{EDUCAÇÃO EM SAÚDE} ameaças veladas +++ vídeo documentário

sexta-feira, 2 de março de 2012
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RIO - A Comissão Nacional da Verdade será instalada em abril, segundo a Secretaria dos Direitos Humanos, mas a polêmica já começou, como se viu nas reações dos militares da reserva nos últimos dias. Segundo a ministra Maria do Rosário, entrevistada pelo GLOBO, a comissão vai investigar "a responsabilidade dos militares e servidores públicos, civis e até empresários em organizações não governamentais que, à época, participaram de atos perversos da ditadura".

O GLOBO: O que representa o caso Rubens Paiva?

MARIA DO ROSÁRIO: O caso Rubens Paiva é o símbolo maior de que a ditadura precisava destruir as instituições democráticas, destruindo as pessoas à frente das instituições. O Rubens Paiva fez da sua jornada parlamentar a defesa da democracia. Era um democrata que investigou tentativas de golpe contra a democracia no Brasil. E ele foi perseguido, foi retirado do seio da família de uma forma perversa. A ditadura precisava fechar também o Congresso,precisava calar as vozes. Fosse as dos estudantes, as dos trabalhadores, mas também, especialmente naquele momento, dos seus líderes, pelo exílio ou pela morte.

A senhora tem esperança de, na Comissão da Verdade, encontrar informações sobre esse e outros casos?

MARIA DO ROSÁRIO: Sim. A Comissão da Verdade tem como tarefa institucional estabelecer quais as circunstâncias em que as mortes, a tortura, a violência de Estado foi realizada no Brasil. Apurar a responsabilidade dos militares e servidores públicos da época, que teriam participado de atos perversos da ditadura, mas também dos próprios civis que participaram de estruturas não governamentais, empresariais, que participaram disso. 

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Fernando Henrique quem instituiu a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos. Foi o presidente Lula quem deu continuidade ao trabalho e enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei sobre a comissão da Verdade e da Memória e a lei geral de acesso à informação, que trabalhou uma mudança no regulamento sobre sigilo de informações no Brasil. E foi a presidenta Dilma quem sancionou. Então, é um ciclo de governos democráticos que resgatam para o Estado brasileiro atribuições democráticas para a Nação brasileira. Então, não houve esse apagamento de memória. Mas eu diria que não foram os governos que mantiveram a memória. Foram os familiares dos mortos e desaparecidos.

Por que, tantos governos democráticos depois, a gente não consegue ainda ter informações. Um exemplo é o caso de Rubens Paiva, que é tirado da família, como a senhora disse, e desaparece. E, 41 anos depois, não se tem informação do paradeiro dele. Por que os governos democráticos não conseguiram? Quem impede? Qual é a força que constrange a democracia brasileira e impede que se chegue à informação?

MARIA DO ROSÁRIO: Duas forças eu considero fundamentais. Uma que age por dentro das instituições, não apenas do governo, do poder executivo, mas do poder legislativo, e do próprio poder judiciário, com a intenção de produzir uma falsa possibilidade de que traríamos desequilíbrio à democracia e aos pactos feitos no Brasil se buscarmos a verdade. Então, há uma ameaça constante...Quem são esses? Os setores conservadores, ainda de blocos de direita, muito minoritários, mas com influência política. As instituições vivenciam essas contradições também. E essas mesmas forças políticas agem no imaginário da sociedade, na formação da opinião pública, que também vive contradições. Ora, defendendo, ora com medo. Nós aprovamos a existência da comissão da verdade com pouquíssimos votos contra na Câmara dos Deputados e com nenhum voto contrário no Senado Federal. Este é o pacto da democracia brasileira. Um pacto de diálogo entre poderes. Isso foi possível porque diminuímos a força desses setores que ficaram todo tempo constituindo instabilidade, com ameaças veladas e eles ainda estão presente em muitos lugares. Quando a gente vai para o Araguaia atuar, sentimos uma certa presença....Quando estamos diante dos familiares de desaparecidos, muitas vezes, mesmo diante da Vera Paiva, 

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cada nação, entre 40 nações do mundo que tiveram comissão da verdade, trilha seu próprio caminho. Se tivéssemos começado aqui falando de memória e verdade, já com o aspecto criminal, eu acredito que não teríamos chegado á aprovação da comissão da verdade. Então, fizemos um acordo de trabalho diante disso, mas a sociedade brasileira é dona dos seus destinos. E em plena vida democrática, a sociedade estará debatendo os caminhos futuros, principalmente debatendo hoje a legislação sobre anistia, que está plenamente em vigor, com o STF, quais os caminhos que ele pretende instituir como poder judiciário mais democrático. Eu considero que seremos vitoriosos não apenas como governo, como democracia e como nação, se conseguirmos responder aos familiares onde estão os nossos desaparecidos. Eu considero que seremos vitoriosos se conseguirmos ter uma nova geração que valorize a democracia, não como algo que foi dado, mas algo que foi conquistado e que tenha um encontro com a geração que lutou contra a ditadura, reconhecendo que defender a democracia é algo cotidiano. Em todos os sentidos, seja na escola, na universidade, em praça pública, nos meios de comunicação, no Congresso Nacional. A democracia é algo vivo, não pode estar parada.

