O evento, realizado no último dia 30/4, em São Paulo, contou com a organização e patrocínio da ABRAMED, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e apoio do Instituto HL7, e do Sindhosp/Fehoesp.
Após a abertura da conferência, o presidente do Regenstrief Institute (órgão criador do LOINC), Clement McDonalds, parabenizou a todos, por meio de uma gravação especialmente feita para o evento, pela iniciativa da tradução do sistema para o português, publicado no site LOINC.org.
A apresentação do projeto LOINC Brasil pelo Dr. Marivan Santiago Abrahão, do Instituto HL7, deu início ao encontro. Ele discorreu sobre os eixos eficiência, eficácia e efetividade. Abrahão detalhou sobre as características do projeto, entre a terminologia clínica utilizada, o banco de dados (entre 60 a 70 mil termos e sinonímias) e o acesso fácil e de domínio público por intermédio do site www.loinc.org.br.
EVENTO LOINC
O LOINC surgiu da necessidade de uniformizar as informações clínicas e laboratoriais criando identificadores de nomes e códigos. Foto: Divulgação
Já o coordenador da Câmara Técnica da ABRAMED, Dr. Luis Gastão Rosenfeld, criticou as ultrapassadas transmissões de resultados de exames via PDF, sem nenhuma interoperabilidade. De acordo com Gastão Rosenfeld, o sistema LOINC segue uma tendência mundial e foi aprovado pelo Plano Obama, nos Estados Unidos. Também já foi adotado por países como Suíça, Alemanha, Inglaterra, Dinamarca, Canadá, entre outros.
“É salutar que se esclareça que o LOINC não é uma tabela de preços ou uma solicitação de exames. O sistema admite os nomes reduzidos, nomes locais e populares, além do nome descritivo que corresponde aos nomes científicos como os utilizados para plantas e animais. O LOINC surgiu da necessidade de uniformizar as informações clínicas e laboratoriais criando identificadores de nomes e códigos”, ressaltou Rosenfeld. Segundo ele, o setor encontrava uma série de dificuldades de nomenclatura para a transmissão de resultados entre sistemas informatizados e indispensáveis para os prontuários eletrônicos.
O coordenador técnico da ABRAMED também revelou a forma como é feita atualmente a padronização LOINC com o nome da substância analisada, do componente, carga ou tolerância dos testes de desafio (provas funcionais), aspectos de tempo da amostra, tipos de amostra e de expressão de resultados e unidades, e método, quando este leva a resultados com interpretação diferente. Logo em seguida, o Dr. Moacyr Perche, do DATASUS –Ministério da Saúde, falou sobre os avanços e a visão da e–Saúde para o Brasil, além de comentar acerca dos pilares da nova modalidade eletrônica, entre eles, liderança, governança, interoperabilidade, infraestrutura e recursos humanos. “O governo está preparando um documento referência sobre a e–Saúde. Até 2020, a e–Saúde será parte fundamental do SUS”, previu Perche.
Foi fundamental a participação da representante da Agência Nacional de Saúde, ANS, Dra. Marizélia Leão Moreira, que abordou sobre o sistema TUSS–LOINC na Saúde Suplementar. De acordo com Marizélia, o desafio da unificação na padronização foi muito grande e ainda está inadequada para os registros clínicos. Ela reiterou que a estratégia de trazer o LOINC para o padrão TISS será discutida no Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar, o COPISS. “O LOINC agrega valor no aprimoramento do registro de informação, cujo norte é o registro eletrônico no País no segmento saúde”, finalizou.
“A união entre as entidades representantes do setor de diagnóstico no Brasil tem sido a alavanca de conquistas para a qualidade do setor”, citou a presidente da SBPC/ML, Paula Távora.
Segundo Dr. Marivan Abrahão, presidente do Instituto HL-7, a iniciativa da ABRAMED abriu portas para realizar trabalhos internacionais baseados num único padrão de nomenclatura.
“Com tantos altos e baixos, num ano de dúvidas e discussões, há setores que estão olhando à frente, para o futuro e com vistas para a qualidade. Modelos, discussões integradas só podem elevar o nível da interoperabilidade entre os players da saúde”, concluiu Cláudia Cohn, presidente da ABRAMED.
O Workshop LOINC Brasil terminou com um debate entre os palestrantes, além da entrega de uma placa de homenagem ao grupo que participou da elaboração, tradução e revisão da versão brasileira do LOINC, representados por uma das precursoras da versão nacional do LOINC, Dra. Maria Emília Freitas Figueiredo.
O LOINC Brasil pode será acessado aquI
http://www.sistemaloinc.org.br/
Fonte: http://www.labnetwork.com.br/especialistas-detalham-versao-brasileira-do-loinc-em-conferencia-realizada-em-sao-paulo/
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