Re: [sbis_l] O Fim da TI em Saúde?
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Caros, o ngajamento de profissionais de saúde nas especificações dos
sistemas de informação em saúde como prontuários eletrônicos tem sido
a meta da fundação openEHR. Para nós existem os profisisonais de saúde
que tem expertise em informações em saúde, modelos clinicos,
guidelines e workflows (o tal do analista de negocios, que
necessariamente não precisa saber uma linha de codigo). Esse
profissional atua com os tecnicos para que eles contruam ferramentas
que facilitem o trabalho de modelagem de informações clínicas, que são
os arquétipos. E essas ferramentas, como o CKM, podem ser
apresentadas a profissionais na ponta, para que eles escolham quais as
informações, com que tipo de granularidade e apresentação eles querem,
que são os templates. A partir desses templates se gera os modelos
operacionais para que os desenvolvedores possam ter modelos
consistentes, validados pelos profissionais de saúde, para implantar
nos seus sistemas e informação
Paises como a Australia, a Suecia, e agora o reino Unido
(www.clinicalmodels.org.uk), estão implantando ambientes
colaborativos, usando o CKM (www.openehr.org/knowledge) em nivel
local, com essa finalidade. Essa também é a intenção da SBIS, que tem
um acordo para representar a Fundação no Brasil. Temos procurado
formas de financiamento dessa iniciativa e parceria com Estados e
Governo Federal. Esperamos, ainda nesse ano, poder colocar esse
ambiente no ar, em lingua portuguesa. Acho que será uma grande
contribuição que a SBIS dará para a qualificação de profissionais e a
construção de melhores ferramentas para apoiar o trabalho dos
profissionais de saúde e para a qualidade e segurança da atenção à
saúde dos pacientes.
Jussara Rötzsch
Md, MSc
Director, OpenEHR Foundation
Owner, Giant Global Graph ehealth Solutions
2013/1/18 Gustavo Gusso <gustavo.gusso@ig.com.br>:
> Renato,
>
> Alguém não pode sair da assistência. Não adianta. Desculpe mas creio que não
> é suficiente. Ja debati demandas da atenção basica especificamente com
> inumeros profissionais de TI que no passado foram medicos, enfermeiros,
> etc.. e têm dificuldade de visualizar, entender a demanda. Eu não acredito
> que as pessoas possam ter duas especialidades. Isso esta cada vez mais claro
> lá fora., Quem faz UTI, faz UTI, quem é neurologista é neurologista quem é
> profisisonal da TI é profissional da TI. Com raras excessões como na
> emergência onde em geral alem do emergencista (se fosse possivel seria
> apenas o emergencista) tem o internista com interesse em emergencia, o
> medico de familia que tb faz emergencia, etc..
>
> Enfim, para mim há o profissional de TI com enfoque em saude (Protics), onde
> se encaixam os ex-medicos, enfermeiros, etc... e o profissional da saúde
> com interesse em TI, que é onde me encaixo. Não quero ser profisisonal de
> TI. Como toda regra tem sua exceção que valida a regra, pode haver alguem
> que esteja exatamente no meio mas buscar isso para todos é um equivoco, uma
> ilusão. Não conheço bem a trajetoria mas me parece ser a do Prof. Daniel
> Sigulem. Enfim, este equilibrio para mim não é a meta, é um ponto fora da
> curva. É bom que haja pessoas que se dedicam mais a TI e outros que
> continuem sendo mais medicos, enfermeiros, etc..
>
> Alias, se todos sairem da assistencia ocorre o que ocorreu nos EUA. Tem o
> que há de pior em sistemas de saude. Gastam 17% do PIB sem um sistema
> universal sendo que destes 30% é para gerir o sistema. Imagina quanto é 30%
> de 17% do PIB americano?
>
> abçs
> Gustavo Gusso
>
>
>
> Em 18 de janeiro de 2013 15:28, Renato M.E. Sabbatini, PhD
> <listas@edumed.org.br> escreveu:
>
>> Em 18/1/2013 15:04, Gustavo Gusso escreveu:
>>
>>> Então, não é um profissional apenas. Esta é minha singela critica.
>>> Deveria-se pensar em pelo menos dois. Um com conhecimento majoritariamente
>>> (mas não só) de TI (tal qual esta no Protics) e outro majoritariamente (mas
>>> não só) de assistência. Talvez o equilibrio fosse o desejado mas não é real.
>>
>> Gustavo, é bom lembrar que a SBIS foi fundada, e ainda hoje tem muitos
>> membros, como eu, o Marivan, a Beatriz, a Heimar, o Gandour, o Claudio
>> Giulliano, a Mariza, o Daniel e vários outros (na realidade boa parte dos
>> membros fundadores e praticamente todos os presidentes, menos dois), que são
>> originariamente profissionais de saúde, como médicos e enfermeiras, que
>> adotaram a informática em saúde como profissão e migraram para essa área,
>> inclusive tornando-se vários deles ótimos profissionais de informática,
>> programadores e desenvolvedores. Eu mesmo programei mais de 600 softwares
>> médicos, inclusive sistemas completos de PEP, gestão de clinicas, sistemas
>> de processamento de sinais e imagens, inteligência artificial, etc.