Qual o seu entendimento sobre o argumento sempre usado, principalmente por militares na reserva, e portanto que falam mais livremente, que houve dois lados. E pela Comissão da Verdade o outro lado, dos contestadores do regime, não seria punido?, qual é?

MARIA DO ROSÁRIO: Eu de fato não considero a existência de dois lados. Nós estamos investigando e buscando refletir sobre a violência de Estado contra indivíduos e grupos. Agora, eu olho para os familiares dos mortos e desaparecidos, para as pessoas que nos trouxeram até aqui, que promoveram.a existência de mecanismos de direitos humanos e da democracia no Brasil. E elas pagaram uma conta altíssima, pessoalmente, muitos com a vida, colocando-se em risco, porque tinham um sonho, um desejo, um compromisso com a democracia brasileira. Eu tenho um respeito tão profundo por essas pessoas.E tenho o reconhecimento que, de fato, elas nos trouxeram até aqui. Então, acredito que é muito injusto quando, diante dessas pessoas, que foram torturadas, que perderam familiares, que viveram e vivem até hoje o desconhecimento do que ocorreu com as pessoas que amavam,se diz que elas deveriam pagar alguma coisa.Essas pessoas se dedicaram ao Brasil muito mais do que nós nos dedicamos hoje com o nosso trabalho. Elas dedicaram sua vida! Então, realmente acredito que é injusto quando se fala isto. Não há possibilidade de pensarmos em qualquer punição. Sei lá, mas acho que o fundamento de injustiça dentro da desigualdade de poder que uns e outros tinham. Eram as Forças Armadas do Brasil, o governo brasileiro, o poder do Estado contra alguns grupos de militantes, outros isoladamente, que exerceram o direito humano à desobediência civil diante de uma ditadura . 

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fonte: http://br.noticias.yahoo.com/ministra-comiss%C3%A3o-verdade-vai-investigar-responsabilidades-152206123.html


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assista o documentário da GLOBO NEWS (globo????!!!! >>> é,  amig@; tudo muda, mesmo!!!))

http://globotv.globo.com/globo-news/miriam-leitao-especial/t/todos-os-videos/v/comissao-quer-investigar-o-desaparecimento-de-rubens-paiva-e-outros-presos-politicos/1838082


talvez esteja disponível aqui >>> http://g1.globo.com/globo-news/espaco-aberto-miriam-leitao/videos/t/todos-os-videos/v/comissao-quer-investigar-o-desaparecimento-de-rubens-paiva-e-outros-presos-politicos/1838082/



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"... ; justamente porque não ousamos é que tais coisas são difíceis!" Sêneca
.'.
Dr Olair Rafael Seeemmpre Melhorrr
Homeopatia - Pediatria - Medicina do Trabalho 
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Para se ELIMINAR basta responder com "REMOVER"

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Esta msg segue aos inscritos em NOSSO TIME, que DOA ESFORÇO FÍSICO, DEDICAÇÃO MENTAL E GASTO MONETÁRIO NA ARTE DE VIVER MAIS E MELHOR por que, no final das contas, a sociedade inteira, nós TODOS PAGAMO$$$$ pela doença e/ou aposentadoria precoce de um sequer.
Em respeito ao seu tempo, envio APENAS retalhos da informação, aquilo que considero ser o suficiente para inFORMAR e deFORMAR para transFORMAR. Aceitar e buscar a mudança, ser diferente a cada novo ano, mês, dia, hora, momento... eis a Gratidão pela vida atual, e futura: longevidade com vigor !!!
A REPLICAÇÃO é recomendável, com extremo cuidado pela NETÉTICA: seja TOLERANTE, pois!
Gratíssimo .'.
Olair Rafael SEEEMMPRE MELHORR
Pediatria-Homeopatia-Med.Trabalho
Jacareí-SP /// www.sol.med.br
Você deve indicar mais pessoas para nosso e-grupo; também mudar seu email.
e
PARA SER ELIMINADO ??? >>> http://groups.google.com.br/group/educacao-em-saude/unsub?u=XuvTqgwAAADheanGLn_sSJdyXgsUCvNQ&hl=pt-BR

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