Polícia apreende R$ 1,13 milhão no aeroporto de Carajás, PA
Juiz diz que recebeu denúncia de que dinheiro seria para boca de urna.
  Três pessoas foram detidas para averiguação; nomes não foram divulgados.
Três pessoas foram detidas nesta terça-feira (2) com cerca de R$ 1,13 milhão em espécie no aeroporto de Carajás, no Pará, em operação conjunta das Polícias Civil, Militar e da Justiça Eleitoral, informou a Polícia Civil de Parauapebas, na região da Serra dos Carajás.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem afirmou que o total apreendido foi de R$ 1,2 milhão, valor alterado às 21h22 do dia 2 para R$ 1,3 milhão. Na verdade, o certo é R$ 1,13 milhão, conforme disse o juiz na manhã desta quarta, 3. O erro foi corrigido às 11h36 do dia 3. A reportagem também havia dito que as três pessoas foram presas. Na verdade, segundo esclareceu o juiz, os três foram detidos para prestar esclarecimentos e foram liberados. Esse erro foi corrigido às 21h22 do dia 2.)
  
Segundo a Polícia Civil, o dinheiro foi apreendido por volta do meio-dia em três mochilas carregadas pelos suspeitos, que haviam desembarcado de uma aeronave particular. Segundo a Infraero, os suspeitos foram detidos no terminal de passageiros do aeroporto.
"Há indícios de que seria de campanha", afirmou o delegado Antônio Miranda, titular da delegacia de Parauapebas, responsável pelas investigações. Miranda disse que não divulgará o nome dos presos. Questionado se os presos estão ligados a algum partido, o delegado não respondeu.
O juiz eleitoral Líbio Araújo Moura, que acompanhou as prisões, afirmou ao G1 que os presos seriam o piloto da aeronave e um casal, cujos nomes não foram informados.
Segundo ele, os três foram detidos para averiguação em Carajás, prestaram depoimento em Marabá e, após esclarecimentos, foram liberados.
Moura diz que será aberto inquérito para investigar o caso, mas as investigações serão conduzidas para Polícia Federal. Ele afirma que o papel da Justiça Eleitoral nesse caso foi receber a denúncia, já que haveria indícios de ligação com as eleições municipais do próximo domingo.
De acordo com o juiz, a investigação teve início após denúncias de que o dinheiro seria entregue no aeroporto. "Tínhamos informações de que pessoas iam descer no aeroporto de Parauapebas com dinheiro que seria para boca de urna", afirmou. Segundo ele, há indícios de lavagem de dinheiro.
De acordo com o delegado, os suspeitos afirmaram que entregariam o dinheiro para outras duas pessoas no aeroporto. Segundo Miranda, essas duas pessoas também já foram identificadas, mas não foram presas.
Os três presos na operação estão sendo encaminhados à Polícia Federal de Marabá, onde deve continuar a investigação. O delegado não informou os nomes dos detidos.
O dinheiro foi depositado em uma conta do Banco do Brasil pertencente à Justiça Eleitoral.
O G1 entrou em contato com quatro dos seis candidatos à Prefeitura de Parauapebas, que até as 19h30 se manifestaram. Veja a seguir o que dizem os candidatos:
Coutinho (PT) - Nilson Dias, presidente do partido e da coligação, afirmou que o dinheiro não está ligado à campanha do candidato e que os presos chegaram a trabalhar para o PT nas últimas eleições, mas não estão mais ligados ao partido, e sim, ao do adversário, o candidato do PSD, Valmir da Integral. "Recebemos a informação de que esse é um valor vindo de Belém, do governo do Estado. O governador está bancando a campanha dele aqui", afirmou. O governo do Estado do Pará informou que não irá se manifestar sobre as declarações do candidato.
Valmir da Integral (PSD) - A comunicação da coligação negou que o dinheiro pertença ao candidato e informou que entende que a afirmação do PT sobre o suposto favorecimento de Valmir pelo governo do Estado é "mais um desrespeito à população de Parauapebas". "É um absurdo que queiram transferir para a uma campanha limpa uma responsabilidade deles."
Adelson (PDT) - A campanha informou que prefere não se manifestar sobre o assunto e negou que o dinheiro pertença ao candidato.
Zezinho (PSOL) - Marven Lima, dirigente da Executiva do PSOL e coordenador da campanha, afirmou que foi à delegacia com o candidato para acompanhar o caso e que não tem relação com o dinheiro. "Essa era uma prática histórica em Parauapebas, onde o poder econômico sempre dominou. Agora, sabemos que é questão de tempo para que descubram mais irregularidades de outras coligações e candidatos."
Os candidatos Chico das Cortinas (PRP) e Rui Vassourinha (PRB) não foram encontrados para comentar o assunto.
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Mara Montezuma Assaf <montezuma.scriba@gmail.com>
Data: 2 de outubro de 2012 21:17
Assunto: De que Banco saiu esse dinheiro ???? O GLOBO
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No interior do Pará, Justiça prende avião com R$ 4 milhões para candidato petista.
A Justiça Eleitoral do Pará apreendeu, na manhã desta terça-feira, mais de R$ 4 milhões dentro de uma aeronave que acabara de aterrissar no aeroporto de Parauapebas, no alto da Serra dos Carajás, a 800 km da capital, Belém. O juiz eleitoral Líbio Araújo Moura recebeu uma denúncia anônima de que o avião chegaria a Parauapebas, transportando um grande volume de dinheiro que seria usado na campanha eleitoral do candidato do PT, José das Dores Couto, o "Coutinho", apoiado pelo atual prefeito, também do PT, Darci Lermen.
Todo o dinheiro apreendido foi levado para uma agência bancária de Parauapebas para ser depositado em juízo, onde ficará à disposição da Justiça até que seja identificada a sua procedência e consequente destinação. Questionado sobre os recursos apreendidos, o candidato petista na cidade informou que vai se pronunciar até o fim da tarde. Parauapebas é uma das cidades no Pará que vai receber reforço de tropas federais para garantir a segurança das eleições.
Por telefone, o juiz Líbio Araújo Moura disse que ainda não poderia falar com a imprensa, porque estava fazendo a conferência dos valores dentro da agência bancária. Parauapebas é uma cidade situada na região sudeste do Pará, com população de 166.342 habitantes. Concorrem ao cargo de prefeito além de Coutinho, Francisco Alves de Souza (PRP), Antonio José da Silva Filho (PSOL), José Adelson Fernandes Silva (PDT), Rui Hildebrando Alves Santos (PRB) e Walmir Queiróz Mariano (PSD).
A compra de votos é a principal reclamação do eleitor que procura o Disque-Denúncia Eleitoral do Pará. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, de mil ligações recebidas pelo canal em todo estado, mais de 200 são referentes a compra de voto. (O Globo)
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