Caros Colegas da SBIS,
Desculpem-me se esse e-mail será duro em relação a determinadas afirmações de colegas dessa lista sobre uma discussão tão relevante como essa. Tentei não participar dela, inclusive porque ultimamente me sinto muito desmotivado em discutir qualquer coisa na Lista SBIS, porque percebo que muitas das discussões de alguns temas realizadas aqui apresentam soluções desfocadas da realidade brasileira, a qual, nós queiramos ou não, é nossa realidade.
Em primeiro lugar, a visão de 1964 do senhor De Gaulle, bem como outros equivalentes, é simplesmente Arrogante, Preconceituosa e feita sem uma análise da realidade, principalmente se transportada tão facilmente para os dias atuais. Sinto-me profundamente ofendido com ela, não porque não visualize todos os nossos enormes problemas e deficiências, mas porque visualizo nossos avanços na área de Informática em Saúde para não estender o foco da discussão a várias outras áreas. Segue alguns exemplos. Temos uma legislação moderna no tocante a Assinatura Digital. Temos sistemas de informática em saúde em vários recantos do país, funcionando, se comunicando e melhorando a assistência à saúde das pessoas. Temos um sistema de informação em saúde pública, que pode não ser o Top of Mind, mas apresenta vários dados epidemiológicos importantes, úteis e eficientes, por exemplo. Temos entidades em saúde, públicas inclusive, como a minha e várias outras, que possuem um grau de automatização, de controle de qualidade e informação, entre outros recursos que não ficam em nada a desejar para outras instituições fora do Brasil. E tudo feito com muito trabalho, pesquisa e gestão. Falar que o Brasil não tem capacidade de Gestão, inclusive na Saúde, é ser míope. Aliás, se não somos sérios, para que temos uma Sociedade Brasileira de Informática em Saúde? Creio que não seja porque somos os iluminados num bando de desalumiados.
Além disso, não precisamos ter Sistema de Informação Nível Máximo em todos os lugares para temos sistemas de informação em saúde no principal objetivo deles existirem que é atender bem os pacientes e gerar dados para as necessidades de vigilância da saúde da população.
Padrões, em sua maioria, são implantados não porque são bonitos e imparciais, mas porque a conjuntura do momento os impõe. O HL7 é hoje um padrão de comunicação mundial entre as máquinas da patologia clínica e os sistemas de informação não só pela sua eficiência, mas porque um ato político do Sr. Bill Clinton obrigou os fabricantes a disponibilizá-lo em seus produtos, sob pena, deles não venderem ao governo americano. Fatos semelhantes aconteceram com o protocolo TCP-IP, DICOM, etc. Portanto, padrões são importantes?, sim, sem dúvida, porém dependendo do nível de segurança que se deseje implantar nos SIS, podem não diminuírem tão significativamente seus custos e eficiência.
Também não acho que o simples reconhecimento do profissional de Informática em Saúde como um profissional dentro das carreiras do MS seja um entrave. Fazemos avaliações de custo-benefício sempre para a implantação de sistemas automatizados na instituição que atuo, mesmo que não tenhamos formalmente nenhum profissional de Informática em Saúde. Porque sem Gestão não há Automatização e a não existência de uma carreira formal inviabiliza a Gestão. A questão da carreira de Informática em Saúde é da uma discussão complexa que envolve outras carreiras e que alguns acham que já existem carreiras que suprem esse foco. A SBIS precisa se entender com outras sociedades de carreiras correlatas, se desejar suporte e apoio a sua luta e reivindicação.
Portanto, discussões tão importantes como esse tema proporciona, numa lista que pretende refletir a elite acadêmica, intelectual e profissional em Informática em Saúde do Brasil devem ser tratados com a seriedade que ele exige e comentários com "O Brasil não Sério", "No Brasil nada Funciona", etc, etc, não agregam nada a discussão e refletem antes de tudo uma análise nada científica dos fatos.
