>
> Parabéns pelo trabalho que vem sendo realizado. Sem dúvida,
> estabelecer marcos para os sistemas de informação no Brasil é uma
> tarefa essencial, pela qual temos lutado há muito tempo.
Faço minhas as palavas do Lincoln. O conjunto de especificações e
modelos (openEHR, arquétipos, templates, interoperacionalidade,
identificação, nomenclatura, etc.) é um sonho, os melhores da
atualidade. Tomara que consigamos torná-lo realidade. Pelo menos do
ponto de vista técnico seria o ideal. No entanto, o maior problema, como
sempre, vai ser a adoção e uso rotineiro pelas organizações e
profissionais de saúde, o que todos reconhecem como um gigantesco
desafio para quem não tem nada.
> A tarefa é muito complexa tanto pelas dificuldades organizacionais
> como pelas dificuldades técnicas.
Realmente complexa. Alguém está pensando em como harmonizar os sistemas
já existentes, inclusive comerciais? Só entre WPD, Tasy e MV, todas já
certificadas pela SBIS/CFM, existem mais de 1.000 hospitais já
informatizados em diferentes graus! Todos esses sistemas são parcial ou
totalmente incompatíveis entre si, e com os modelos a serem adotados.
Haverá interesse por parte dos desenvolvedores? Sua adesão e
fundamental, mandatória ou não...
Outra pergunta importantíssima: como ficará o processo de certificação
SBIS/CFM frente a essa nova realidade de padronização?
Não se trata mais de aderência a requisitos relativamente isolados entre
si, um checklist, mas a um modelo conceitual e a padrões de
terminologia, representação e arquitetura com coerência e integração
internas que são várias ordens de magnitude maiores do que o que
conseguimos até agora.
> Creio que seria muito bom se fosse possível abrir espaço para a
> participação permanente da ABNT e da SBIS neste forum.
>
Concordo inteiramente. Em nome da Diretoria de Educação da SBIS,
gostaria de dar nosso apoio formal. Acho que o esforço educacional vai
ser enorme nos próximos anos, pois para que esses padrões sejam adotados
e usados de verdade vai se exigir mudanças de paradigma extensos, sem na
realidade poder mudar muito, devido ao conservadorismo procedimental na
área de documentação do paciente, que praticamente não é ensinada em
nenhuma fase de formação dos clínicos, nem em papel, e muito menos
eletrônica.
Como poderíamos participar nesse esforço educacional (uma missão que
acho primordial para a SBIS incorporar), e a quem oferecer, contatar?
Poderiamos coordenar a realização de vários cursos, junto com outras
organizações, como a HL7 Brasil, ABNT; usando ao máximo tecnologias de
EAD, videoconferência, etc.
Sabbatini
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