A Big House teve um líder, o Farol de Alexandria.
Mais do que um líder, ele foi um instrumento, o homem certo no lugar certo, na hora certa: a soma de hiper-inflação com Neolibelismo (*).
Seu reinado foi breve, porém.
Porque os últimos quatro anos, conquistados a R$ 200 mil a cabeça, do seu sombrio Governo foram o desastre ferroviário que ajudou a reconstruir a hegemonia trabalhista, agora, sim, com um líder, Luis Inacio Lula da Silva.
No Golpe de 1964, quando a embaixada americana e os lacerdas – leia excelente artigo de Saul Leblon sobre os lacerdistas de toga, revistos em "O dia que durou 21 anos", e em "Dossiê Jango" – derrubaram o presidente constitucional, a proposta foi exatamente a mesma de hoje: bloquear a soberania popular, o cerne da Democracia representativa, de origem Ocidental.
A Big House chega a 2014 sem candidatos e sem líderes.
O Farol de Alexandria apagou-se com a vaidade e vai tentar acomodar o Ego no momesco fardão de imortal – se é que o Amaury, candidatíssimo, não lhe toma a P-36.
Padim Pade Cerra, Aécio Never, Eduardo Campriles – quem é o incompetente, a Dilma ou o Fernando ? – Blablarina, Roberto Freire, Pauzinho do Dantas, Bornhausen, Malafaia, Luciano Huck, Thomas Jefferson, D Odilo são Varoes da Pátria, mas, não exatamente campeões de voto.
FHC não foi Margaret Thatcher nem Reagan ou Pinochet, que deixaram longa e funesta heranca neolibelês (*).
Pertence à estirpe dos Salinas, Menem, Fujimori e Losada, que sairam em fuga do poder, sem deixar herança.
Cerra (duas vezes) e Alckmin renegaram seu legado.
Fugiram dele como do Amaury.
E Aécio acabará por enterrá-lo em 2014.
Fernando Henrique, porém, deixou um único sucessor.
Gilmar Dantas (**) foi escolhido para dar cobertura à Privataria Tucana, papel que desempenhou de forma despudorada em dois HCs Canguru, mesmo depois de o jornal nacional mostrar o crime de suborno de forma indesmentivel .
O Golpe de 2014 não será nas urnas, porque a Globo, calor que propaga a ilegalidade, não tem voto, não ganha eleição.
O Golpe sera mediocremente paraguaio, hondurenho.
Como mostra o Saul Leblon, os lacerdistas de toga nem nisso são originais: copiam a cópia da cópia, disponível nos camelôs da Avenida Paulista, com os filmes soft-porno.
O General Mourão do Golpe de toga é o irresponsável, segundo Nassif, aquele que inventou a pré- inconstitucionalidade !
Como o General Mourão de 1964, Gilmar é destemido, arrogante, impetuoso, autoritário.
Comam brioches, é a frase que o define.
Mourão, como se sabe, saiu de Juiz de Fora em direção ao Rio antes da hora prevista pela embaixada americana.
Surpreendeu os Fundadores da Pátria, Geisel e Golbery, Herois da Democracia, segundo o Historialismo corrente.
Quando Geisel e Golbery se deram conta, Mourão já estava em Resende.
É o caso de Gilmar, agora.
Ele se precipitou.
Ainda não foi possivel articular o deslocamento de 4a. Frota americana.
Obama esta concentrado na dizimação conjunta dos povos xiitas, a Síria e o Irã.
Afonso Arinos ainda não chegou a Belo Horizonte para proclamar a República Independente de Minas, que Lyndon Johnson reconhecerá com a rapidez de um HC canguru.
Ranieri Mazilli, o Henriquinho de hoje, ainda tem provar o terno da posse.
O Auro de Moura Andrade, que declarará a vancancia do poder com a Dilma em Porto Alegre, agora se passa por um tal de Renan, que deu para ter coragem.
Esse surto precisa ser vencido.
Antes, Gurgel, a digníssima esposa e a Policia Federal do Zé precisam algemar o Lula.
O Lula tem que ser lancado às masmorras, porque, solto, pode causar alguns problemas.
É recomendável trancafiá-lo na OBAN, que a Comissão da 1/2 Verdade sabera preservar, intacta, no Iphan.
E o Coronel Ustra está ai, mais vivo, intocado e anistiado do que nunca.
O Mourão precisa, dessa vez, descer na hora certa.
Ir, aos poucos, com liminar atrás de liminar, Abdelmassih seguido de Daniel Dantas, e, pouco a pouco, construir o ambiente político propicio.
O Dr Bermudes saberá cuidar disso, com os necessários telefonemas.
O Supremo oferece sorrateira complacência, pois, os que "preferem o barulho ensurdecedor do Congresso ao silêncio sorrateiro do Supremo," como diz o Carlos Frank, não tem acesso à liberdade de imprensa do Paulo Bernardo.
Sorrateira complacência.
Porque, como se sabe, a Presidenta não pretende nomear o substituto do Ayres Britto.
Isso poderia parecer um ataque à liberdade de imprensa.
Vai deixar que o Ataulfo Merval (***) a ocupe, com procuração do Presidente Barbosa, e julgue das páginas do Globo.
O PT sepultará o destemido Nazareno Fonteles na mesma cova da Privataria Tucana.
E o Supremo, passo a passo, até meados de 2014, se manterá como o Supremo Tapetão dos derrotados.
Até que Gilmar assuma, de fato.
E nomeie Aliomar Baleeiro para o lugar do Ayres Britto.
O Rui Falcão vai pedir asilo à embaixada do Equador e o Mercadante sera Editor de Economia da Folha(****).
Viva o Paraguai !
Paulo Henrique Amorim
(*) "Neolibelê" é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a "Libelu" trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
(**) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…
(***) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notória mediocridade.
(****) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da "ditabranda"; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de "bom caráter", porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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