>>
>> Então já existe esse profissional ideal, porque ele conhece os dois lados
>> bem e é o catalisador ideal para os ambientes clinicos. Só que são muito
>> raros (1% dos profissionais da saúde, se for muito).
>>
>> E é por essa raridade que a USP de Ribeirão Preto, a UFPR e a UNIFESP
>> criaram um curso de graduação específico para formar um profissional
>> híbrido, o informata biomédico, que aprende tanto a área de saúde quanto a
>> de informática. No Canada existe há 30 anos, na Alemanha e na Holanda há 40
>> anos! Também existem alguns poucos cursos de pós-graduação, principalmente
>> na engenharia biomédica. As empresas, órgão de governo, hospitais, etc. que
>> são inteligentes estão contratando esses jovens informatas biomédicos, e
>> acho que a tendência é crescer o número de cursos de bacharelado.
>>
>> Outra experiência que deu um resultado espetacular, na formação de líderes
>> médicos em informática em saúde foi a residência médica do HC-USP em
>> informática, tendo gerado pessoas de altissimo nível, todos médicos
>> dedicados à carreira de informatica médica, como o Roberto Rocha, a Lucila
>> Ohno Machado, o Marcio Biczyk do Amaral, e muitos outros.
>>
>> O cpTICS é idealmente voltado para certificar esse profissional híbrido, e
>> não o desenvolvedor, implantador, etc. NÂO É (e posso dizer com propriedade,
>> pois eu fui um dos seus principais idealizadores, como diretor de educação
>> da SBIS) para o pessoal de TI puro, mesmo porque um terço das perguntas
>> feitas se referem a conhecimentos na área da saúde.
>>
>> Na minha opinião, temos só que achar uma maneira de aumentar o número de
>> profissionais de informática em saúde com formação específica e vivência EM
>> SAÙDE. Os EUA estão desesperados atrás dessas pessoas, somente neste segundo
>> semestre foram abertas quase 20.000 vagas destinadas a médicos, enfermeiros,
>> dentistas, etc. com especialização em informática em saúde, e que continuem
>> a exercer a parte clínica.
>>
>> Você mesmo, não gostaria de ser um desses catalisadores essenciais?
>> Desde 1987 eu formei pessoalmente mais de 60 desses profissionais.
>> Veja: http://www.edumed.com.br/cursos/CursoVerao2013.html
>>
>> Abraços
>> Sabbatini
>>
>>
>>
>> --
>> ----------------------------------------------------------
>> Seja associado da SBIS!
>> Visite o site www.sbis.org.br
>
>
>
> --
> ----------------------------------------------------------
> Seja associado da SBIS!
> Visite o site www.sbis.org.br
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sistemas de informação em saúde como prontuários eletrônicos tem sido
a meta da fundação openEHR. Para nós existem os profisisonais de saúde
que tem expertise em informações em saúde, modelos clinicos,
guidelines e workflows (o tal do analista de negocios, que
necessariamente não precisa saber uma linha de codigo). Esse
profissional atua com os tecnicos para que eles contruam ferramentas
que facilitem o trabalho de modelagem de informações clínicas, que são
os arquétipos. E essas ferramentas, como o CKM, podem ser
apresentadas a profissionais na ponta, para que eles escolham quais as
informações, com que tipo de granularidade e apresentação eles querem,
que são os templates. A partir desses templates se gera os modelos
operacionais para que os desenvolvedores possam ter modelos
consistentes, validados pelos profissionais de saúde, para implantar
nos seus sistemas e informação
Paises como a Australia, a Suecia, e agora o reino Unido
(www.clinicalmodels.org.uk), estão implantando ambientes
colaborativos, usando o CKM (www.openehr.org/knowledge) em nivel
local, com essa finalidade. Essa também é a intenção da SBIS, que tem
um acordo para representar a Fundação no Brasil. Temos procurado
formas de financiamento dessa iniciativa e parceria com Estados e
Governo Federal. Esperamos, ainda nesse ano, poder colocar esse
ambiente no ar, em lingua portuguesa. Acho que será uma grande
contribuição que a SBIS dará para a qualificação de profissionais e a
construção de melhores ferramentas para apoiar o trabalho dos
profissionais de saúde e para a qualidade e segurança da atenção à
saúde dos pacientes.
Jussara Rötzsch
Md, MSc
Director, OpenEHR Foundation
Owner, Giant Global Graph ehealth Solutions
2013/1/18 Gustavo Gusso <gustavo.gusso@ig.com.br>:
> Renato,
>
> Alguém não pode sair da assistência. Não adianta. Desculpe mas creio que não
> é suficiente. Ja debati demandas da atenção basica especificamente com
> inumeros profissionais de TI que no passado foram medicos, enfermeiros,
> etc.. e têm dificuldade de visualizar, entender a demanda. Eu não acredito
> que as pessoas possam ter duas especialidades. Isso esta cada vez mais claro
> lá fora., Quem faz UTI, faz UTI, quem é neurologista é neurologista quem é
> profisisonal da TI é profissional da TI. Com raras excessões como na
> emergência onde em geral alem do emergencista (se fosse possivel seria
> apenas o emergencista) tem o internista com interesse em emergencia, o
> medico de familia que tb faz emergencia, etc..
