Os psicopatas vão ficar bravos.---
Silvio de Barros Pinheiro.
Santos.SP.Um ditador melhor
Alguns regimes autoritários têm se mostrado mais eficientes29 de abril de 2012JOSHUA E., KEATING*- O Estado de S.PauloParece óbvio que governos democráticos são menos corruptose oferecem melhores serviços a seus cidadãos do que as autocracias,certo?Errado.Bem, pelo menos nem sempre.O amplamente citado Índice de Percepção da Corrupção daTransparência Internacional deu a Cuba uma nota melhor doque ao México em 2011 e colocou a Jordânia monarquista acimada democrática Itália.Além disso, as ditaduras não são as mesmas no que se refere a corrupçãoe recebimento de suborno. É claro que alguns governos autoritários, eCingapura é o exemplo clássico, têm se mostrado melhores do que outrosem termos de governança eficiente e transparente. Portanto, supondo quevocê tivesse o azar de viver numa ditadura, que tipo de regime seria omelhor?Os cientistas políticos Nicholas Charron e Victor Lapuente examinaramrecentemente quatro tipos de governo autoritário: Estados de partido único,juntas militares, monarquias e regimes personalistas, que são governosfortemente vinculados ao carisma de um único líder.Segundo os dois estudiosos, Estados de partido único, como Chinae Vietnã, são os que mais respondem às demandas do cidadão,oferecendo uma governança da mais alta qualidade."Eles precisam se aproximar da população e buscar aprovação", diz Charron."Isso os obriga a ser um pouco mais receptivos." Aparentemente, oPartido Comunista Chinês não teria durado somente por meio do usoda força, mas também por ter realizado investimentos populares eminfraestrutura e serviços sociais na China.Se governos de partido único realmente são mais receptivos, a governançadeve se tornar melhor à medida que o país prospera e os cidadãos demandammais desenvolvimento econômico.De fato, uma pesquisa em 70 países autoritários entre 1983 e 2003concluiu que nos Estados de partido único os indicadores da boagovernança, como a ausência de corrupção e uma boa oferta de serviçospúblico, aumentaram juntamente com o PIB - Produto Interno Bruto.Os regimes militares, por outro lado, "são inerentemente suscetíveis a divisõesinternas dentro da elite militar no poder" e, portanto, "são menos propensos arealizar reformas administrativas amplas", segundo o estudo.Charron aponta para a Síria, cujo governo dominado por uma elite de oficiaismilitares do clã alauita do presidente Bashar Assad mostrou-se menos aberto areformas do que a monarquia da Jordânia ou o Egito sob o governo de HosniMubarak.Como o mundo viu no ano passado, com frequência é necessário um banho desangue para pressionar tais regimes a se comprometer com reformas políticas -talvez uma boa razão para a junta pós-revolução do Egito sair de cena o maisrápido possível.* JOSHUA E., KEATING, É EDITOR DA FOREIGN POLICY/ TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
Marcos Pinto Basto
Tel. 013 3467 4204
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