RES: [sbis_l] Re: Fórum Saúde Digital: Falta de profissionais de TI para a saúde está longe de ser resolvido, dizem especialistas

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Lucas e Neville,

 

                Sempre, desde que iniciei nessa lista, procuro discutir sobre esse tema, mas talvez por me sentir intimidado, devido a própria característica da lista, economizava palavras e minhas colocações não eram propagadas.

 

                Concordo 100% com o teor do que está discutido. Talvez essa discussão seja o início ou fomento, para novo posicionamento das duas áreas, Saúde e TI, nas questões da TI em Saúde.

 

Grande abraço.

               

 

 


Gottschall, Marinilton

 

(11)98422-0330

(11)97473-6508


 

 

De: sbis_l@googlegroups.com [mailto:sbis_l@googlegroups.com] Em nome de Neville Guedes
Enviada em: quinta-feira, 20 de setembro de 2012 17:01
Para: sbis_l@googlegroups.com
Assunto: Re: [sbis_l] Re: Fórum Saúde Digital: Falta de profissionais de TI para a saúde está longe de ser resolvido, dizem especialistas

 

Lucas,

 

Sempre bati nessa tecla, enquanto não tivermos um Conselho Federal de Informática, para organizar a bagunça, vai ficar assim mesmo, primeiro que qualquer um hoje em dia se diz profissional de informática... isso tem que acabar, o projeto que está no senado há anos, vai criar e regulamentar a profissão, sempre fui favorável a ter um responsável técnico nas empresas que querem utilizar a informática, tem que existir um parâmetro, os outros conselhos bem ou mal estão ai para defender os interesses, tenta abir uma farmácia e não contratar um farmacêutico pagando o piso da categoria, levanta um prédio e não coloca a assinatura do Engenheiro...

Pra mim só falta profissional por o salário é baixo, e como não existe uma regulamentação da profissão, imagina uma portaria do Conselho de informática, exigindo o hospital tem um responsável técnico pelo serviço de TI e uma equipe minima de profissionais para atender a demanda, o Conselho de Enfermagem faz isso para uma determinada quantidade de leito X numero de enfermeiras e técnicas.

Eu conheço muitos profissionais de TI com experiência no setor, a grande maioria insatisfeita, quando surge algum oportunidade boa no mercado a turma vai mesmo, isso aconteceu recentemente no Rio de Janeiro, quando uma leva de profissionais saíram da Wpd para outra empresa concorrente.

 

Abraços,

 

Neville



Em quinta-feira, 20 de setembro de 2012 13h37min10s UTC-3, Lucas Rizzi - TI SERMED Saude escreveu:

Neville, quanto a esta sua parte:

 

E quando vejo iniciativa a SBIS em capacitação, é por que existe falta investimento no setor nas formação dos profissionais, mas acredito que boa parte dos que vão fazer a formação, irão investir do próprio bolso, eu mesmo pensei em fazer a formação mas ficam  as dúvidas: Vale o investimento? Vou ter retorno? Será mais uma sigla no meu currículo?

 

Até mesmo porque não sei o mercado vai querem pagar para ter o profissional mais capacitado? Não sei essa resposta, mas sai do segmento em busca de melhor remuneração, pois a Saúde no geral paga mal mesmo, pergunta aos médicos e enfermeiras se estão satisfeitos? Isso muda?

 

Veja o que diz o chefe do sindicato dos profissionais de TI:

 

Como convencer um jovem de 17 anos a passar cinco ou seis anos estudando, complementar com mais um ano ou dois anos para se especializar e certificar numa ferramenta utilizada no mercado para no final deste processo receber quase metade do que um Engenheiro, um advogado ou um médico ganham?

 

Link aqui:

http://www.oradarsindical.com.br/oradarsindical/blogdoneto/index.php/2012/01/11/para-sindicato-salario-baixo-afasta-estudantes-do-setor-de-ti/

 

Acredito que enquanto não houver uma representatividade garantindo a valorização do TI, continuaremos sendo aqueles que fazem “programinhas”, “sisteminhas” “o cara do computador” e por aí vai...


Somente tendo um órgão regulador da profissão é que poderemos garantir a real valorização de nossa profissão.

 

Quanto a pergunta se vale a pena investir do próprio bolso para obter a certificação da SBIS, sinceramente tenho a mesma apreensão, pois tenho medo que esta possa se tornar só mais uma entre as centenas que existem na área de TI...

 

Já cansei de ver empresas que exigem que o cara tenha certificação Microsoft para trabalhar na área de suporte, daí pagam para o técnico um salário de mil Reais, só a certificação Microsoft custa em média de 3 mil Reais para fazer.

 

Se não tivermos garantias de que seremos bem remunerados fica complicado, afinal vaga no mercado há, mas será que as empresas estão dispostas a pagar um “valor justo” por estes profissionais?

 

 

Obrigado !

 

Lucas Rizzi

 

De: sbi...@googlegroups.com [mailto:sbi...@googlegroups.com] Em nome de Neville Guedes
Enviada em: quinta-feira, 20 de setembro de 2012 12:23
Para: sbi...@googlegroups.com
Cc: anda...@hcpa.ufrgs.br
Assunto: Re: [sbis_l] Re: Fórum Saúde Digital: Falta de profissionais de TI para a saúde está longe de ser resolvido, dizem especialistas

 

André e amigos da lista,

 

Bom Dia!

 

Também vejo o segmento dessa forma, porém tenho uma visão prática:

Informática sem investimento não existe, seja em profissionais, equipamento e sistemas.

 

Quem pode mais chora menos, mas isso não quer dizer que quem paga melhor tem melhor resultado, porém com certeza quem paga menos também não tem um resultado superior, não é isso que vemos na prática?

 

No segmento de sistemas, ocorreram as fusões Tasy e Philips, WPD e Agfa e Alert e Benner, e também tivemos a MV comprando empresa menor e captando investimento.

Com relação a TOTVS eu mesmo participei de um projeto no RJ com o sistema deles em Saúde e pedi para sair depois de 1 ano, pois a ferramenta deixa muito a desejar,  eles ainda vão tem que investir muito no desenvolvimento para poder entrar na briga do ERP em Saúde. 

Agora com relação a DELL para mim é novidade e acho que sem fazer uma fusão ou compra de outra empresa do segmento vai ter que investir muito em capacitação, para ter retorno.

Entretanto sei a Siemens tem um projeto embrionário em SP para entrar no segmento de ERPs em Saúde, para não ficarem fora do mercado, uma vez que a Philips e Agfa já tem seus ERPs, eu mesmo fui convidado porém a proposta para ajuda no desenvolvimento e nacionalização do ERP que eles querem trazer para o Brasil,  deixou a desejar.

O mercado de sistema está se fechando e tornando um segmento de Gigantes, na minha humilde visão as empresas que querem entrar nesse segmento de desenvolvendo sistemas para a Saúde, vão tem que investir muito em conhecimento e na comercialização dos produtos,  

 

E nós profissionais do segmento onde ficamos no meio disso tudo? Ficamos a merce de oportunidades dignas para ofertar o conhecimento adquirido ao longo dos anos, atuando ao lados dos profissionais de saúde, entendendo seus processos, rotinas e etc, atuo no segmento a 20 anos utilizando vários sistemas de mercado (Tasy, MV, WPD e etc...), aprendi praticamente todos os processos administrativos de um hospital, seja na agenda, administração, financeiro, compras, estoque, farmácia, recepção, faturamento e etc e também nos processos da área médica no Ambulatório, Emergência, C. Cirúrgico, CTI, PEP, Enfermagem e etc...

 

E quando vejo iniciativa a SBIS em capacitação, é por que existe falta investimento no setor nas formação dos profissionais, mas acredito que boa parte dos que vão fazer a formação, irão investir do próprio bolso, eu mesmo pensei em fazer a formação mas ficam  as dúvidas: Vale o investimento? Vou ter retorno? Será mais uma sigla no meu currículo?

