Oi Marcelo,
Concordo, deveria ter mais investimento e interesse dentro das empresas para formar e capacitar profissionais para atuar com análise de negócios.
Profissionais que atuem focados em melhoria contínua e gestão de mudanças, com conhecimento de TI, mas não necessariamente ser de TI, com um olhar e conhecimento do negócio (médicos, enfermeiras, etc) de forma a agregar valor ao negócio com o apoio e a parceria da TI, assim como dos demais stakeholders do negócio.
Atenciosamente,
André Mena Ávila
De: sbis_l@googlegroups.com [mailto:sbis_l@googlegroups.com] Em nome de Marcelo Bicudo
Enviada em: quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 16:50
Para: sbis_l@googlegroups.com
Assunto: Re: RES: [sbis_l] O Fim da TI em Saúde?
Vou dar um pitaquinho aqui...
Só para situar um pouco, eu sou um desses profissionais formadas na área de TI em saúde, no curso de Informática Biomédica.
Seria legal o pessoal dar uma olhada na formação do profissional, principalmente no que se refere aos 3 pilares do curso: bioinformática, processamento de sinais e imagens e gestão em saúde.
Talvez os dois primeiros pilares tenham um caráter mais técnico-científico, para simplificar bem. O fato é que o terceiro pilar, o da gestão é a "especialidade" que em sua grande maioria vai formar mão de obra especializada para o mercado. É dali que sairão os especialista em TI com o conhecimento de saúde. E ao meu ver, é exatamente alí que está o grande problema.
Se pegarmos históricamente as gerações anteriores eram profissionais de saúde que se aventuravam em desenvolver sistemas ou desenvolvedores que simplesmente extendiam seus conhecimentos para a saúde.
Mas a complexidade, exigência e os requisitos eram menores e menos complexos e esses profissionais conseguiam se virar.
Na minha visão, hoje isso é impraticável. TI deixou de ser serviço de apoio para virar estratégia. Sua empresa não tem a menor condição de atender aos requisitos de mercado, clientes e crescimento sem TI.
Informatizar deixou de ser criar formulários no computador para se tornar redução de custos, melhoria de processos, aumento de segurança, garantia de execução.
Com uma complexidade dessas, exigir que um profissional de saúde tenha conhecimento de TI me parece insano. E da mesma maneira, qual a vantagem que um desenvolvedor, um programador, um analista de sistemas um dba tem em saber cid, tempo de vida da informação do paciente, etc. quando isto não é a função dele. Um bom dba na área de saúde é o bom dba de qualquer área. Ele é dba!
Então não existe o profissional de TI em saúde? Existe sim e é valiosíssimo.
Mas essa função chama-se Analista de Negócios. É o carinha que sabe sentar na frente da saúde, entender suas dores, transformar isso em requisitos(funcionais, não funcionais, de negócios, de stakeholder, etc) e traduzir isso para a linguagem de TI. Porque desta maneira, você não precisa ter um programador que seja perito em saúde. Você simplesmente precisa de um programador, e o mesmo para as outras funções.
O profissional de TI em saúde não é o cara que sabe JAVA a fundo e faz sistema para hospital. O profissional de TI em saúde é o cara que sabe tudo de processos hospitalares, que está atento às novas tecnologias, que fale a língua dos profissionais de saúde e ao mesmo tempo tenha um baita poder propor alternativas e soluções que irão atender às necessidades da saúde e que possam ser desenvolvidas pela TI.
Agora cabe a pergunta: quantos profissionais com essa formação vocês conhecem?
Abs!
Em 17 de janeiro de 2013 16:03, Beatriz de Faria Leão <bfleao@gmail.com> escreveu:
Tiago, se vc acha que não existe - google it. ou entre na PUBMED e veja quantos artigos publicados existem....
On Jan 17, 2013, at 3:11 PM, Tiago Vaz wrote:
Já ouvimos falar de TI em Direito, ou de TI em Publicidade? Será que realmente existe TI em Saúde?
Não sei. Essa é uma pergunta.
Para mim o mais importante é ter foco.
Com relação ao trabalho em equipe. Concordo com todos que falam em INTERdisciplinaridade.
Até onde eu sei, essa é a melhor receita conhecida para realizar projetos de alta complexidade e na área da saúde é compulsório ter médicos, enfermeiros, TIs, gestores, engenheiros e outros pensando e construindo projetos juntos - cada um com a sua especialidade.
Concordo também que essa visão do projeto ser "da TI" é totalmente ultrapassada; Departamento de TI sem transparência (escondendo dados), ou purpurinado (todas atenções em mim), esta fadado ao fracasso.
Excelente o debate.
Obrigado,
Tiago Vaz
Em 17 de janeiro de 2013 10:40, Beatriz de Faria Leão <bfleao@gmail.com> escreveu:
Desculpem, mas não é esta questão. Não são duas áreas - é uma: Informática em Saúde. Interdisciplinar com profissionais de TI, Saúde e outros.
Não estou entendendo o que está sendo colocado de rivalidade. Não é por aí.
Quem quiser saber mais do que é esta área por favor entre nos sites da AMIA, IMIA, SBIS etc...
Não estamos competindo nem tirando espaço de ninguém, muito antes pelo contrário.
A questào é que é necessário formar gente (médicos, enfermerios, odontólogos, psicologos, gestores, analistas, desenvolvedores ... ) nestas competências.
Não excluimos mas sim agregamos.
Obrigada,
Beatriz
On Jan 17, 2013, at 10:33 AM, Lucas Rizzi wrote:
Tiago é aí que está o problema.
Quebrar os paradigmas de ambas as áreas e encontrar um “meio termo” entre os dois. O pessoal de TI pensa de uma forma, e o da área médica de outro, alinhas os pensamentos na minha opinião é o primeiro passo para que possamos resolver a questão.
Obrigado!
Lucas Rizzi
Gestor de Tecnologia da Informação
Jornalista – MTB 68449/SP
SERMED Saúde Ltda.
Skype: lucke.stz
"A Qualidade somos todos nós"
De: sbis_l@googlegroups.com [mailto:sbis_l@googlegroups.com] Em nome de Tiago Vaz
Enviada em: quinta-feira, 17 de janeiro de 2013 09:57
Para: sbis_l@googlegroups.com
Assunto: [sbis_l] O Fim da TI em Saúde?
Foco é importante na vida para tudo.
Na minha opinião não deve existir esse protagonismo da TI, tão desejado por alguns, dentro da Área da Saúde.
O foco da área da saúde tem de estar na Assistência ao Paciente.
E os técnicos da TI tem de ter outro foco, na Tecnologia, que é complexa, rápida e exige dedicação e especialização.
Saiu um report nos EUA recomendando o uso da metodologia ágil para construção de software para o governo, incluindo os setores da saúde;
Não existem mais "Projetos de TI", mas sim "Projetos Apoiados pela TI".
Quem deve liderar os projetos? No nosso caso, deveriam ser os médicos, enfermeiros, gestores, pacientes e etc.
Quando vejo relatórios como esse e que ditam tendências globais, volto a ter esperança de que os TIzeiros da saúde vão encontrar o seu lugar ao sol APOIANDO os projetos de TI em saúde e não colocando eles dentro do seu "mundo limitado" e "sem formação" (a maior crítica que leio aqui nesta lista da SBIS).
Se isso funcionar, quem vai precisar de programadores, analistas e gerentes experts na TI em saúde?
Será que esse não é o caminho? Não sei a resposta, mas acho que vale pensar e debater esta alternativa.
Obrigado,
Tiago Vaz
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