>
> Enfim, para mim há o profissional de TI com enfoque em saude (Protics), onde
> se encaixam os ex-medicos, enfermeiros, etc... e o profissional da saúde
> com interesse em TI, que é onde me encaixo. Não quero ser profisisonal de
> TI. Como toda regra tem sua exceção que valida a regra, pode haver alguem
> que esteja exatamente no meio mas buscar isso para todos é um equivoco, uma
> ilusão. Não conheço bem a trajetoria mas me parece ser a do Prof. Daniel
> Sigulem. Enfim, este equilibrio para mim não é a meta, é um ponto fora da
> curva. É bom que haja pessoas que se dedicam mais a TI e outros que
> continuem sendo mais medicos, enfermeiros, etc..
>
> Alias, se todos sairem da assistencia ocorre o que ocorreu nos EUA. Tem o
> que há de pior em sistemas de saude. Gastam 17% do PIB sem um sistema
> universal sendo que destes 30% é para gerir o sistema. Imagina quanto é 30%
> de 17% do PIB americano?
>
> abçs
> Gustavo Gusso
>
>
>
> Em 18 de janeiro de 2013 15:28, Renato M.E. Sabbatini, PhD
> <listas@edumed.org.br> escreveu:
>
>> Em 18/1/2013 15:04, Gustavo Gusso escreveu:
>>
>>> Então, não é um profissional apenas. Esta é minha singela critica.
>>> Deveria-se pensar em pelo menos dois. Um com conhecimento majoritariamente
>>> (mas não só) de TI (tal qual esta no Protics) e outro majoritariamente (mas
>>> não só) de assistência. Talvez o equilibrio fosse o desejado mas não é real.
>>
>> Gustavo, é bom lembrar que a SBIS foi fundada, e ainda hoje tem muitos
>> membros, como eu, o Marivan, a Beatriz, a Heimar, o Gandour, o Claudio
>> Giulliano, a Mariza, o Daniel e vários outros (na realidade boa parte dos
>> membros fundadores e praticamente todos os presidentes, menos dois), que são
>> originariamente profissionais de saúde, como médicos e enfermeiras, que
>> adotaram a informática em saúde como profissão e migraram para essa área,
>> inclusive tornando-se vários deles ótimos profissionais de informática,
>> programadores e desenvolvedores. Eu mesmo programei mais de 600 softwares
>> médicos, inclusive sistemas completos de PEP, gestão de clinicas, sistemas
>> de processamento de sinais e imagens, inteligência artificial, etc.
>>
>> Então já existe esse profissional ideal, porque ele conhece os dois lados
>> bem e é o catalisador ideal para os ambientes clinicos. Só que são muito
>> raros (1% dos profissionais da saúde, se for muito).
>>
>> E é por essa raridade que a USP de Ribeirão Preto, a UFPR e a UNIFESP
>> criaram um curso de graduação específico para formar um profissional
>> híbrido, o informata biomédico, que aprende tanto a área de saúde quanto a
>> de informática. No Canada existe há 30 anos, na Alemanha e na Holanda há 40
>> anos! Também existem alguns poucos cursos de pós-graduação, principalmente
>> na engenharia biomédica. As empresas, órgão de governo, hospitais, etc. que
>> são inteligentes estão contratando esses jovens informatas biomédicos, e
>> acho que a tendência é crescer o número de cursos de bacharelado.
>>
>> Outra experiência que deu um resultado espetacular, na formação de líderes
>> médicos em informática em saúde foi a residência médica do HC-USP em
>> informática, tendo gerado pessoas de altissimo nível, todos médicos
>> dedicados à carreira de informatica médica, como o Roberto Rocha, a Lucila
>> Ohno Machado, o Marcio Biczyk do Amaral, e muitos outros.
>>
>> O cpTICS é idealmente voltado para certificar esse profissional híbrido, e
>> não o desenvolvedor, implantador, etc. NÂO É (e posso dizer com propriedade,
>> pois eu fui um dos seus principais idealizadores, como diretor de educação
>> da SBIS) para o pessoal de TI puro, mesmo porque um terço das perguntas
>> feitas se referem a conhecimentos na área da saúde.
>>
>> Na minha opinião, temos só que achar uma maneira de aumentar o número de
>> profissionais de informática em saúde com formação específica e vivência EM
>> SAÙDE. Os EUA estão desesperados atrás dessas pessoas, somente neste segundo
>> semestre foram abertas quase 20.000 vagas destinadas a médicos, enfermeiros,
>> dentistas, etc. com especialização em informática em saúde, e que continuem
>> a exercer a parte clínica.
>>
>> Você mesmo, não gostaria de ser um desses catalisadores essenciais?
>> Desde 1987 eu formei pessoalmente mais de 60 desses profissionais.
>> Veja: http://www.edumed.com.br/cursos/CursoVerao2013.html
>>
>> Abraços
>> Sabbatini
>>
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