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segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Esse ricardinho é gente muito boa, só está defendendo o emprego da mãe na zona.

Em 26 de novembro de 2012 17:37, <tribunaonline@googlegroups.com> escreveu:

Grupo: http://groups.google.com/group/tribunaonline/topics

    Botelho Pinto <eskerdopata@gmail.com> Nov 25 06:06PM -0800  

    Blogueiro de Veja.com, que já foi um dos principais críticos da conduta de
    Joaquim Barbosa, que, segundo ele, acusava sem provas e submetia
    instituições ao vexame, agora o defende contra ataques racistas promovidos
    pelo PT; Reinado quer ainda que José Dirceu seja impedido de se pronunciar
    sobre o caso.
     
     
     
    247 - O sempre polêmico Reinaldo Azevedo publicou, neste sábado, mais um
    texto que não foge à tradição. Diz ele que Joaquim Barbosa é vítima de
    racismo do PT e sugere ainda que José Dirceu seja calado e fique impedido
    de se manifestar sobre o julgamento da Ação Penal 470. Antes deste processo,
    * Reinaldo era um dos principais críticos de Joaquim Barbosa, pois dizia
    que sua conduta era "incompatível com Supremo, com a democracia e com o
    estado de direito". Um ministro, dizia, "não acusa sem provas nem submete
    as instituições ao vexame".*
     
    *Leia o texto de hoje de Reinaldo:*
     
    O PT rasga a fantasia: *"Negro filho da mãe! Negro traidor! Negro que não
    carrega bandeira! Negro vira-casaca! Negro ingrato! Negro negro!"*
     
    A questão sempre rondou as más consciências, era enunciada de modo oblíquo,
    falada nos cantos, nos becos, nas bocas, nas tocas — como diria o sambista…
    Era sugerida, mas jamais pronunciada. Ontem, finalmente, o ainda deputado
    João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por peculato, corrupção passiva e
    lavagem de dinheiro, rasgou a fantasia e o verbo, revelou o que realmente
    pensa o PT, deixou aflorar seu [do partido] racismo asqueroso e primitivo.
    Inconformado com a atuação do ministro Joaquim Barbosa, que assumiu nesta
    quinta a presidência do STF, Cunha mandou ver: "[Barbosa] Chegou [ao
    Supremo] porque era compromisso nosso, do PT e do Lula, de reparar um
    pedaço da injustiça histórica com os negros".
     
    Que nojo de João Paulo Cunha!
     
    Já explico onde estava este senhor quando vomitou o racismo de seu partido.
    Quero me ater um pouquinho ao conteúdo de suas palavras porque elas provam,
    por A mais B, algumas considerações que andei fazendo neste blog, ao longo
    dos anos, sobre a questão racial.
     
    No dia 11 de outubro de 2011, escrevi um texto sobre a relação que o PT
    mantém com as chamadas minorias. Lá se pode ler este trecho (em azul):
    Será mesmo o PT um partido especialmente afeito à defesa das mulheres, dos
    negros, dos gays, dos direitos humanos – de grupos e temas, enfim, que
    seriam discriminados pela sociedade "reacionária"? Uma ova! Essa gente tem
    é um desprezo solene por todas essas causas e só as utiliza como
    instrumento de sua luta pelo poder. O PT defende, sim, o negro, desde que
    esse negro carregue a bandeira do partido – se não for assim, o sujeito é
    acusado de "preto de alma branca". O PT defende, sim, a mulher, desde que
    ela carregue a bandeira do partido – se não for assim, ela é acusada de
    agente de machismo. O PT defende, sim, os gays, desde que o gay carregue a
    bandeira do partido; se não for assim, ele será acusado de bicha
    reacionária.
     
    Bingo!
     
    Pensemos na enormidade da fala de João Paulo, que representa o pensamento
    da ampla maioria do PT e de Lula — que também já andou cochichando essa
    ignomínia por aí em versos, trovas e palavrões, como é de seu hábito.
     
    Na formulação petista, Joaquim Barbosa não chegou ao Supremo por seus
    méritos, mas porque é preto. Assim, quem o nomeou ministro foi a vontade de
    Lula, que lhe teria prestado, então, um favor, fazendo uma concessão a uma
    "raça" — afinal, sabem como é, o PT é contra as injustiças… Mais: por ser
    negro, Barbosa estaria impedido de julgar segundo os autos, as leis e a sua
    consciência. A cor da pele lhe imporia, logo à partida, um determinado
    conteúdo. É por isso, ministro Joaquim Barbosa, que critiquei tão duramente
    a resposta que Vossa Excelência deu a um repórter. Ainda que ele pudesse
    estar fazendo uma provocação, condicionar a visão de mundo das pessoas à
    cor de sua pele é manifestação do mundo das trevas intelectuais, que é de
    onde parte a fala de João Paulo.
     
