RES: [sbis_l] Fwd: [Fwd: [openEHR-announce] Brazil chooses openEHR for EHR at all levels of government]

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ola Jussara, Sabbatini, Lincoln e demais participantes da lista.

 

Infelizmente o processo não se deu da forma mais democrática e participativa, não por uma questão de vontade e sim de tempo.

 

Nós do CONASS (Estados e DF) tínhamos dois grandes objetivos quando iniciamos esse trabalho junto ao MS, o primeiro era permitir que qualquer ente federado pudesse, se capacidade e/ou necessidade houvesse, desenvolver seu próprio sistema de informação e não mais utilizar o sistema oficial. O segundo era tentar manter as coisas o mais próximo dos que já existe e está difundido mundialmente, até porque conheço o trabalho que existe por traz de se criar e manter um padrão por mais simples que seja.

 

O segundo objetivo foi atendido, tudo que foi especificado já está de alguma forma difundido no mercado mundial, infelizmente muito pouco no mercado nacional, eu fui o responsável pela etapa de operacionalização da padronização, um documento de intenções que foi enviado posteriormente na qual foi definido etapas a serem vencidas para a implementação (de fato) dessa padronização. Uma coisa muito me preocupa nessa parte que é a falta de mão de obra, inicialmente o MS se propôs em criar ciclos de qualificação para todos os entes, mas entendo que ainda assim é insuficiente.

 

O primeiro item tem um foco de libertação e quebra de “caixas pretas”. Se eu vou poder fazer meu próprio sistema de informação, as regras vão ter que estar claras e documentadas, os padrões vão ser a forma de se implementar, mas essa parte, não escrita em local nenhum, para nós gestores no sistema público tem um valor sem tamanho. Olhe só as possibilidades:

-Ter meu próprio sistema de cadastramento de usuários e fazer troca de informação com os demais;

-Me livar do sistema de faturamento ambulatorial que ainda é escrito em Clipper (acredite se quiser, demoro dias para fazer o faturamento de todas as unidades do estado)

-Parar de fazer a dupla digitação de diversos dados e poder construir uma solução definitivamente integrada. Vale lembrar que até bem pouco tempo atrás o Sisreg não conversava com o Cadsus (Regulação sem CNS?)

 

Realmente o caminho é longo, e vai ter muito espinho, operacionalizar um desejo nem sempre é fácil, mas também se fosse fácil não ia ter graça. J

 

Grato

 

Andre Luiz de Almeida

Grupo de Informática em Saúde

Diretor Tec. Depto. de Saúde

Secretaria de Estado da Saúde – Governo do Estado de São Paulo

Tel.:  11-3066-8735

 

 

De: sbis_l@googlegroups.com [mailto:sbis_l@googlegroups.com] Em nome de Jussara Rotzsch
Enviada em: sexta-feira, 7 de janeiro de 2011 11:28
Para: sbis_l@googlegroups.com
Assunto: Re: [sbis_l] Fwd: [Fwd: [openEHR-announce] Brazil chooses openEHR for EHR at all levels of government]

 

Oi, Renato

relativo aos sistemas existentes, e pensando em economicidade e adesão,  schemas xml para troca de informações serão desenvolvidos, usando o CDA como modelo de template. Realmente em relação à questão de certificação de software,  a minha proposição sempre foi de criar perfis como o do IHE, e realizar conectathons. Muitos desse perfis já existem,e é papel crucial da ABNT/HL7 Brasil  traduzir esses perfis e adaptá-los ao nosso país. Alem disso o grupo oito  CEEI está trabalhando , com a liderança da Beatriz Leao em duas normas a do resumo de alta  e a de arquitetura de programas nacionais a ISOTC215 14639 de ehealth. Seria muito bem vinda a colaboração dos membros da tripartite neste trabalho, pois nosso modelo pode se beneficiar e contribuir para outros programas no mundo e para ainteroperabilidade global.

A SBIS também tem papel fundamental , já iniciado com o CFM, agora seria como a certificação americana ou o EUREC.

Estamos todos de parabéns, pois essa portaria é resultado do trabalho de anos iniciado pelos pioneiros da Informatica em saúde no País, onde você, Lincoln e Bea têm um papel de protagonistas

Abs

Jussara

2011/1/7 Renato M.E. Sabbatini, PhD <sabbatini@edumed.org.br>

Em 7/1/2011 08:56, Lincoln A Moura Jr escreveu:

 


Parabéns pelo trabalho que vem sendo realizado. Sem dúvida, estabelecer marcos para os sistemas de informação no Brasil é uma tarefa essencial, pela qual temos lutado há muito tempo.

 

Faço minhas as palavas do Lincoln. O conjunto de especificações e modelos (openEHR, arquétipos, templates, interoperacionalidade, identificação, nomenclatura, etc.)  é um sonho, os melhores da atualidade. Tomara que consigamos torná-lo realidade. Pelo menos do ponto de vista técnico seria o ideal. No entanto, o maior problema, como sempre, vai ser a adoção e uso rotineiro pelas organizações e profissionais de saúde, o que todos reconhecem como um gigantesco desafio para quem não tem nada.

 

A tarefa é muito complexa tanto pelas dificuldades organizacionais como pelas dificuldades técnicas.

 

Realmente complexa. Alguém está pensando em como harmonizar os sistemas já existentes, inclusive comerciais? Só entre WPD, Tasy e MV, todas já certificadas pela SBIS/CFM, existem mais de 1.000 hospitais já informatizados em diferentes graus! Todos esses sistemas são parcial ou totalmente incompatíveis entre si, e com os modelos a serem adotados. Haverá interesse por parte dos desenvolvedores? Sua adesão e fundamental, mandatória ou não...

Outra pergunta importantíssima: como ficará o processo de certificação SBIS/CFM frente a essa nova realidade de padronização?
Não se trata mais de aderência a requisitos relativamente isolados entre si, um checklist, mas a um modelo conceitual e a padrões de terminologia, representação e arquitetura com coerência e integração internas que são várias ordens de magnitude maiores do que o que conseguimos até agora.

 

Creio que seria muito bom se fosse possível abrir espaço para a participação permanente da ABNT e da SBIS neste forum.

 

Concordo inteiramente. Em nome da Diretoria de Educação da SBIS, gostaria de dar nosso apoio formal. Acho que o esforço educacional vai ser enorme nos próximos anos, pois para que esses padrões sejam adotados e usados de verdade vai se exigir mudanças de paradigma extensos, sem na realidade poder mudar muito, devido ao conservadorismo procedimental na área de documentação do paciente, que praticamente não é ensinada em nenhuma fase de formação dos clínicos, nem em papel, e muito menos eletrônica.

Como poderíamos participar nesse esforço educacional (uma missão que acho primordial para a SBIS incorporar), e a quem oferecer, contatar? Poderiamos coordenar a realização de vários cursos, junto com outras organizações, como a HL7 Brasil, ABNT; usando ao máximo tecnologias de EAD, videoconferência, etc.

Sabbatini



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