essa, agora, do Senador Cachoeira?
Porque há atores de todos os partidos mais importantes envolvidos, o que não pode ser tomado como culpa das agremiações mas denota um apodrecimento do nosso sistema político. Quando escroques como um Carlinhos Cachoeira ou um Marcos Valério transitam do PSDB ao PT com toda a desenvoltura que se viu da década passada para cá, algo está muito podre.
De onde vem tudo isso? Simples: do financiamento privado de campanhas eleitorais. É aí que interesses privados conseguem se fazer representar. É aí que as grandes corporações conseguem ferrar o consumidor. É aí que uma igreja picareta consegue se transformar em uma das bancadas mais fortes do Congresso.
Por que um banco dá dezenas de milhões de reais a campanhas eleitorais? Patriotismo? Como verdadeiras organizações criminosas conseguem fundar partidos políticos e influírem...
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