 

Até mesmo porque não sei o mercado vai querem pagar para ter o profissional mais capacitado? Não sei essa resposta, mas sai do segmento em busca de melhor remuneração, pois a Saúde no geral paga mal mesmo, pergunta aos médicos e enfermeiras se estão satisfeitos? Isso muda?

 

Desculpem o "desabafo", mas se alguém na prática estiver vendo algo diferente, compartilhem...

 

Abraços,

 

Neville Guedes

Consultor de Negócios

Solutec Informática e Consultoria

21-88743100



Em quarta-feira, 19 de setembro de 2012 08h43min17s UTC-3, Andre Mena Avila escreveu:

Bom dia,

 

Concordo com a Adriana e minha postura na lista era semelhante à dela.

 

Acho que nunca devemos generalizar, assim como não devemos julgar as pessoas.

 

Vivemos na era do conhecimento, se o profissional não sabe como foi citado, a instituição (o gestor) deve investir para mantê-lo capacitado, motivado, etc de forma a transformar o seu conhecimento em competência. Caso não for possível, buscar adequar a competência do profissional as atividades existentes ou em caso extremo, demiti-lo.

 

O problema é que existe a expectativa do desenvolvimento de sistemas complexos, com investimento de sistemas de boutique de shopping, sem nenhuma metodologia onde uma pessoa desenvolve com base na sua própria experiência, ou seja, desenvolvido na informalidade sem documentação, projeto, etc, consequentemente entregue (ou não) também sem qualidade, apesar de toda expectativa.

 

O desenvolvimento para sistemas complexos seja na saúde ou em qualquer outra área requer times com competências para tal, além da participação ativa de profissionais de saúde que conhecem o dia a dia da prática que se busca atender. Isso demanda PROCESSO de desenvolvimento que por sua vez demanda investimentos. E não é só isso, demanda a priorização pelos gestores do que realmente é importante à instituição.

 

Acho que a discussão tem de ser feita para buscar alternativas para amenizar o problema da falta de profissionais de TI à saúde. Uma delas que a SBIS está fazendo e é excelente é o cpTICS e o proTICS que visam capacitar os profissionais com as competências necessárias para atuar na área.

 

Como dizia a propaganda do açúcar: “A união faz a força”. Além do investimento necessário na área, somente integrando as categorias envolvidas vamos conseguir aprimorar as competências dos profissionais atuantes de forma a atrair e motivar novos profissionais para atuar na área.

 

Será que os grandes players de TI como TOTVS e DELL estão investindo no desenvolvimento de soluções à área da saúde contratando somente profissionais com experiência na área com essa escassez de mão-de-obra especializada ?

 

 

Atenciosamente,

 

André Mena Ávila

Seção de Consultoria

Coordenadoria de Gestão da Tecnologia da Informação - CGTI

Hospital de Clínicas de Porto Alegre - www.hcpa.ufrgs.br

Fone: (51) 3359-8679

 


De: sbi...@googlegroups.com [mailto:sbi...@googlegroups.com] Em nome de Adriana Costa
Enviada em: terça-feira, 18 de setembro de 2012 17:38
Para: sbi...@googlegroups.com
Assunto: Re: [sbis_l] Re: Fórum Saúde Digital: Falta de profissionais de TI para a saúde está longe de ser resolvido, dizem especialistas

 

Boa Tarde,

 

 

Faz pouco tempo que estou nesta lista, em geral acompanho somente lendo as discussões. Faço mestrado em ciência da computação e trabalho em um projeto chamado HealthCare e a minha dissertação também está na área de informática em saúde.

 

Li as mensagens  e considero os comentários do João Marcelo um pouco exagerados por generalizar o perfil dos profissionais de TI, baseando em poucas experiências. Acredito que sim, sabemos diferenciar um sistema bancário, de cartão de crédito e de saúde.

