Fwd: O Seppuku, a honra e a política

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Seppuku, a honra e a política

Yukio Mishima (nome verdadeiro Kimitake Hiraoka) foi um escritor japonês três vezes indicado ao prêmio Nobel de literatura. Cometeu haraquiri, ou Seppuku em 25 de novembro de 1970, indignado com a Constituição Japonesa que não permitia o rearmamento. Foi o último ritual famoso conhecido de haraquiri. O primeiro foi 1170 quando o samurai Minamoto Tametomo se atirou sobre a própria espada ao perder uma batalha para um clã rival. 

O Seppuku, palavra mais nobre para o termo Haraquiri, significa "romper o ventre" e é uma forma de suicídio em nome da honra. A honra é uma qualidade da personalidade, diretamente relacionada à moral e à ética com as quais é construída.

Ainda que cada religião se afirme como sendo a melhor de todas, com seu Deus diferenciado mais forte e mais tudo, o Japão não é um país muçulmano, cristão ou adventista, nem judeu ou da Umbanda, mas seu povo adquiriu um senso de responsabilidade, de ética e de moral, enfim, da honra, que faz inveja a um esmagadora maioria de seres humanos que vivem fora do entorno dessa pequena ilha do Pacífico.

Essa honra, essa moral, essa ética, são as responsáveis pelo enorme desenvolvimento japonês, uma tradição ao longo da história, pelo espírito de cooperação entre todos e que nos admira quando olhamos para a sua recuperação da segunda guerra mundial, ou de um tsunami que devastou cidades, usinas nucleares. As cidades já estão recuperadas com ruas e edifícios reconstruídos, as usinas nucleares foram encerradas. Em nome do bem estar das populações, o Japão declina da energia nuclear que lhe proporcionava energia elétrica para o seu desenvolvimento.

Não é essa honra, moral e ética que vemos pelo ocidente ou pelo oriente quando analisamos os políticos.

Por aqui, indo aos templos todos os dias, pagando dízimos, benzendo-nos com água benta, lamentando-nos em muros, ouvindo os chamados dos muezins para a oração, não temos esse senso de moral, ética e muito menos de honra. Longe disso. Não que religião tenha algo a haver com estes sentimentos, mas parece que deveria através dos reflexos da religião na educação e na idiossincrasia. Parece que dizemos ser religiosos ou abraçar religiões, mas temos os ouvidos vazados, os neurônios comprometidos, a consciência manca, a moral estropiada, ética surda e muda, paralítica.

No Brasil, verbas públicas roubadas, desviadas, desaparecidas, somem e jamais voltam aos cofres públicos, no que pese que um ou outro tenha sido indiciado, mas não preso, e se preso ou destituído, já voltou a fazer parte da vida, do governo, onde faz sabese lá o quê. Nenhum desses cometeu seppuku. Jogaram os problemas para todos os lados e para debaixo do tapete, comeram pizza no ...

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