Esse projeto do Clinical Templates não é baseado em modelagem multinível
- portanto, não contempla a modelagem de arquétipos.
Uma explicação para você e para a comunidade da lista:
Meu e-mail passado não saiu no tom que eu prefiro usar. Então desculpa e
desculpem.
Eu acho que o seu empenho em trazer para o debate nacional o que tem
sido feito de sério em termos da definição de padrões internacionais
para a informática em saúde é, provavelmente, a iniciativa mais
importante da área nos últimos anos, e eu a respeito tremendamente.
E também tenho evidências provadas por pesquisa científica própria e dos
outros que modelagem multinível (p. ex., openEHR) é a única tecnologia
que provê interoperabilidade no nível semântico para sistemas de
informação em saúde. Em português castiço, isto significa que, no atual
estado de maturidade das coisas openEHR é a melhor coisa que existe na
informática em saúde.
Isto posto, não posso deixar de criticar o modelo de negócios da
Fundação openEHR, que é, na minha opinião, catastrófico, levando-se em
consideração o tesouro que eles têm nas mãos.
Não intervenho mais na comunidade da Fundação openEHR porque é inútil.
As pessoas de lá, cuja maioria eu conheço pessoalmente, são todas muito
fofas, mas são teimosas e não querem mudar. Não é a primeira vez que
eles fazem esse ensaio do movimento de "fechar". Fizeram em 2009, e nos
deixaram nervosos o suficiente par nós irmos lá e aplicarmos os
princípios do software livre: a licença das especificações e dos
arquétipos ainda permitiam, então nós demos um fork em tudo e criamos
MLHIM. Exatamente o que LibreOffice fez com OpenOffice. Resultado
concreto? Discretamente, 3 meses depois, tornaram o Template Designer
freeware.
Eu particularmente adoraria que a Fundação openEHR juntasse um dinheiro
suficiente para implementar uma meia dúzia de sistemas. Porque eles
comprovadamente vão funcionar: o dado *vai* ser enviado de um sistema
para o outro e *vai* ser válido e semanticamente coerente. Se o conjunto
de arquétipos dos sistemas respeitar o princípio de "um conceito, um
arquétipo", garante até interoperabilidade epidemiológica. É o máximo.
Com estes sistemas funcionando, e os clientes satisfeitos da vida,
teríamos finalmente a prova de conceito em nível internacional que ainda
está faltando. E isso seria ótimo para MLHIM, porque openEHR ficaria com
20% da fatia de mercado (quem opta por pagar licenças de software) e
MLHIM ficaria com 80% (quem opta por não pagar licenças de software).
Foi isso que eu quis dizer naquele meu último e-mail meio malvado.
Paz,
Luciana
Em 07/09/2011 07:02, Jussara escreveu:
> Interessante para criação de templates clinicos e desenvolvimento local de arquetipos e ouros modelos clinicos detalhados
> http://www.clinicaltemplates.org/
>
>
> Sent from my iPad
>
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Esta mensagem foi verificada pelo sistema de antivírus e
acredita-se estar livre de perigo.
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