Re: COMO O STF JULGARIA JESUS

quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Primeiro vamos ver quem acusava Jesus; de quê; e por quê. 

Não havia muito tempo que Jesus vinha pregando uma nova maneira de interpretar o que diziam as leis de Deus. E se insurgia contra as regras que a classe dominante fazia o povo seguir, dizendo serem leis de Deus. Evidente que o que Jesus dizia não agradava à elite dominante, que temia o crescimento do número de pessoas que o seguiam. Até que, num domingo anterior ao da páscoa, Jesus entrou em Jerusalém, à frente de uma multidão de seguidores que o exaltavam portando ramos de plantas da região.
 
Não havia mais dúvida. Depois de conquistar Jerusalém seria difícil tirá-lo dali. Jesus alteraria as regras feitas pelas elites. E as elites de Jerusalém não tinham dúvida de que os argumentos de Jesus convenciam aquela multidão. Não havia como evitar a tomada do poder e a mudança das regras. A não ser que Jesus fosse eliminado! 

Mas essa elite não tinha o domínio total da situação. Havia um poder maior, que precisava ser convencido de que Jesus era um criminoso, que devia ser condenado à morte! 

Estes são os fatos que antecedem ao julgamento. 

Agora vamos ver como ficaria a peça de acusação que a Procuradoria Geral encaminharia ao STF: 
Se mantivesse o mesmo procedimento que usou no caso do mensalão, o PG se basearia exclusivamente no depoimento de Judas, mesmo sabendo que ele também fazia parte do grupo que seguia Jesus. E que se transformara em seu inimigo quando viu que a elite estava disposta a tudo. E se vendeu ao inimigo, pensando por certo em alguma recompensa maior. 

E como o PG não tinha provas que pudessem condenar o acusado, presumidamente inocente, começou a juntar tudo o que diziam os inimigos de Jesus. A mídia da época era formada pelos cochichos ao pé do ouvido. E nisso os inimigos de Jesus eram mestres. 
Como os discípulos de Jesus não trabalhavam, e Ele há algum tempo deixara de ser carpinteiro, passando a viver da ajuda dos amigos e seguidores, poderia ser acusado de "captação ilegal de recursos"; também não havia dúvida de que Ele era chefe de uma quadrilha capaz de qualquer coisa para se "perpetuar no poder". 

Diria também que Jesus era comunista porque defendia os humildes contra a prepotência dos poderosos, e pregava a igualdade de direitos. Já os milagres, como a multiplicação de pães e peixes, ou transformação de água em vinho, e até a ressurreição de mortos ou cura de deficientes, não passava de ilusionismo e charlatanismo. Tudo escrito em vocabulário pretensamente erudito, mas apresentado de forma depreciativa. 

Com todos esses argumentos e os depoimentos dos adversários de Jesus, seria fácil conseguir sua condenação. 

O resto ficaria por conta das conversas ao pé do ouvido - a mídia da época -, que se encarregaria de fazer a cabeça dos indecisos. 

Até porque é mais fácil condenar, quando o acusado não tem como recorrer 

M. Pacheco

--
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "Tribuna Online" dos Grupos do Google.
Para postar neste grupo, envie um e-mail para tribunaonline@googlegroups.com.
Para cancelar a inscrição nesse grupo, envie um e-mail para tribunaonline+unsubscribe@googlegroups.com.
Para obter mais opções, visite esse grupo em http://groups.google.com/group/tribunaonline?hl=pt-BR.

0 comentários: