Exatamente Neville e Gottschall,
Acredito que sociedades importantes como a SBIS podem ajudar neste sentido, talvez “pressionando” para que o Senado coloque o assunto em pauta, ou mesmo criando parâmetros para que as empresas de modo geral valorizem mais o seus funcionários de TI.
Sozinhos não conseguimos muita coisa, mas entidades importantes como a SBIS podem ajudar para que os profissionais de TI sejam mais valorizados.
Seria interessante abrir uma pauta sobre o assunto e talvez discutir como poderia ser feito. Pois sabemos qual é o problema e não podemos negá-lo. Se não houver valorização do pessoal, vai sempre faltar gente mesmo, vide o link que enviei outro dia sobre a migração do pessoal de TI para o setor público.
Estas matérias que passam na TV ou publicadas em Jornais sobre o mercado aquecido de TI, me desculpem mas não acredito nelas. O mercado pode até estar aquecido, mas vejo muita gente boa simplesmente sem emprego, quando não recebem propostas de salário simplesmente absurdas. O contrário também vale, estou há dois meses com uma vaga em aberto para técnico e simplesmente não consigo contratar, a maioria dos candidatos só tem cursos, cursos e cursos e experiência zero. Como contratar um aluno que está no último ano de faculdade de TI sendo que nem estágio na área ele tem? Nestas horas cursos técnicos e tecnológicos valem mais que qualquer curso superior. Isso sem falar no salário que não é atrativo, enfim isso já foi exposto por aqui.
Uma coisa que vejo muito: o pessoal bom vai embora para empresas onde se recebe um melhor salário melhor, e ficam aqueles profissionais “mais ou menos” que aceitam trabalhar pelos mil Reais por mês e que, quando estiverem com um conhecimento um pouco melhor, irão embora também. Como já demonstrado por um colega aqui e atestado por outros. Estou na área de tecnologia há 15 anos e afirmo que sempre foi assim.... dessa forma a empresa nunca vai ter um TI como estratégia de negócio, e considero TI + Saúde uma estratégia fantástica em todos os aspectos.
O programa de capacitação da SBIS é muito importante neste sentido, mas o profissional de TI deverá ser valorizado por tê-lo, pois muitos irão investir do próprio bolso para obter tal certificação, eu me incluo nesta.
Fica aberta a discussão para o tema.
Obrigado !
Lucas Rizzi
De: sbis_l@googlegroups.com [mailto:sbis_l@googlegroups.com] Em nome de Neville Guedes
Enviada em: quinta-feira, 20 de setembro de 2012 17:23
Para: sbis_l@googlegroups.com
Assunto: Re: [sbis_l] Re: Fórum Saúde Digital: Falta de profissionais de TI para a saúde está longe de ser resolvido, dizem especialistas
Marinilton e Lucas,
Tenho essa mesma impressão, acho que podemos e devemos criar posicionamento claro de como o profissional de TI encarra essa discussão, de Saúde e TI e ficar sempre disponível ao diálogo.
Neville
Em quinta-feira, 20 de setembro de 2012 17h12min18s UTC-3, Gottschall, Marinilton escreveu:
Lucas e Neville,
Sempre, desde que iniciei nessa lista, procuro discutir sobre esse tema, mas talvez por me sentir intimidado, devido a própria característica da lista, economizava palavras e minhas colocações não eram propagadas.
Concordo 100% com o teor do que está discutido. Talvez essa discussão seja o início ou fomento, para novo posicionamento das duas áreas, Saúde e TI, nas questões da TI em Saúde.
Grande abraço.
Lucas,
Sempre bati nessa tecla, enquanto não tivermos um Conselho Federal de Informática, para organizar a bagunça, vai ficar assim mesmo, primeiro que qualquer um hoje em dia se diz profissional de informática... isso tem que acabar, o projeto que está no senado há anos, vai criar e regulamentar a profissão, sempre fui favorável a ter um responsável técnico nas empresas que querem utilizar a informática, tem que existir um parâmetro, os outros conselhos bem ou mal estão ai para defender os interesses, tenta abir uma farmácia e não contratar um farmacêutico pagando o piso da categoria, levanta um prédio e não coloca a assinatura do Engenheiro...
Em quinta-feira, 20 de setembro de 2012 13h37min10s UTC-3, Lucas Rizzi - TI SERMED Saude escreveu:
Neville, quanto a esta sua parte:
E quando vejo iniciativa a SBIS em capacitação, é por que existe falta investimento no setor nas formação dos profissionais, mas acredito que boa parte dos que vão fazer a formação, irão investir do próprio bolso, eu mesmo pensei em fazer a formação mas ficam as dúvidas: Vale o investimento? Vou ter retorno? Será mais uma sigla no meu currículo?