E realmente é difícil para quem é da computação "migrar" para a área da saúde, devido a inúmeras particularidades é necessário um tempo para compreender o funcionamento, o que exige dedicação e persistência.

Na minha experiência como pesquisadora nessa área, pude notar que é bastante difícil conseguir uma abertura em hospitais, encontrar médicos dispostos a colaborar (isso é compreensível devido a carga horária de trabalho, etc) noto que precisamos partir para pesquisas em bibliotecas, congressos internacionais e também informalmente com os profissionais de saúde.

 
Acredito que é muito fácil levantar críticas os profissionais de TI, porém, é importante levar em conta vários aspectos, vejo que existem inúmeras empresas que trabalham em conjunto com os profissionais de TI para tentar adequar as soluções, existem inúmeras aplicações para a parte administrativa dos hospitais, os pacientes que necessitam de acompanhamento diário e também para aqueles que se preocupam em  manter a saúde em dia. Todas essas aplicações foram desenvolvidas por profissionais de computação e medicina que trabalham em conjunto para promover o bem estar dos indivíduos, lembro de empresas grandes como a Nokia que firmou parceria com uma universidade da Finlândia (se não estiver enganada é a Tampere).

 Em relação aos prontuários eletrônicos,  existem diversas opções no mercado, levando em conta a capacidade tecnológica envolvida nesse processo, é possível implementar soluçõespara manipular as informações de modo "inteligente", utilizar ontologias para rastreamento dedados, mas existem problemas que vão além disso, como o padrão de comunicação de dados que são diferentes para cada prontuário, e entre os hospitais, o amazenamento distinto e outro fator também é o custo para produzir algo nesse nível, quem está disposto a pagar o possível alto custo para desenvolver  essa tecnologia?

 

Concordo com os que disseram que existe alguma difiuldades para conseguir acompanhar a área da saúde,para quem cursa mestrado em computação, por exemplo,  é que alguns congressos brasileiros interessantes da área não estão na lista do Qualis da CAPES, levando em conta que quando existe um outro congresso com qualis e é em data concorrente, acaba sendo melhor publicar no evento que tem qualis.

Acredito que em qualquer área multidisplinar sempre existirão os desafios de conciliar e atingis as nossas metas, mas vejo muitas áreas a serem exploradas quando falamos em informática em saúde e quando encontrei a SBIS descobri várias informações sobre o andamento dessa área no Brasil.

 

 

 

Atenciosamente,

Em 18 de setembro de 2012 09:21, Lucas Rizzi - T.I. Sermed Saúde <lucas...@sermedsaude.com.br> escreveu:

É isso mesmo Piero, quem é que nunca ouviu de um cliente: “Ah mas isso meu sobrinho de 15 anos faz...” quando damos o orçamento de algum trabalho de TI...

 

Infelizmente uma boa parte dos gestores de TI veem a área como um gasto necessário, e não como estratégia de negócio.

 

A questão é muito mais complexa do que se imagina. Pois há profissionais mal preparados dos dois lados. Tanto de gestão de negócio quanto de TI em si.

 

Infelizmente.

 

Obrigado!

 

Lucas Rizzi

 

De: sbi...@googlegroups.com [mailto:sbi...@googlegroups.com] Em nome de Piero
Enviada em: domingo, 16 de setembro de 2012 14:18

Assunto: [sbis_l] Re: Fórum Saúde Digital: Falta de profissionais de TI para a saúde está longe de ser resolvido, dizem especialistas

 

Os dois sistemas de prontuário eletrônico que tive contato foram programados por estagiários dos primeiros semestres do curso de ciência da computação ou mesmo garotos do ensino médio treinados para criar sistemas de estoque em Object Pascal. Acredito que o problema está na gestão: quem contrata gasta muito em publicidade, design, carros de luxo, e deixa os restos para programadores. Não parece ridículo?

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Adriana C. Costa

 

 

 

 

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