Para finalizar, mesmo sendo brasileiro e nordestino, depois de vinte anos de batente e academia em Informática, sinto-me bastante sério, competente, aberto a ensinar e aprender e disposto a trabalhar nos avanços da informática em saúde tanto na minha instituição, como no país que eu vivo e acredito.
Luciano Lima.
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De: sbis_l@googlegroups.com [sbis_l@googlegroups.com] em Nome de Heimar F. Marin [hfmarin@unifesp.br]
Enviado: quarta-feira, 2 de abril de 2014 11:40
Para: sbis_l@googlegroups.com
Assunto: RE: [sbis_l] How Medical Device Interoperability Could Save $35B Annually
O pior é que estava certo!
From: sbis_l@googlegroups.com [mailto:sbis_l@googlegroups.com] On Behalf Of Leonardo Diamante
Sent: Wednesday, April 2, 2014 10:35 AM
To: Sociedade Brasileira de Informática em Saúde - Lista de Discussão
Subject: RE: [sbis_l] How Medical Device Interoperability Could Save $35B Annually
"O Brasil não é um país sério". Charles De Gaulle, 1964.
Enviado pelo Samsung GALAXY Note 8.0
Em 02/04/2014 09:56, "Heimar de Fátima Marin" <heimarfm@gmail.com<mailto:heimarfm@gmail.com>> escreveu:
Bom dia!,
Na verdade, não chego a duvidar. Meus anso de estudo la me mostraram como os americanos realmente medem tudo - internamente nos hospitais, centros, etc.
Nós não medimos. Nem dentro dos hospitais, se vc pedir algum dado (p.e.m queda de pacientes no mes de fevereiro) vc tera que esperar um pouco para saber.
No TIC Saude, 18% dos gestores disseram não saber o percentual que investem em TI no instituto deles. Imagine saber o quanto gastam pela falta de interoperabilidade.
O pior! Num pais que ocupou o 38º lugar entre 44 paises na capacidade de raciocínio lógico, o que fazer???? Entender que temos muita oportunidade pela frente?? Oportunidade em continuar ensinando, repetindo, convencendo, fazendo tudo de novo, de novo,....
Abs
Heimar
From: sbis_l@googlegroups.com<mailto:sbis_l@googlegroups.com> [mailto:sbis_l@googlegroups.com<mailto:sbis_l@googlegroups.com>] On Behalf Of Claudio Giulliano
Sent: Monday, March 31, 2014 3:48 PM
To: sbis_l@googlegroups.com<mailto:sbis_l@googlegroups.com>
Subject: [sbis_l] How Medical Device Interoperability Could Save $35B Annually
Será???
How Medical Device Interoperability Could Save $35B Annually
Written by Helen Gregg (Twitter | Google+) | March 25, 2014
The vast majority (90 percent) of hospitals use six or more types of devices that could be integrated with electronic health records. However, just a third of hospitals integrate any medical devices with EHRs, and those that do integrate an average of three devices, according to a new whitepaper from the ONC and nonprofit research organization West Health.
There are significant barriers to device integration -- the cost of device integration for hospitals is between $6,500 to $10,000 per bed, and vendors often have no impetus to offer devices interoperable with various EHR systems.
However, if these medical devices were all integrated, the healthcare industry could save $35 billion annually, according to the whitepaper.
To find the total amount of potential savings, West Health researchers interviewed 30 industry stakeholders about areas in which nonintegrated medical devices could lead to quantifiable waste.
Researchers then used current clinical literature to identify the costs associated with the different areas of waste, and found the following:
- Quality improvement through reduction of adverse events due to safety could save $2 billion
- Reduced costs of care because of reduced redundant testing could save $3 billion
- Increased clinician productivity due to decreased time spent manually entering information could save $12 billion
- Increased capacity for treatment because of shortened lengths of stay could save $18 billion
Link: http://www.beckershospitalreview.com/healthcare-information-technology/how-medical-device-interoperability-could-save-35b-annually.html
Claudio Giulliano
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RES: [sbis_l] How Medical Device Interoperability Could Save $35B Annually
quarta-feira, 2 de abril de 2014
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