Mesmo de longe, eu acho que o modelo americano tem problemas.Concordo com você e a Beatriz, Linc. O openEHR sozinho não vai resolver o dia-a-dia da interoperabilidade pragmática que o governo americano deseja. Acho que eles poderiam desde o começo exigir interoperabilidade entre sistemas para poder certificar. Para eles, interoperabilidade semântica não é importante no momento, e padrões de terminologia se baseiam em dois ou três que são importantes para o faturamento, pois basta ver que até hoje não implementaram o CID-10!
No entanto, quaisquer criticas agora, devem ser lidas com cautela, porque estamos às vésperas da eleição americana. Não dá para esperar que os republicanos aplaudam o Obama, nem mesmo em coisas que ele esteja 100% correto :-)
Acho também que a versão 5 do nosso Manual de Certificação deve ter um looooongo capítulo sobre interoperabilidade, e que iniciativas como o Connectathon e o COACH Interoperability Forum tem que ser tentados no Brasil, antes que seja tarde demais.
Eu li as criticas dos congressistas e acho também que uma avaliação das críticas precisa aguardar as eleições (é notável que não tenha nenhum Democrata signatário da carta).
Mas acredito que esses congressistas estão tendo razão em alguns dos seus argumentos, com base em algumas evidências recentes da literatura científica.
Só para dar um exemplo: os hospitais que adotaram PEP aumentaram significativamente seu faturamento no Medicare.
Pode ser interpretado de várias maneiras, uma delas é que aumentou a eficiência do faturamento, que notoriamente, com sistemas baseados em papel, é cheio de omissões e lacunas, fazendo o hospital perder muito dinheiro pela má vontade dos profissionais de saúde de anotar tudo o que fizeram com o paciente.
Outra, é que existem evidências mesmo que o corta-e-cola que o pessoal anda fazendo desbragadamente nos registros clinicos dos PEPs, que são a base para o faturamento, está gerando montes de coisas que não foram efetivamente feitas com o paciente. Muito fácil, né? Essa função deveria ser bloqueada.
O Obama deve estar desapontado com o MEDITECH, pois um dos objetivos era diminuir os custos astronômicos da saúde americana.
Abs
Renato
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