[sbis_l] O Inicio da TI em Saúde

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Colegas,

Se nós quisermos ter TI em Saúde de primeira linha teremos que ter profissionais especializados e experientes em "TI em Saúde" e que portanto conheçam gestão, saúde e TI... e não apenas profissionais de uma área com interesse nas outras...

O clínico, o pesquisador, o cirurgião, o cardiologista, e também o especialista em bases de dados e Inteligência Arficial, são fundamentais para conceber, testar, validar e usar adequadamente os sistemas e serem partes atuantes da equipe multiprofissional. Esta deve incluir Especialistas em Informática em Saúde que podem ter origem em qqr das áreas "mães" mas que se tornam especialistas em Informática em Saúde. O Canadá me parece um dos paises em melhor situação, neste quesito, com centenas de profissionais com este perfil, sendo que uns 200 são certificados com o cpHIMSS. A COACH tem 3.500 membros :-)

Insisto que todos leiamos, de verdade, os documentos do proTICS. Enquanto não profissionalizarmos a "TI em Saúde" seremos apenas um "bando de curiosos"...

Abs,

L.
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On 18/01/2013 15:52, Gustavo Gusso wrote:
Renato,

Alguém não pode sair da assistência. Não adianta. Desculpe mas creio que não é suficiente. Ja debati demandas da atenção basica especificamente com inumeros profissionais de TI que no passado foram medicos, enfermeiros, etc.. e têm dificuldade de visualizar, entender a demanda. Eu não acredito que as pessoas possam ter duas especialidades. Isso esta cada vez mais claro lá fora., Quem faz UTI, faz UTI, quem é neurologista é neurologista quem é profisisonal da TI é profissional da TI. Com raras excessões como na emergência onde em geral alem do emergencista (se fosse possivel seria apenas o emergencista) tem o internista com interesse em emergencia, o medico de familia que tb faz emergencia, etc.. 

Enfim, para mim há o profissional de TI com enfoque em saude (Protics), onde se encaixam os ex-medicos, enfermeiros, etc...  e o profissional da saúde com interesse em TI, que é onde me encaixo. Não quero ser profisisonal de TI. Como toda regra tem sua exceção que valida a regra, pode haver alguem que esteja exatamente no meio mas buscar isso para todos é um equivoco, uma ilusão. Não conheço bem a trajetoria mas me parece ser a do Prof. Daniel Sigulem. Enfim, este equilibrio para mim não é a meta, é um ponto fora da curva. É bom que haja pessoas que se dedicam mais a TI e outros que continuem sendo mais medicos, enfermeiros, etc..

Alias, se todos sairem da assistencia ocorre o que ocorreu nos EUA. Tem o que há de pior em sistemas de saude. Gastam 17% do PIB sem um sistema universal sendo que destes 30% é para gerir o sistema. Imagina quanto é 30% de 17% do PIB americano? 

abçs
Gustavo Gusso



Em 18 de janeiro de 2013 15:28, Renato M.E. Sabbatini, PhD <listas@edumed.org.br> escreveu:

Em 18/1/2013 15:04, Gustavo Gusso escreveu:

Então, não é um profissional apenas. Esta é minha singela critica. Deveria-se pensar em pelo menos dois. Um com conhecimento majoritariamente (mas não só) de TI (tal qual esta no Protics) e outro majoritariamente (mas não só) de assistência. Talvez o equilibrio fosse o desejado mas não é real.
Gustavo, é bom lembrar que a SBIS foi fundada, e ainda hoje tem muitos membros, como eu, o Marivan, a Beatriz, a Heimar, o Gandour, o Claudio Giulliano, a Mariza,  o Daniel e vários outros (na realidade boa parte dos membros fundadores e praticamente todos os presidentes, menos dois), que são originariamente profissionais de saúde, como médicos e enfermeiras, que adotaram a informática em saúde como profissão e migraram para essa área, inclusive tornando-se vários deles ótimos profissionais de informática, programadores e desenvolvedores. Eu mesmo programei mais de 600 softwares médicos, inclusive sistemas completos de PEP, gestão de clinicas, sistemas de processamento de sinais e imagens, inteligência artificial, etc.

Então já existe esse profissional ideal, porque ele conhece os dois lados bem e é o catalisador ideal para os ambientes clinicos. Só que são muito raros (1% dos profissionais da saúde, se for muito).

E é por essa raridade que a USP de Ribeirão Preto, a UFPR e a UNIFESP criaram um curso de graduação específico para formar um profissional híbrido, o informata biomédico, que aprende tanto a área de saúde quanto a de informática. No  Canada existe há 30 anos, na Alemanha e na Holanda há 40 anos! Também existem alguns poucos cursos de pós-graduação, principalmente na engenharia biomédica. As empresas, órgão de governo, hospitais, etc. que são inteligentes estão contratando esses jovens informatas biomédicos, e acho que a tendência é crescer o número de cursos de bacharelado.

Outra experiência que deu um resultado espetacular, na formação de líderes médicos em informática em saúde foi a residência médica do HC-USP em informática, tendo gerado pessoas de altissimo nível, todos médicos dedicados à carreira de informatica médica, como o Roberto Rocha, a Lucila Ohno Machado, o Marcio Biczyk do Amaral, e muitos outros.

O cpTICS é idealmente voltado para certificar esse profissional híbrido, e não o desenvolvedor, implantador, etc. NÂO É (e posso dizer com propriedade, pois eu fui um dos seus principais idealizadores, como diretor de educação da SBIS) para o pessoal de TI puro, mesmo porque um terço das perguntas feitas se referem a conhecimentos na área da saúde.

Na minha opinião, temos só que achar uma maneira de aumentar o número de profissionais de informática em saúde com formação específica e vivência EM SAÙDE. Os EUA estão desesperados atrás dessas pessoas, somente neste segundo semestre foram abertas quase 20.000 vagas destinadas a médicos, enfermeiros, dentistas, etc. com especialização em informática em saúde, e que continuem a exercer a parte clínica.

Você mesmo, não gostaria de ser um desses catalisadores essenciais?
Desde 1987 eu formei pessoalmente mais de 60 desses profissionais.
Veja: http://www.edumed.com.br/cursos/CursoVerao2013.html

Abraços
Sabbatini



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