Re: [sbis_l] Poucos médicos preenchem adequadamente o prontuário

Customizar, colocar o "botão rosa" é relativamente fácil. O problema que vejo e que foi o que o Dr. Marivan colocou - e ele é um médico e atuou com esta função nas implantações citadas -, é que muitas instituições, por não terem processos definidos, acabem abrindo mão de certas informações que seriam importantes para ela e para um preenchimento de prontuário adequado.

Um exemplo banal, nem tem a ver com o preenchimento do prontuário, mas talvez com a qualidade de atendimento do paciente: uma instituição com corpo clínico aberto não quer, por exemplo, preencher qualquer documento no cadastro do profissional médico do seu sistema. Isso é fácil de customizar, de liberar. A justificativa é que por ter corpo clínico aberto, não tem como coletar a informação. Isso é realmente um problema para a instituição. Mas é um caso real.

Outro exemplo: é possível que um paciente tenha alta, com resumo e tudo -  e o mesmo não tenha diagnóstico (CID-10) preenchido pelo médico. CID-10 é necessário tanto para pacientes do SUS como para convênios (CIH)... O diagnóstico acaba sendo preenchido pela faturista, que não tem responsabilidade nenhuma para isso, para conseguir enviar as informações exigidas para os órgãos competentes... Este também é um caso real. E é claro que existem formas de facilitar a busca do CID-10, mas...

Estes exemplos é que fazem com que haja tanta falta de informações nos prontuários - ou sem qualidade. É a falta de processos definidos, fluxos, conscientização, padronização.

Concordo que os sitemas têm que encontrar a fórmula adequada para otimizar o atendimento e preenchimento dos dados por parte do médico e demais profissionais - enfermagem principalmente. Numa situação de emergência, é claro que a prioridade é o paciente. E os médicos, de maneira geral, gostam da informatização.

Por isso acho que é um grande avanço aquela portaria sobre padronização, que será publicada pelo Ministério da Saúde, que já foi comentada aqui, em outro tópico.

Apesar de tudo, acredito que estamos evoluindo! A passos lentos, mas estamos.

Abraços,

Rosane Gotardo

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