Fwd: [sbis_l] O Fim da TI em Saúde?

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Renato,

Alguém não pode sair da assistência. Não adianta. Desculpe mas creio que não é suficiente. Ja debati demandas da atenção basica especificamente com inumeros profissionais de TI que no passado foram medicos, enfermeiros, etc.. e têm dificuldade de visualizar, entender a demanda. Eu não acredito que as pessoas possam ter duas especialidades. Isso esta cada vez mais claro lá fora., Quem faz UTI, faz UTI, quem é neurologista é neurologista quem é profisisonal da TI é profissional da TI. Com raras excessões como na emergência onde em geral alem do emergencista (se fosse possivel seria apenas o emergencista) tem o internista com interesse em emergencia, o medico de familia que tb faz emergencia, etc.. 

Enfim, para mim há o profissional de TI com enfoque em saude (Protics), onde se encaixam os ex-medicos, enfermeiros, etc...  e o profissional da saúde com interesse em TI, que é onde me encaixo. Não quero ser profisisonal de TI. Como toda regra tem sua exceção que valida a regra, pode haver alguem que esteja exatamente no meio mas buscar isso para todos é um equivoco, uma ilusão. Não conheço bem a trajetoria mas me parece ser a do Prof. Daniel Sigulem. Enfim, este equilibrio para mim não é a meta, é um ponto fora da curva. É bom que haja pessoas que se dedicam mais a TI e outros que continuem sendo mais medicos, enfermeiros, etc..

Alias, se todos sairem da assistencia ocorre o que ocorreu nos EUA. Tem o que há de pior em sistemas de saude. Gastam 17% do PIB sem um sistema universal sendo que destes 30% é para gerir o sistema. Imagina quanto é 30% de 17% do PIB americano? 

abçs
Gustavo Gusso



Em 18 de janeiro de 2013 15:28, Renato M.E. Sabbatini, PhD <listas@edumed.org.br> escreveu:

Em 18/1/2013 15:04, Gustavo Gusso escreveu:

Então, não é um profissional apenas. Esta é minha singela critica. Deveria-se pensar em pelo menos dois. Um com conhecimento majoritariamente (mas não só) de TI (tal qual esta no Protics) e outro majoritariamente (mas não só) de assistência. Talvez o equilibrio fosse o desejado mas não é real.
Gustavo, é bom lembrar que a SBIS foi fundada, e ainda hoje tem muitos membros, como eu, o Marivan, a Beatriz, a Heimar, o Gandour, o Claudio Giulliano, a Mariza,  o Daniel e vários outros (na realidade boa parte dos membros fundadores e praticamente todos os presidentes, menos dois), que são originariamente profissionais de saúde, como médicos e enfermeiras, que adotaram a informática em saúde como profissão e migraram para essa área, inclusive tornando-se vários deles ótimos profissionais de informática, programadores e desenvolvedores. Eu mesmo programei mais de 600 softwares médicos, inclusive sistemas completos de PEP, gestão de clinicas, sistemas de processamento de sinais e imagens, inteligência artificial, etc.

Então já existe esse profissional ideal, porque ele conhece os dois lados bem e é o catalisador ideal para os ambientes clinicos. Só que são muito raros (1% dos profissionais da saúde, se for muito).

E é por essa raridade que a USP de Ribeirão Preto, a UFPR e a UNIFESP criaram um curso de graduação específico para formar um profissional híbrido, o informata biomédico, que aprende tanto a área de saúde quanto a de informática. No  Canada existe há 30 anos, na Alemanha e na Holanda há 40 anos! Também existem alguns poucos cursos de pós-graduação, principalmente na engenharia biomédica. As empresas, órgão de governo, hospitais, etc. que são inteligentes estão contratando esses jovens informatas biomédicos, e acho que a tendência é crescer o número de cursos de bacharelado.

Outra experiência que deu um resultado espetacular, na formação de líderes médicos em informática em saúde foi a residência médica do HC-USP em informática, tendo gerado pessoas de altissimo nível, todos médicos dedicados à carreira de informatica médica, como o Roberto Rocha, a Lucila Ohno Machado, o Marcio Biczyk do Amaral, e muitos outros.

O cpTICS é idealmente voltado para certificar esse profissional híbrido, e não o desenvolvedor, implantador, etc. NÂO É (e posso dizer com propriedade, pois eu fui um dos seus principais idealizadores, como diretor de educação da SBIS) para o pessoal de TI puro, mesmo porque um terço das perguntas feitas se referem a conhecimentos na área da saúde.

Na minha opinião, temos só que achar uma maneira de aumentar o número de profissionais de informática em saúde com formação específica e vivência EM SAÙDE. Os EUA estão desesperados atrás dessas pessoas, somente neste segundo semestre foram abertas quase 20.000 vagas destinadas a médicos, enfermeiros, dentistas, etc. com especialização em informática em saúde, e que continuem a exercer a parte clínica.

Você mesmo, não gostaria de ser um desses catalisadores essenciais?
Desde 1987 eu formei pessoalmente mais de 60 desses profissionais.
Veja: http://www.edumed.com.br/cursos/CursoVerao2013.html

Abraços
Sabbatini



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