Pessoal,Este assunto vem sendo discutido há "séculos" e este problema decorre, infelizmente, de um upgrade da visão estereotipada do médico pré-PEP, quando se achava dono do paciente.Os PEP que automatizavam os sistemas legados "administrativos", reforçaram a resistência dos médicos em aceitar algo que lhes era vendido como "centrado no paciente" e "não neles próprios"A evolução para o RES e as primeiras tentativas em focar no paciente o controle da informação médica, trouxe algum alento, mas desprovidos de usabilidade "centrada no médico e no profissional de saúde (os enfermeiros são os que mais sofrem, pois são obrigados a usar, enquanto que o médico faz "forfait"), levam a estas discussões estéreis.Lembro de uma discussão semelhante, em meados de 2011, com o título "Poucos médicos preenchem adequadamente o prontuário", bastante profícua, em que vários intervenções notórias da Jussara, Rosane Gotardo, Renato Sabbatini et al, tentaram rever esta questão com a lucidez que lhes são peculiar.É um assunto fascinante, que requer uma discussão contínua e permanente, apesar do Barão de Itararé dizer, que "de onde menos se espera, é daí que não sai nada mesmo"Revejam abaixo :Begin forwarded message:From: MARIVAN SANTIAGO ABRAHAO <marivan@mac.com>
Subject: Re: [sbis_l] Poucos médicos preenchem adequadamente o prontuário
Date: 27 de janeiro de 2011 00:18:31 BRST
Reply-To: sbis_l@googlegroups.com
Gente,
A meu ver, a questão principal não está no tipo de hospital e sim na gestão da informação e do conhecimento médico.
Qualquer informação, seja de Instituição filantrópica, pública ou privada, se não estiver préviamente organizada por processos de fluxos controlados, não terá como se "auto-organizar" com sua informatização.Simplesmente, teremos informatizado o caos.
Já participei como usuário da implantação de inúmeros processos de informatização do prontuário clínico em diversas instituições privadas em São Paulo nesses últimos 15 anos.As instituições privadas apresentam várias nuances de corpo clínico, com variáveis percentuais de corpo clínico externo em contrapartida ao corpo clínico interno. O corpo clínico externo é maioria nos grandes hospitais privados, e a implantação do prontuário eletrônico sofre com sua aderência devido ao pouco comprometimento desse grupo de médicos com a instituição. Por isso que os PEPs costumam ser usados somente no pronto-socorro ou nas UITs, onde o corpo clinico interno é a regra.Há ainda diferentes estratégias de implantação, desde um exaustivo treinamento dos médicos, com suporte em tempo real, até decisões top-down em que os médicos são obrigados a usar o PEP. Já havia visto algumas experiências em uso mandatório do PEP, mas em hospitais com maioria do corpo clínico interno.No inicio deste ano, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz está passando por uma experiência insólita com uma estratégia de uso de PEP obrigatório para todos os médicos externos e internos, como pré requisitos para todos ( ou a maioria ) os processos internos ( pedidos de exames. prescrição de medicação, etc). Há muito pouco tempo para fazer uma avaliação mais técnica, pois há uma desagradável surpresa geral por parte dos médicos. Mas estou muito curioso em saber a visão da TI sobre este processo daqui há um tempo. Agora, com certeza devem estar sofrendo nas mãos dos médicos.Enfim, um sistema só é bom se a informação é boa. E informação boa, é informação organizada por processos bem definidos e controlados.Um fisiologista francês - Claude Bernard Horner - no fim do século 19, dizia em relação a informação clínica para tomada de decisão : Se você não sabe o que procura, não sabe interpretar o que acha"Abraços,
Marivan
________________________________Dr. Marivan Santiago Abrahãoe-mail : marivan@mac.com
Marivan
_________________________________Dr. Marivan Santiago AbrahãoDiretor ExecutivoInstituto HL7 Brasile-mail : chair@hl7.org.brwebsite: www.hl7.org.br
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