MÃOS AO ALTO: SERRA QUER TRATAR DE VALORES

terça-feira, 9 de outubro de 2012
Serra estreou sua falta de jeito e carência programática no segundo turno da disputa municipal em SP, revelando certa afoiteza diante do vazio. 

Entrou no salão, cuspiu no assoalho e engatilhou a única arma de que parece dispor para superar a pior votação recebida em casa nos últimos anos. 

O tucano avisou que vai  usar o STF como cabo eleitoral para atacar  Haddad 'na questão dos valores'. Atente-se: quem está dizendo isso chama-se José Serra. 

A  palavra valores não lhe cai bem. Exceto, talvez, quando a quantia é mencionada, mas nesse caso, Paulo Preto seria o interlocutor adequado, não Haddad. 

Afoitezas e cifras à parte, não seria descabido indagar: ademais de obras e ações urgentes, quais valores éticos ostentados por um prefeito poderiam fazer a diferença em uma cidade como São Paulo?  

O sociólogo polonês Zygmunt  Bauman cunhou a palavra 'mixofobia' para descrever aquele que seria, em sua opinião, o medo típico das grandes cidades contemporâneas:  a fobia de se misturar com outras pessoas. 

Em que medida um caráter como o de Serra contribuiria para romper essa galvanização  individualista, matriz de desdobramentos políticos, sociais e culturais de  gravidade presumível? 

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