Re: [sbis_l] Relato da 72ª Reunião COPISS Coordenador - ANS, 15 de maio de 2014

quarta-feira, 21 de maio de 2014



Em 20 de maio de 2014 23:14, Renato M.E. Sabbatini, PhD <listas@edumed.org.br> escreveu:

No entanto, eu temo que essa idéia de ter o TISS operado através de um barramento de intercâmbio centralizado obrigatório não teria como ser imposto juridicamente no Brasil, pois a cobrança/pagamento de serviços na área de saúde suplementar são negócios privados, regulamentados por contratos privados, sem a interveniência do governo. E as formas e meios de pagamento podem ser determinados livremente por acordo entre os contratantes. Dai decorreu inicialmente, creio, o modelo adotado para o TISS até hoje, desde que se tentou fazer algo semelhante no passado, como o projeto da ABRAMGE, como um padrão de faturamento SUGERIDO, que facilitasse a vida dos softwares.

Não tenho conhecimento sobre a parte jurídica. Mas se a ANS tem poder de fechar uma operadora, será que ela não tem o poder de exigir que a troca de informações com seus prestadores seja centralizada?
A ABRAMGE não tinha o poder regulatório da ANS, talvez por isso falhou.

Talvez o problema seja quem vai operacionalizar. Deveria ser a ANS ou o Ministério da Saúde. Para isso haverá necessidade de uma estrutura de TI bem dimensionada para atender a todos, em tempo hábil. Pensa no volume de transações! Mas é possível, claro. Grandes investimentos, mas possível.

Num futuro distante, com essa centralização, não haveria mais necessidade de Radar TISS... as informações estatísticas já estariam disponíveis para a ANS, de forma automática... pelo menos a parte do TISS. 
Também não haveria mais necessidade das operadoras enviarem os dados do TISS para a ANS - que deveria começar logo.
Quem sabe, o SIP (Sistema de Informações de Produtos) também poderia ser remodelado, uma vez que as informações de atendimentos já estariam disponíveis para a ANS...
Um possível RES já poderia ser alimentado a partir desta troca de informação, de forma automática. 
Acho que já estou "viajando" demais... :)



O contrato particular é o inimigo natural do padrão.

No caso do TISS, não vejo muito o que os contratos particulares impeçam a sua adoção, uma vez que o padrão não trata de valores e nem de quais procedimentos podem ou não ser cobrados. Trata da estrutura das mensagens - que foram, teoricamente, definidas a partir de um consenso - e da terminologia a ser utilizada, para poder unificar as informações.
A estrutura das mensagens contém os dados dos antigos layouts que eram criados pelas operadoras. Não tem muito o que inventar, em termos de informações. Então, não há falta de informação para operacionalizar. 

Percebo sim que há falta de um pensamento digital quando da estruturação das mensagens, para deixá-las cada vez mais leves e funcionais. Ainda tem-se o pensamento "como era feito manual". Um exemplo disso: se há o código do tipo de tabela usada e do procedimento, não deveria ser obrigatório o envio da descrição do procedimento; mas é obrigatório; e essa informação não é utilizada pelas pontas. Quando manual, a descrição é vital, porque define o procedimento; quando digital, não precisa, porque o sistema que recebe o código tem condições de interpretá-lo e apresentar a descrição para o usuário. Coisas básicas. Mas isso é outra história e não impede a implantação.



Mas não seria impossível implementar para a Saúde Suplementar: é só ver o sucesso dos padrões de intercâmbio de dados do SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro), que usa certificados digitais há muito tempo, TEDs entre instituições financeiras privadas, a padronização dos cheques, etc.

Alguém precisa salvar o TISS!

Abraços
Sabbatini

Concordo plenamente!!!
Não podemos voltar no tempo e virar uma Torre de Babel!!! 

Abraço!

Rosane Gotardo 

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