Até mesmo porque não sei o mercado vai querem pagar para ter o profissional mais capacitado? Não sei essa resposta, mas sai do segmento em busca de melhor remuneração, pois a Saúde no geral paga mal mesmo, pergunta aos médicos e enfermeiras se estão satisfeitos? Isso muda?
Veja o que diz o chefe do sindicato dos profissionais de TI:
Como convencer um jovem de 17 anos a passar cinco ou seis anos estudando, complementar com mais um ano ou dois anos para se especializar e certificar numa ferramenta utilizada no mercado para no final deste processo receber quase metade do que um Engenheiro, um advogado ou um médico ganham?
Link aqui:
http://www.oradarsindical.com.br/oradarsindical/blogdoneto/index.php/2012/01/11/para-sindicato-salario-baixo-afasta-estudantes-do-setor-de-ti/
Acredito que enquanto não houver uma representatividade garantindo a valorização do TI, continuaremos sendo aqueles que fazem “programinhas”, “sisteminhas” “o cara do computador” e por aí vai...
Somente tendo um órgão regulador da profissão é que poderemos garantir a real valorização de nossa profissão.
Quanto a pergunta se vale a pena investir do próprio bolso para obter a certificação da SBIS, sinceramente tenho a mesma apreensão, pois tenho medo que esta possa se tornar só mais uma entre as centenas que existem na área de TI...
Já cansei de ver empresas que exigem que o cara tenha certificação Microsoft para trabalhar na área de suporte, daí pagam para o técnico um salário de mil Reais, só a certificação Microsoft custa em média de 3 mil Reais para fazer.
Se não tivermos garantias de que seremos bem remunerados fica complicado, afinal vaga no mercado há, mas será que as empresas estão dispostas a pagar um “valor justo” por estes profissionais?
Obrigado !
Lucas Rizzi
André e amigos da lista,
E nós profissionais do segmento onde ficamos no meio disso tudo? Ficamos a merce de oportunidades dignas para ofertar o conhecimento adquirido ao longo dos anos, atuando ao lados dos profissionais de saúde, entendendo seus processos, rotinas e etc, atuo no segmento a 20 anos utilizando vários sistemas de mercado (Tasy, MV, WPD e etc...), aprendi praticamente todos os processos administrativos de um hospital, seja na agenda, administração, financeiro, compras, estoque, farmácia, recepção, faturamento e etc e também nos processos da área médica no Ambulatório, Emergência, C. Cirúrgico, CTI, PEP, Enfermagem e etc...
Em quarta-feira, 19 de setembro de 2012 08h43min17s UTC-3, Andre Mena Avila escreveu:
Bom dia,
Concordo com a Adriana e minha postura na lista era semelhante à dela.
Acho que nunca devemos generalizar, assim como não devemos julgar as pessoas.
Vivemos na era do conhecimento, se o profissional não sabe como foi citado, a instituição (o gestor) deve investir para mantê-lo capacitado, motivado, etc de forma a transformar o seu conhecimento em competência. Caso não for possível, buscar adequar a competência do profissional as atividades existentes ou em caso extremo, demiti-lo.
O problema é que existe a expectativa do desenvolvimento de sistemas complexos, com investimento de sistemas de boutique de shopping, sem nenhuma metodologia onde uma pessoa desenvolve com base na sua própria experiência, ou seja, desenvolvido na informalidade sem documentação, projeto, etc, consequentemente entregue (ou não) também sem qualidade, apesar de toda expectativa.
O desenvolvimento para sistemas complexos seja na saúde ou em qualquer outra área requer times com competências para tal, além da participação ativa de profissionais de saúde que conhecem o dia a dia da prática que se busca atender. Isso demanda PROCESSO de desenvolvimento que por sua vez demanda investimentos. E não é só isso, demanda a priorização pelos gestores do que realmente é importante à instituição.
Acho que a discussão tem de ser feita para buscar alternativas para amenizar o problema da falta de profissionais de TI à saúde. Uma delas que a SBIS está fazendo e é excelente é o cpTICS e o proTICS que visam capacitar os profissionais com as competências necessárias para atuar na área.
Como dizia a propaganda do açúcar: “A união faz a força”. Além do investimento necessário na área, somente integrando as categorias envolvidas vamos conseguir aprimorar as competências dos profissionais atuantes de forma a atrair e motivar novos profissionais para atuar na área.
Será que os grandes players de TI como TOTVS e DELL estão investindo no desenvolvimento de soluções à área da saúde contratando somente profissionais com experiência na área com essa escassez de mão-de-obra especializada ?
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