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sexta-feira, 3 de maio de 2013
Senhor General Azevedo Pereira, sua carta peca pela falta de sinceridade. Um militar jamais pode admitir a intromissão de forças estrangeiras nos assuntos internos de seu País, assim como abomina a tortura de seus inimigos, principalmente se já estão dominados e confinados sob sua tutela. A oficiais superiores e generais é dever para com a Pátria fazer cumprir esta determinação que está implícita no todo da Nação! É do conhecimento mundial que em MAR/1964 as FFAA deram um golpe de estado no Brasil com o apoio de Washington. Não houve contra revolução reprimindo revolucionários, mas derrubando um governo eleito pelo Povo! Até podemos admitir um golpe de estado por razões ideológicas, mas sem apoio de país estrangeiro, muito menos de intromissão e na sequência do golpe, torna-se completamente inadmissível a prática de medidas cerceadoras da liberdade dos cidadãos, com grande repulsa pela prisão, tortura e morte daqueles cidadãos que se insurgiram contra o golpe! Existem grandes diferenças entre um golpe de estado limpo que visa os interesses da grande maioria dos cidadãos e um golpe de estado a mando de potência estrangeira, visando salvaguardar seus interesses.
O Brasil evoluiu muito desde MAR/64! Durante os anos da ditadura militar, os oficiais generais que mais se destacaram no comando do País, foram fiéis seguidores das ordens que vinham de Washington com exceção de Geisel que sempre vislumbrou um governo muito mais moderado, com liberdade de expressão e sobretudo mais nacionalista, o que ia de encontro ao "modo" de pensar da maioria dos outros oficiais generais, todos eles forçados a admitir a impossibilidade de continuarem impondo um regime pela força bruta. Foram estes oficiais generais que cozinharam a anistia para os isentar de culpas quando deveriam ter-se retirado e forçado seus subordinados coniventes a fazerem o mesmo, deixando as FFAA limpas e prontas a desempenharem seu papel. 
Ao invés desse procedimento mais correto, resolveram continuar defendendo sua atuação frente a uma sociedade mais politizada que ainda tem grupos de cidadãos que foram beneficiados pelo regime de exceção e os apoiam. Apoiam a extinta ditadura porque têm liberdade para o fazer e condenam o atual regime, muitas vezes ofensivamente sem nada lhes acontecer. A grande diferença começa por aí e vai um pouco mais adiante. 
Aos atuais oficiais generais que sofrem retaliações de políticos irracionais, muitos deles desonestos, condeno sua tolerância ao desmantelamento das FFAA que observamos há muito tempo. Atualmente não temos segurança nacional para esta imensa Nação, o Brasil de todos nós que muitos criticam, mas não mostram soluções e tentam minimizar ou até enxovalhar quem as apresenta!
Marcos Pinto Basto


Em 2 de maio de 2013 11:41, Fendel <thomas@fendel.com.br> escreveu:

 

 

O Holocausto da Dignidade

Após a Segunda Guerra Mundial, o termo Holocausto foi utilizado para se referir ao extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo regime de Hitler.

Naqueles grupos estavam militantes comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes mentais, ativistas políticos, católicos, etc.

Contudo, na Alemanha nazista o alvo mais promissor foram os judeus.

Com vasta, intensa e insidiosa propaganda os judeus eram acusados como os culpados por qualquer coisa que acontecia contra aquela poderosa nação.

Os judeus foram segregados e perseguidos. Não era o bastante, por isso sucumbiram maciçamente em câmaras de gás.

O genocídio foi decretado como a "solução final". Aniquilados os judeus, estaria aberta a trilha do reino milenar.

No Brasil, a esquerda festiva e vingativa, bem que gostaria e tem envidado esforços para desencadear o Holocausto das Forças Armadas. Contudo, apesar de estarem conseguindo o seu aniquilamento paulatino, eles sabem que demandará algum tempo para o seu Holocausto total.

Sem oposição, decidiram dividir para desbaratar. E estão conseguindo.

As Forças Armadas repudiaram os seus membros que atuaram na repressão, e promovem a separação dos integrantes da Ativa do restante, os da Reserva e os Reformados.

 Os ex - agentes foram desprezivelmente abandonados, apesar de cumprirem missões superiores, dentro da legalidade, coibindo a quebra da lei e da ordem, e o seu gesto de amor à Pátria foi decretado como um atentado aos ditames do novo governo, agora composto pelos antigos subversivos.

E ainda: os militares não podem mais relembrar às novas gerações, o que foi a cruel, covarde e traiçoeira Intentona Comunista de 1935, nem comemorar, oficialmente, em suas Organizações Militares, a gloriosa Contrarrevolução de 31 de Março de 1964, olvidando-se que "esquecer também é trair..."       

Assim, os ex - agentes passaram à condição de alvos compensadores com implacável determinação, substanciais recursos e apoio legal.

Em diversas oportunidades, a esquerda exacerbada, tendo como objetivo maior a anulação da LEI DA ANISTIA (conforme decretado pelo Dirceu), que beneficiaria apenas aos seus acólitos, apontou suas armas contra os ex - agentes mais difamados.

Entre eles, como maior cabeça a prêmio, o Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra, convidado para prestar declarações para a Comissão Municipal da Verdade da cidade de São Paulo.

Para os otimistas, deveria ir para honrar a coragem militar; para os pessimistas, recusar, pois já foi tantas vezes intimado que está exausto de negar as mais infames acusações, sem o menor resultado.

Explicitamente, a Comissão da Verdade é somente uma ponta do iceberg de destruição que se abaterá sobre as Instituições Militares, que teve inicio suntuoso com a criação da Comissão da Anistia.

É nítido, que breve chegaremos ao final dos trabalhos da Comissão da Verdade, que na pratica somente serão encerrados quando atingir o seu objetivo, o justiçamento dos cidadãos que lutaram contra o comunismo.

O trucidamento de alguns agentes abrirá as comportas de uma avalanche que soterrará o edifício moral construído pelas Instituições Militares, abalará seus pilares, até o presente, sedimentados em glorioso passado que, covardemente, desejam apagar da História.

Somente um cego de conveniência, não percebe que a esquerda terá alcançado a vitória final, pois em sequência teremos o Holocausto das Instituições Militares.

O Holocausto não será apenas físico, porém, e, principalmente, da dignidade, e terá repercussões negativas para os futuros jovens atraídos pela carreira militar que diante do triste cenário, certamente, dela desistirão.

É medonho, mas é verdade.

 

Brasília, DF, 01 de maio de 2013

Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

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