Como Verônica Serra tornou-se bilionária

terça-feira, 19 de março de 2013
1 - Em 1995, Serra era o ministro do Planejamento de FHC. No mesmo ano, a filha de Serra ganhou bolsa de estudos dos donos, na época, da cervejaria Antartica, para fazer o curso Harvard Business School, em Harvard - EUA, uma das escolas mais caras do mundo. Na época o curso custava US$ 100 mil. Dois dos donos da cervejaria, ex-alunos de Harvard, também deram a carta de apresentação.

2 - Em 1997, a filha de Serra terminou o curso e voltou para o Brasil. Logo depois, apesar de parecer contrário do CADE, FHC aprovou a fusão das cervejarias Antárctica com a Brahma que gerou a Ambev.

3 - A filha de Serra foi trabalhar como diretora na Fundação Estudar que é da Ambev.

4 - A Ambev doou US$ 600 mil para o Instituto Fernando Henrique Cardoso(iFHC), assim que ele deixou a presidência.

5 - Em 2010, ano de eleição presidencial que Serra disputava com Dilma, a Ambev levou Madonna para São Paulo para tirar foto com Serra e a cervejaria doou US$ 1 milhão para a ONG da cantora.

6 - E hoje sai essa notícia: Com filha de Serra, Lemann [dono da Ambev e InBev] compra sorveteria -  http://is.gd/toSOen

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Fundo Innova, que tem como sócios Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do País, e Verônica Serra, filha de José Serra, fez aporte de R$ 100 milhões na compra de 20% da sorveteria Diletto, avaliada em R$ 500 milhões; ligações entre Lemann e o círculo serrista vêm desde a década de 90, quando o empresário bancou os estudos da filha de um provável presidente em Harvard.

247 - Depois de adquirir uma das principais empresas de alimentos dos Estados Unidos, a Heinz, o empresário Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev e do Burger King, decidiu realizar um novo investimento também no Brasil. Por meio do fundo Innova, que tem como sócia Verônica Serra, filha de José Serra, ele decidiu investir R$ 100 milhões na compra de 20% da sorveteria Diletto, uma empresa que faturou R$ 30 milhões no ano passado e que foi avaliada, portanto, em R$ 500 milhões.

Fundada pelo empreendedor Leandro Scabin, a Diletto é uma sorveteria premium, que tem planos de se transformar numa espécie de Haagen-Dazs. Hoje, a empresa conta com 3 mil pontos de venda e, em 2011, investiu numa marca própria.

Um dos aspectos curiosos da operação é a associação com Verônica Serra, protagonista do livro "Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Júnior. Em meados da década de 90, ela era funcionária da Editora Abril, mas ganhou uma bolsa da Fundação Educar, de Lemann, para estudar em Harvard, nos Estados Unidos. Naquele momento, Serra era o mais provável candidato à sucessão de Fernando Henrique Cardoso, em cujo governo se deu a aprovação, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, da compra da Antarctica pela Brahma, que garantiu à Ambev praticamente um monopólio no Brasil. E foi justamente esse quase monopólio que deu ao grupo de Lemann poder de fogo para sufocar concorrentes no Brasil e se expandir internacionalmente.

Depois da polêmica aprovação pelo Cade da fusão, Gesner Oliveira, que era o braço direito de José Serra e havia sido presidente do "xerife antitruste", se tornou presidente da estatal paulista Sabesp. Verônica Serra, por sua vez, passou a atuar no mercado financeiro e em fundos como o Innova. Milton Seligman, que era também um dos mais próximos colaboradores do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se tornou diretor de relações institucionais da Ambev, posição que ocupa até hoje.

Na era Lula, as ligações de Lemann com o círculo serrista permaneceram discretas até a operação anunciada ontem, na compra de 20% de uma sorveteria por R$ 100 milhões.

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