Pobre Bobão
O que aqueles que são contra a internação compulsória têm a dizer sobre as mais recentes declarações do Lobão? Hein?
Eu sempre soube que abstinência não assistida pode gerar distúrbios cerebrais irreversíveis. É o que deve ter acontecido com o ex-roqueiro, em tratamento desde os anos 1980, quando suas lamúrias eram consideradas manifestação artística por psiquiatras e desafetos do Barão Vermelho. Não por acaso, o período foi chamado de "década perdida".
Depois de anos de ostracismo forçado, por conta de sua falta de talento, eis que o auto-polemista resolver tirar uns trocos para patrocinar seu ócio intelectual publicando um tal "Manifesto do Nada na Terra do Nunca". Acho que é um livro.
No exato instante, era como se ouvíssemos algum assessor de imprensa gritar: "Alô, redação! Está sem assunto e quer causar? Chama o Reinaldo Azevedo da MPB, o Merval Pereira do pop brazuca, o Diogo Mainardi do pós-tropicalismo, o Quinta Coluna da cultura nacional!". Ele. O Bobão.
Em seu afã narcísico de ser notado, o meliante verbal, lá atrás, já foi um rebelde sem causa (de cabelo ensebado demais pro meu gosto). Não colou. O Renato Russo e o Cazuza eram bem mais sóbrios, eficientes e limpinhos nesse papel. Aí o moço ocupou o único lugar que lhe restava: à direita de Agnaldo Timóteo.
O que Bobão tem dito para justificar o que sobrou de sua existência não merece ser reproduzido. Nessa eu não caio. São aberrações lógicas do tipo que ouvimos na boca de torturadores, golpistas e ressentidos com a História. Não acrescentam nada, apenas reforçam o que há de mais atrasado nas cavernas e nas casernas.
Até quando diz coisas razoáveis, destila tanto rancor que desperta repulsa. Devia se recolher ao sanatório que ele mesmo criou. Pobre Bobão.
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