Gostaria de emitir uma opinião minha sobre este assunto. Acredito que com relação ao PEP, realmente os médicos são o grande desafio, não no sentido negativo, mas de realmente exigir um outro tipo de abordagem no desenvolvimento dos aplicativos.
Quando temos um hospital com corpo clínico fechado, não há problema, pois é só uma questão de treinamento e o médico tem uma capacidade muito grande de assimilar novos conhecimento. Basta ver como os médicos aprendem rápido a operar uma variedade grande de equipamentos, por exemplo. O problema é quando temos um hospital de corpo clínico aberto. Os médicos externos têm dificuldade em trabalhar com o PEP em questão, com chances de produzir pouca informação ou mesmo até errada. Neste ponto é que temos o desafio de como contornar o problema!!!
Se fizermos uma analogia com outros aplicativos que fazem parte do nosso dia-a-dia, como editores de textos, planilhas, emails, etc. todo mundo senta num computador e se vira sem problemas, mas levou anos para chegarmos neste estágio. Muito pela evolução da interface dos aplicativos (mais intuitivos e com muitos comandos semelhantes) e também pelo conhecimento acumulado dos próprios usuários. Não sei se teremos este tempo com o PEP e também se as empresas estão se falando para criar comandos padrões para ajudar numa mais rápida disseminação e melhor facilidade (friendly) de uso destes aplicativos.
Acho que tem que ser dada muita atenção para este ponto.
Antonio Carlos Endrigo
Em 27/01/2011, às 07:40, Edson S Santos escreveu:
> Simples, objetivo e verdadeiro.
>
>
>
> Edson S. dos Santos
>
>
>
>
>
> Em 27 de janeiro de 2011 00:18, MARIVAN SANTIAGO ABRAHAO
> <marivan@mac.com> escreveu:
>> Gente,
>> A meu ver, a questão principal não está no tipo de hospital e sim na gestão
>> da informação e do conhecimento médico.
>> Qualquer informação, seja de Instituição filantrópica, pública ou privada,
>> se não estiver préviamente organizada por processos de fluxos controlados,
>> não terá como se "auto-organizar" com sua informatização.
>> Simplesmente, teremos informatizado o caos.
>> Já participei como usuário da implantação de inúmeros processos de
>> informatização do prontuário clínico em diversas instituições privadas em
>> São Paulo nesses últimos 15 anos.
>> As instituições privadas apresentam várias nuances de corpo clínico, com
>> variáveis percentuais de corpo clínico externo em contrapartida ao corpo
>> clínico interno. O corpo clínico externo é maioria nos grandes hospitais
>> privados, e a implantação do prontuário eletrônico sofre com sua aderência
>> devido ao pouco comprometimento desse grupo de médicos com a instituição.
>> Por isso que os PEPs costumam ser usados somente no pronto-socorro ou nas
>> UITs, onde o corpo clinico interno é a regra.
>> Há ainda diferentes estratégias de implantação, desde um exaustivo
>> treinamento dos médicos, com suporte em tempo real, até decisões top-down em
>> que os médicos são obrigados a usar o PEP. Já havia visto algumas
>> experiências em uso mandatório do PEP, mas em hospitais com maioria do corpo
>> clínico interno.
>> No inicio deste ano, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz está passando por uma
>> experiência insólita com uma estratégia de uso de PEP obrigatório para todos
>> os médicos externos e internos, como pré requisitos para todos ( ou a
>> maioria ) os processos internos ( pedidos de exames. prescrição de
>> medicação, etc). Há muito pouco tempo para fazer uma avaliação mais técnica,
>> pois há uma desagradável surpresa geral por parte dos médicos. Mas estou
>> muito curioso em saber a visão da TI sobre este processo daqui há um tempo.
>> Agora, com certeza devem estar sofrendo nas mãos dos médicos.
>> Enfim, um sistema só é bom se a informação é boa. E informação boa, é
>> informação organizada por processos bem definidos e controlados.
>> Um fisiologista francês - Claude Bernard Horner - no fim do século 19, dizia
>> em relação a informação clínica para tomada de decisão : Se você não sabe o
>> que procura, não sabe interpretar o que acha"
>> Abraços,
>> Marivan
>> ________________________________
>> Dr. Marivan Santiago Abrahão
>> e-mail : marivan@mac.com
>>
>>
>> On 26/01/2011, at 22:31, Renato M.E. Sabbatini, PhD wrote:
>> Em 26/01/2011 21:35, ldiamante escreveu:
>>
>> Poucos médicos preenchem adequadamente o prontuário http://goo.gl/IHIIw
>>
>> "Com o resultado da análise individual destas instituições, o hospital
>> filantrópico teve 59,5% do preenchimento do prontuário qualificado como
>> péssimo, os dois hospitais públicos tiveram 60% e os dois hospitais privados
>> 68,5%."
>>
>> Que barbaridade, e que desrespeito à integridade e à qualidade da
>> assistência médica.....
>> Sabia que era ruim, mas não a esse nível. Pobre medicina brasileira.
>>
>> "Em geral, se esperava um melhor desempenho do hospital privado, uma vez que
>> ele foi o único hospital presente na pesquisa que é totalmente
>> informatizado. Fornecendo o seu prontuário digitalizado.No entanto, ele
>> apresentou mais de 50% de prontuários considerados ruins e péssimos. Neste
>> caso não houve registro de ilegibilidade, fator que mais prejudicou a
>> análise dos prontuários dos outros hospitais. "O profissional que não
>> preenche o prontuário não dá importância à história, acha que é apenas
>> burocracia",
>>
>> Um resultado desanimador da informatização. Eu esperaria um impacto maior.
>>
>> Sabbatini
>>
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