O episódio das acusações de improbidade que derrubaram o ministro dos esportes Orlando Silva, evidentemente ainda não comprovadas (e nem sei se serão mas, há muito e por outros fatos, não confio na gente do PC do B, independente deste episódio), nos obriga a fazer uma análise desta agremiação em que, há anos, escrevi um artigo chamado PC dos Bestas!
É lógico que o que aqui vai é opinião pessoal minha, baseada em fatos e em minhas análises deles.
Após a consubstanciação do Documento de Março de 56 e consolidação da maldita tática da Colaboração de Classes, que levou o PCB a trilhar um horrível caminho que transitou entre um acordo tácito com a ditadura, em torno de uma barganha de moderação reivindicatória dos sindicatos, em troca da permissão de retorno de vários seus dirigentes , então exilados, mas prontos a aderirem à ?volta da normalidade?do general Figueiredo, brandindo os comunistas, em fins dos anos 70, um vago ? pelas Liberdades Democráticas?, mas sem apoiar os reclames ?Pelo Fim da Lei de Segurança Nacional?.
Assim, em 1962, vários comunistas deixam o PCB e fundam o PC do B, acusando o Partidão de aderirem ao Projeto Nacional Burguês, por mando de Stálin, que radicalizava a noção de Capitalismo de Estado Nacional, e trocava o que seria a Colaboração com Insurgentes ao Capitalismo, pelo domínio imperialista, a partir da repartição do ?butin? do pós segunda guerra mundial (1945).
A partir deste rompimento, João Amazonas, Mauricio Grabois, Elza Monerat,entre outros, partem para a Guerrilha do Araguaia, inspirados por Mao Tsé Tung, Ho Chi Min e os Movimentos Insurgentes pelas armas, que pipocavam pelo mundo.
De minha parte, em absoluto, nunca concordei com o caminho da colaboração de classes francamente desenvolvida pelo PCB na época e que perdurou mais fortemente até bem pouco tempo (hoje o Partidão, muito timidamente e de forma titubeante parece querer formular o fim desta diretriz colaboracionistas, não sem resistências internas visíveis ? o PCB acabou por negar o Voto Nulo, sugerindo dubiamente o Voto em DiLLma, no segundo turno das eleições presidenciais). Mas, compartilho da análise desenvolvida pela Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo (Waldemar Rossi entre outros) que, sem demonizar e nem imprecar contra quem tomou esta corajosa opção de luta, mas equivocada a meu ver e do deles, assim como do PCB, faça-se o registro histórico).
Assim, o PC do B transitou na esfera da não colaboração de classes, fazendo um trabalho bastante direcionado à causa indígena, com a Revista Versus (focada na Amazônia e Indígenas ? Hoje o Partido apoiou os fazendeiros da Raposa Serra do Sol e os ruralistas do Código Florestal permissivo). Isso durou até metade dos anos 70 início dos 80 quando, talvez por influência e, avento a possibilidade, de inserçõe$, com o facínora albanês Heven Hoxa, o novo mentor iternacional do PC do B, em sua fase isolacionista, mas já iniciando-se na Colaboração de Classes, na onda das eleições ?democráticas, apoiando os Quercias e os Moreira Franco, além dos Sarney (José, como presidente da república, e sua filha de quem foram ?enfants gatèes? durante bom tempo, a Roseana ? aquela que tenta estatizar o museu das cuecas de seu pai, algóz do Povo Maranhense).
Neste ponto, rivalizavam com o PCB do Malina, Hércuçles Correa, entre outros, no quesito Colaboração de Classes, fazendo-me pensar na época, qual o motivo que impedia a junção dos dois Partidos colaboracionistas. Só podia ser uma briga de apego pela sigla, pois a atuação ?profissional? era a mesma, pois atuavam sob o mesmo governo, no caso do RJ, onde estiveram com Moreira Franco (contra Brizola), notadamente na secretaria de saúde, sob o secretário indicado pelo PCB, o Sérgio Arouca. Foi um vexame de aparelhismo e infuncionalidade deles na gestão do Instituto Vital Brazil, em Niterói, permitindo propaganda governamental enganosa, que fez com que Moreira fosse condenado a devolver aos cofres públicos, cerca de R$4 milhões da moeda da época, que nem sei mais qual era, por fazer propaganda enganosa do Instituto dirigido pelo PC do B.
No início dos anos 70, passaram a ficar conhecidos no meio sindical pelos seus métodos, digamos, de muita força e pouca persuasão, pois rivalizaram com os doidivanas do MR-8 (afinal, uma ?desomenagem? à data da morte do Che Guevara) na ?arte? de quem mais batia em seus próprios companheiros da base sindical, os operários. Usavam os métodos mais sacanas para compor, fraudar, impedir regimentos, e todo o tipo de falcatrua. Tudo isso para apoiarem os Joaquinzões (pelego símbolo de São Paulo)...
