Re: [sbis_l] Mercado de trabalho para TI em Saúde explode (.... mas nos EUA)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Gottschall,

Acho que você resume a questão, concordo em tudo o que disse.

Conselhos são importantes. Até mesmo para a SBIS, afinal o que seria das certificações sem o aval do CRM ou CFM.

Prof Renato, obrigado pelos esclarecimentos, parafraseando o que disso nosso colega Gottschall, você é um Ás da Informática em TI,e com certeza sua opinião é bastante importante.

Me desculpe por trazer à tona o assunto em lugar errado. 

Não vou mais falar sobre isso por aqui. 

Me desculpe mais uma vez.

 Obrigado !

 Lucas Rizzi


Em quarta-feira, 26 de setembro de 2012 10h49min01s UTC-3, Gottschall, Marinilton escreveu:

Sabatini,

 

                Você tem razão, concordo contigo, mas sempre em tudo temos o lado ruim e o bom, não é mesmo?

 

                Vou fazer uma caricatura para explicar meu ponto de vista, sem querer polemizar, mas aprender com todos, que sempre me elucidaram as dúvidas.

                Quantos curandeiros, nos rincões do Brasil conseguem curar o que um médico diplomado diz ser uma virose? Esses curandeiros podem ser presos por exercício ilegal da profissão. Que tal deixar esses curandeiros, que não tiveram formação médica, trabalhar. Será que a retirada dos Pagés do mercado não é reserva de mercado?

 

                Não quero criar polêmica, mais uma fez, apenas colocar à mesa, e aprender.

 

                Meu pai não tem graduação, mas já o vi deixar muito delegado (da família) , advogados e até juízes de queixo caído, mudos, em argumentações que fizeram o mesmo ganhar causas ao longo do ano. Meu pai, devo admitir, é melhor advogado que muito bacharel por aí e mesmo assim não pode exercer a citada função. Será que reserva de mercado imposta pela OAB?

 

                O tema é delicado, sabemos que você, particularmente, é um As na informática médica e temos orgulho do seu pioneirismo, dedicação e respeito que trata o tema, inclusive a mim.

 

                Acredito que todos aqui querem ajuda, uns mais eufêmicos, outros mais rudes, mas o objetivo é o bem comum.

 

Grande abraço a todos.

 

 


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Gottschall, Marinilton

 

(11)98422-0330

(11)97473-6508

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De: sbi...@googlegroups.com [mailto:sbi...@googlegroups.com] Em nome de Renato M.E. Sabbatini, PhD
Enviada em: quarta-feira, 26 de setembro de 2012 10:38
Para: sbi...@googlegroups.com
Assunto: Re: [sbis_l] Mercado de trabalho para TI em Saúde explode (.... mas nos EUA)

 

>Esta situação apenas comprova a real necessidade de existir um Conselho de TI para organizar a "bagunça". Qual a posição da SBIS perante esta real necessidade?

Absolutamente não é uma real necessidade!

A idéia de um outro conselho federal, conselhos regionais, conselheiros, sedes suntuosas, carros de luxo, gastos enormes, todos financiados por VOCÊ,  não tem nada a ver com garantir salário. É ingenuidade achar que um conselho profissional vai dar um jeito na atual situação.

Veja as outras profissões, também mal pagas, que têm conselho. Garantiram um salário mínimo profissional?
Não, são os sindicatos que fazem isso, meu caro. Não devemos confundir as coisas.

Sabe para que os conselhos servem? Para te ferrar, fazendo julgamentos de profissionais que infringiram a ética da profissão, que não existe, e seria dificilimo de fazer, pois informática é uma profissão aplicada, que tem que respeitar a ética de cada área onde ela se aplica (caso da medicina, por exemplo, veja o nosso Código de Ética no site da SBIS).  O código de ética da informática teria 400 páginas, e todo mundo seria processado o tempo todo, ao infringir as suas milhares de regras absurdas e sempre defasadas em relação ao desenvolvimento da área. Um prato cheio para o conselho.

Querer um conselho na área é pior que dar um tiro de metralhadora no pé. Conselho profissional cheira a reserva de mercado em informática, o que seria altamente prejudicial para a economia, por exemplo.

Eu acho que a SBIS vai ser sempre radicalmente contra a idéia de regulamentar a profissão de informática. e. principalmente, criar um conselho federal.

E sabe porque? Uma porcentagem enorme dos grandes profissionais da informática em saúde brasileira são formados em outras áreas. Eu mesmo: minha formação ocorreu na área biomédica, e o único cursinho que fiz na vida em informática foi um de três dias, de FORTRAN, en 1970. Agora, olhe meu curriculo (www.renato.sabbatini.com): a existência desse Conselho serviria unicamente para me impedir de exercer essa atividade (informática não é uma profissão, em si, é uma área do conhecimento)!

E assim seria para todos os ex-presidentes da SBIS, só para dar um exemplo: o Dr. Cláudio Giulliano (médico), Dra. Heimar Marin (enfermeira), Dra. Beatriz Leão (médica), Dr. Lincoln A. Moura Jr. (engenheiro eletricista, presidente eleito da IMIA, a federação internacional de informática médica), Dr. Umberto Tachinardi (médico), Dra. Mariza Kluck (médica), Dr. Daniel Sigulem (médico), todos eles líderes acadêmicos e/ou mercado, grandes pesquisadores, desenvolvedores e professores de informática em saúde e que criaram a SBIS e construiram boa parte do que o setor é hoje.

Não te parece óbvio que o teu pleito não vai encontrar guarida no seio da SBIS?

Os profissionais de informática em saúde se originam de dezenas de áreas profissionais que não têm nada a ver com informática, por isso que temos a necessidade de ter um certificado profissional que ateste competência, e não sua origem! Isso, sim é o óbvio ululante.

A triste verdade é que se a profissão de informática fosse regulamentada ela seria mediocrizada, e passaria a ser um grande obstáculo para o progresso do setor, pois todo mundo estaria atrás de salários maiores e proteção dos seus empregos, e não no progresso da área, que foi o que deu o teu emprego atual e para milhares de técnicos e programadores, em última análise!

Quanto ao cpTICS, queremos que ele tenha o status de um cpHIMS no Brasil. Veja as ofertas de emprego em TI em saúde nos EUA: a maioria EXIGE o cpHIMS!

Quem escreveu aqui na lista que não pretende investir no certificado sofre de uma cegueira incompreensível em relação ao futuro, e poderá estar colocando sua empregabilidade em risco, como já acontece com gerentes de projeto que não tiraram o certificado PMI.

Não é que você vá aumentar o seu salário tendo o cpTICS. Se ele vier a ser valorizado pelo mercado de trabalho em TI em saúde, vai perder empregabilidade quem não o tiver. Simples assim. Nada a ver com salário. Tem a ver com valorização e com atestado de competência, e com reconhecimento público.

Portanto, nós da SBIS faremos de tudo para promover o reconhecimento do certificado, fazendo convênios com as empresas do mercado que precisam e contratam esse tipo de profissional. Queremos que elas passem a exigir o cpTICS nas ofertas de emprego.

De novo: nada a ver com salário. Isso depende de outros fatores, como falei no meu post anterior.


Abraços cordiais
Renato M.E. Sabbatini
Diretor de Educação. SBIS


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