    Lula, o PT e os petistas esperavam um negro grato, de joelhos, beijando a
    mãos dos nhonhôs. Queriam um Joaquim Barbosa doce como uma negro forro, que
    se desfizesse em amabilidades com o seu ex-senhor e se sentisse feliz por
    ter sido um dos escolhidos da senzala para receber o galardão da liberdade.
    Em vez disso, o que se tem, na visão dos petistas, é um negro ingrato, que
    decidiu olhar a lei, não quem o nomeou; que decidiu se ater aos crimes
    cometidos pelos réus, não à cor de sua própria pele; que decidiu seguir as
    regras do estado democrático e de direito, não o projeto de poder de um
    partido.
     
    *Negro filho da mãe!*
    *Negro traidor!*
    *Negro que não carrega bandeira!*
    *Negro vira-casaca!*
    *Negro ingrato!*
    *Negro negro!*
     
    Não é de hoje, certamente, que Barbosa recebe pressões. Agora entendo com
    mais precisão uma resposta que deu numa entrevista concedida à Folha em
    2008:
    "Engano pensar que sou uma pessoa que tem dificuldade de relacionamento,
    uma pessoa difícil. Eu sou uma pessoa altiva, independente e que diz tudo
    que quer. Se enganaram os que pensavam que, com a minha chegada ao Supremo
    Tribunal Federal, a Corte iria ter um negro submisso. Isso eu não sou e
    nunca fui desde a mais tenra idade. E tenho certeza de que é isso que
    desagrada a tanta gente. No Brasil, o que as pessoas esperam de um negro é
    exatamente esse comportamento subserviente, submisso. Isso eu combato com
    todas as armas."
     
    Voltemos a João Paulo e aos petistas. Assim como um escravo dependia da boa
    vontade de seu dono para obter a alforria, esses meliantes morais estão a
    dizer que Barbosa dependeu da boa vontade de Lula para ascender ao Supremo.
    Como ele ousa jogar a lei na cara daquele que tem a certeza de que lhe fez
    um favor e uma concessão?
     
    Raramente um negro foi tão ofendido por um partido! Raramente os negros
    como um todo foram tratados com tanto desdém. Que desastre moral para boa
    parte dos movimentos negros, que certamente se calarão porque funcionam
    como esbirros do petismo! Este, se querem saber, é o pior de todos os
    racismos. A besta ao quadrado que sai por aí a vomitar injúrias raciais de
    modo explícito não é, ao menos, cínica. Os que cobram de um negro a fatura
    por tê-lo nomeado para a corte suprema do país — onde a única coisa decente
    a fazer é ser independente — deixam claro que usam as causas apenas como
    instrumento de poder.
     
    O PT é craque nisso! Lembrem-se que campanhas eleitorais de Lula e de Dilma
    reuniram cotistas e bolsistas do ProUni — um programa federal, que não
    pertence ao governo, mas ao Estado — para que expressassem a sua gratidão a
    seus "benfeitores", a seus "donos", a seus nhonhôs… O país do PT não é
    aquele dos homens livres. O partido só entende a linguagem da ordem e do
    pau-mandado, como sabe o relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG),
    que entrega a redação do relatório ao comando de seu partido para que tente
    as suas vendetas.
     
    Barbosa que se cuide! O ódio dessa gente não é pequeno. A qualquer momento
    a sua reputação pode ser alvo de um franco-atirador do mundo das denúncias.
     
    Achincalhe da Justiça
     
     
    João Paulo disse aquela enormidade numa "plenária" feita em Osasco para
    satanizar o STF e declarar a inocência dos mensaleiros, a que compareceram
    José Dirceu e José Genoino. Rui Falcão, presidente do PT, e os deputados
    Jilmar Tatto (SP), líder do PT na Câmara, e Arlindo Chinaglia (SP), líder
    do governo na Casa, faltaram.
     
    Dirceu pregou abertamente o confronto com o Supremo. Mais do que isso:
    segundo entendi, quer o tribunal submetido a júri popular, à moda maoísta:
    segundo ele, o PT deve ir às ruas para "fazer o julgamento do julgamento".
    Huuummm… Quanto mais trela lhe dá o jornalismo que lhe serve de porta-voz,
    mais valente ele fica. Daqui a pouco, o Marcola e o Fernandinho Beira-Mar
    também proporão formas de luta contra o Judiciário.
     
    Dirceu deixou claro que não aceita as decisões da Justiça de seu país.
    Conclamou: "É preciso ir as ruas, discutir, debater o que esta acontecendo.
    Não aceitamos. Estamos revoltados e indignados e somos vítimas de um
    julgamento injusto". É evidente que o homem ultrapassou a linha da crítica
    e do direito a manifestações. Está pregando abertamente a resistência a uma
    decisão da Justiça. E isso, como sabem, é crime!
     