Nos meados dos anos 70, com a reconstrução da UNE (1979), dentro do Movimento Estudantil aprontaram o impensável, em se tratando de Luta Revolucionária, imitando seus companheiros de Movimento Sindical. Foi com muita tristeza que presenciei a vitória da aliança PC do B / MR-8 no Congresso da UNE em Piracicaba (SP), onde o hoje deputado federal e líder ruralista Aldo Rabelo, foi eleito presidente, iniciando período que vai até hoje, com o PC do B à frente da entidade, de gloriosas lutas de outrora, onde emasculou e desfeminilizou a UNE, a tornando algo entre a androgenia e o transformismo político, sendo esta entidade, hoje, um arremedo do que já foi um dia, sob a triste expensa do PC do B. Hoje, sem nenhuma credibilidade, a UNE vive de negociatas, inclusive entregando o memorial da UNE a....fundação roberto marinho.
Dali para cá, tem sido um show de oportunismo, com algumas defecções, também oportunistas, como o senador Edson Santos (PT-RJ) e da atual secretária nacional dos Direitos Humanos a esquálida Maria do Rosário (PT-RS). Jandira Fegali, a ex Gata Albanesa não por ser bonita ? há quem a ache, e não vem ao caso)-, mas por fazer uma política sorrateira desde o Movimento Estudantil, hoje transfigurada em uma espécie de Dra. Jekhil, médica que é, a criar monstros por aí.
De uns tempos para cá, fazem uma aliança eleitoral visível com o Partido do Bispo Macedo (PR), concorrendo nas chapas proporcionais em listas conjuntas, o que vai acabar agora com o fim das alianças proporcionais, entre partidos. Mas, prevendo isso, investem na filiação de artistas, muitos deles sendo promovidos a candidatos puxadores de legenda (e votos), como é o espancador de mulheres e não pagador de pensão alimentícia para a filha, o imerecido por nós Netinho de Paula, com aquele seu sorriso e voz de ?tô cagado?. E queriam o dublê de cantor de pagode e traficante, o carioca Belo. Acabaram de filiar o ex pagodeiro waguinho, hoje um crente idiota e perigoso, a fazer manifestações homofóbicas, misógenas e tudo o de mais atrasado que existe. Mas, sua fama serve para o PC do B eleger mais bestalhões à sombra do idiota crente-pseudo comunista.
Recentemente o presidente da ANP (Agência nacional do Petróleo) e dirigente do PC dos Bestas Haroldo Lima encerrou uma Assembléia de Leilão-Entrega de nosso Petróleo, afinal suspensa por mandado da justiça, com a frase dita aos empresários lá reunidos ?O Petróleo é Vosso?. O dep. Federal Aldo Rabelo protagonizou alianças e abraçou idéias horrorosas, como são as teses falsamente nacionalistas dos comandantes militares brasileiros, em relação a Amazônia, Raposa Serra do Sol, além de se tornar líder ruralista brandindo um Código Florestal extremamente permissivo. Acho que a senadora Kátia Abreu PSD GO) ficou tão encantada com o Guapo Entreguista, fantasiado de comunista que passou-se para a base aliada de DiLLma, abandonando o DEM-PFL.
O presidente do PC do B Renato Rabelo, irmão em chefe do deputado, posava sorridente na frente da sede do partido comprada por míseros R$3,3 Milhões e que deve custar mensalmente ao Partido algo em torno de 10% disso, para funcionar como sede Nacional. Depois não querem que eu acredite em desvio de dinheiro público através destas ONGs afilhadas.
E o que tem a dep. Manuela D'Ávila a ver com isso. No geral NADA. Mas, a rigor TUDO! Não acredito que ela não saiba o que se passa em seu Partido, portanto tenho a certeza que apóia esta despolitização do Povo Brasileiro, notadamente os Jovens, que ela tenta seduzir eleitoralmente, com discurso jovem-jovem, mas de conteúdo alienado e maneirista. E, duvido que não saiba de ?como se opera as coisas? de fora pras dentro do seu Partido.
Mas, a jovem na idade deputada federal não escapa de nossa desconfiança de participar de falcatruas com o dinheiro público, mesmo que seja passivamente (?eu não sabia de nada?), com as famosas sobres de campanha, ou fundo partidário repassado ilegalmente para a sua campanha. A denúncia já foi feita ao Ministério Público, os companheiros da guapa gaúcha não são exemplo de probidade. Será a dep. Federal Manuela D´Ávila uma Flor Que se Cheire (na política)?
É a verdadeira Bonitinha Mais Ordinária, só que mortal e descartável, diferentemente da personagem de Nelson Rodrigues.
*Raymundo Araujo Filho é medico veterinário homeopata e entre a dramaturgia e a política fica com a primeira.
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