    *E leia o texto de quando Reinaldo não era propriamente um admirador de
    Joaquim Barbosa:*
     
    *ELOGIOS À ATUAÇÃO DE BARBOSA AQUI??? NEM PENSAR!!!*
     
    É inútil entrar no meu blog para tentar defender Joaquim Barbosa. Inútil
    porque os comentários serão eliminados. Não flerto com quem desrespeita as
    instituições. Não endosso atuações destrambelhadas. Não vou engordar a área
    de comentários com o papo-furado da canalha que tem seus próprios blogs. A
    fala de Joaquim Barbosa é incompatível com o Supremo, com a democracia e
    com o estado de direito. Um ministro do Supremo não acusa sem provas nem
    submete as instituições ao vexame.
     
    Aqui não passa!
     
    Que essa gente vá procurar sua turma!
     
    Acho que eu não poderia ser mais claro. Este blog tem lado! O do estado
    democrático e de direito, que Gilmar Mendes vem defendendo com coragem e
    desassombro. Ainda que Barbosa fosse um príncipe do direito, o que não é,
    consideraria a sua atuação intolerável. Os tontons-maCUTs não percam o seu
    tempo.
     
    *Por Reinaldo Azevedo*

     

    Power Guido <eskerdopata@gmail.com> Nov 25 07:33PM -0200  

    *O ódio (singular absoluto) a Lula*
     
    *Por Weden*
     
     
     
    Lula é um político brasileiro com defeitos e virtudes. Se você não
    conseguir ver uma coisa ou outra é porque, certamente, a cegueira da paixão
    ou do ódio está tomando o seu corpo como um câncer.
     
    O que se percebe no caso de Lula é que o ódio intenso tenta, sobremaneira,
    vencer o amor intenso. É uma luta. A luta entre o amor e o ódio a esse
    personagem da história brasileira.
     
    Outros já experimentaram do mesmo fel. Mas não sei se há concorrentes para
    Lula. Talvez nem Getúlio.
     
    Quantitativamente, Lula está em vantagem. Mas os odiadores acreditam que
    seu ódio seria de melhor qualidade, uma espécie de crème de la crème do
    ódio - um ódio insuperável por qualquer amor de multidões.
     
    É um ódio cultivado com gotas de ira diárias nas páginas dos jornais. E de
    revistas. Cultivado com olhos de sangue, faca entre os dentes, espinhos nas
    pontas dos dedos.
     
    Só nos últimos meses, Lula já "esteve" por trás do relatório do CPI da
    Cachoeira, teve caso com a mulher presa na última operação da PF, já tentou
    adiar o julgamento, já produziu provas para se vingar de Perillo (porque
    ele teria sido o primeiro a avisá-lo do mensalão), já tentou subornar Deus
    para que terminasse a obra no domingo.
     
    A paixão amorosa conhecemos bem. Vem daqueles que se identificaram com ele
    e com ele conseguiram ser lembrados pela primeira vez na história da
    política brasileira: seja pelos programas sociais, seja pela ascensão
    econômica, ou até simplesmente pelas características pessoais, culturais e
    linguísticas. Vem também do louvor à camisa, ao vermelho da camisa do PT.
     
    Mas encontrar representantes do ódio não é tão difícil também. E, como
    qualquer sentimento que desafie a racionalidade, eles encontrarão
    justificativas em qualquer coisa.
     
    Mesmo que o ódio se disfarce de termos falsamente conceituais
    (lulo-petismo, lulo-comunismo, lulo-qualquercoisismo), o ódio a Lula não é
    um ódio-conceito. Não é abstrato. É material. Corpóreo. Figadal. Biliar.
    Visceral.
     
    Também não é ódio consequência. Não é um "ódio, porque..." É um "ódio
    ódio", um ódio em si mesmo, um ódio singular absoluto, que se disfarça de
    motivos: linguísticos, culturais, morais, econômicos, etc, mas sempre ódio.
     
    Lula já foi acusado de trair a mulher, de violentar o companheiro de cela,
    de roubar o Brasil, de pentecostalizar a África, de fortalecer "ditaduras"
    latino-americanas, africanas, asiáticas, de se curar do câncer em hospital
    particular (sim, uma acusação), de assassinar passageiros de avião, de dar
    o título à Vila Isabel, de provocar a fuga do vilão no final da novela das
    oito; já foi acusado de dançar festa junina, de beber vinho caro, de torcer
    para o Corinthians, de comer buchada de bode, de ter amputado o próprio
    dedo para receber pensão, de ter a voz rouca, de ser gente, de estar vivo,
    de ter nascido...
     
    Só um conselho para os odiadores: o inverso do amor não é o ódio, mas a
    indiferença. No caso em questão, o ódio só acentua e inflama a paixão
    daqueles que, em maioria dos votos, acabarão levando vantagem.
     
    Sejam indiferentes a Lula, e a história se encarregará de fazer o resto.
     
     
     
    [image: Imagem inline 2]

     

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